Em 1965, três anos depois da Argélia ganhar sua independência, o diretor italiano Gillo Pontecorvo começou a rodar um filme reconstituindo os eventos da Batalha de Argel (1956/1957). Nascia um clássico do cinema político, censurado em várias partes do mundo, Brasil inclusive, e influente até nossos dias. Filmado em estilo jornalístico, em preto e branco, o longa era exibido todos os anos na televisão do país, em comemoração à independência. Em 2013, durante operações militares no Iraque, o filme teve projeção para os soldados americanos como um exemplo de sucesso de luta contra o terrorismo urbano. Com um arquivo excepcional e várias entrevistas (Argélia, França, Itália e Estados Unidos), esse documentário apresenta, passados sessenta anos, um forte olhar ao filme que mistura os limites entre história e lenda.