Apocalipopótase

1968

Apocalipopótese

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Manifestação pensada inicialmente pelo Hélio Oitiica - que propunha uma arte grupal, ao ar livre, longe da ditadura das galerias, onde o povo pudesse se manifestar livremente com participação nas ações propostas pelos artistas. Em julho de 1968, com curadoria do crítico Frederico Morais, foi realizada no Aterro do Flamengo, por três domingos consecutivos, aquela que seria primeira a manifestação de arte pública realizada no Brasil, com a participação dos artistas mais representativos da vanguarde da época. A participação de Raymundo Amado seria inicialmente um vídeo-poema - uma cabine escura onde se projetava poemas sonoros - mas em conversa com Leonardo Bartucci (fotógrafo de cinema), ele resolve que sua participação sera regitrando o momento histórico da manifestação num filme.

Participaram do evento - em ação marcada pela simultaneidade e apresentação conjunta de uma série de trabalhos - misturando as "capas-parangolés", de Hélio Oiticica, vestidas entre outros pelo poeta Torquato Neto, passistas da Mangueira e o público em geral sambando ao som dos ritmistas da Mangueira; "os ovos" (cubos de plástico coloridos, de onde saiam passistas da Mangueira) da Lígia Pape; as "urnas quentes" (caixas de madeira lacradas contendo flandres de jornais com registros das atrocidades da ditadura) do Antônio Manuel, destruídas a golpes de martelo pelo público; desfile das "roupas fosforescentes" de Sami Mattar; os "poemas-objeto" de Pedro Escosteguy; os "poemas processo" de Vladimir Dias Pino; os "estandartes" reivindicatórios de Pietrina Checacci; o "mostro inflado" de Lanari; a "roda do domador" de cães policiais amestrados - de Rogério Duarte (em alusão a repressão dos anos de chumbo) e outros.

O filme começa com locução do cineasta Fernando Campos com texto do crítico Frederico Morais. A seguir o título do filme sobre imagens do Pão de Açúcar visto do aterro do Flamengo ao som da música de Caetano Veloso, após, ficha técnica do filme com os "guardiões" (esculturas de ferro) de Jackson Ribeiro. Infelizmente, esta parte do filme se perdeu com o negativo na época da ditadura. Uma cópia inteira, sumiu no interior das instalações da antiga FUNARTE. Esta cópia atual foi gentilmente cedida pelo Museu de Arte Moderna de Nova York, mas não encontra-se completa.

Estreia Brasil:
1968
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