Brumário, no calendário da Revolução Francesa, é o mês da névoa e do nevoeiro. A última mina de carvão francesa fechou há dez anos, e desde então tudo mudou. Um ex-mineiro nos conduz a suas memórias mais profundas, em meio à escuridão das galerias, do cheiro, trabalho, suor, camaradas, lutas sociais e o fim. Vazio. A geração mais jovem nasceu dessas ruínas. Hoje, aos trabalhadores, é negada força coletiva. Eles são ameaçados pelo desemprego e presos em empregos precários. Sem sonhos. Como poderia uma classe trabalhadora acabar derrubada por um inimigo anônimo?