Crimes que Mudaram o Mundo (1ª Temporada)

Rebeldes, Radicais, Inconformistas. Esta é uma série de documentários sobre personagens incomuns mas, ainda assim, importantes – pois provam que as mudanças vêm apenas quando as regras são quebradas. 4 personagens, 4 épocas, 4 mundos.

1º Weegee criou arte ao documentar assassinatos nas ruas de Nova York na época das guerras de gangues durante a Proibição. Um adolescente imigrante no Lower East Side, Weegee rapidamente percebeu que a fotografia de crimes noturnos seria seu nicho. Mas para fazer do assassinato seu negócio, Weegee precisava fazer amizade com os famosos mafiosos da época. Ironicamente, as famosas fotos de Weegee deram mais poder para que os combatentes do crime limpassem as ruas e o deixassem sem emprego.

2º Durante a “Idade de Ouro dos Sequestros”, entre 1961 e 1972, uma média de um voo por semana era feito de refém por ativistas radicais buscando visibilidade e justiça. No outono de 1972, o ativista afro-americano Louis Moore sofreu violência policial motivada por questões raciais, e processou a cidade de Detroit em quatro milhões de dólares, mas o acordo terminou em insultantes vinte e cinco dólares. Depois de ser ameaçado mais uma vez pela polícia, Louis; seu irmão, Melvin e um amigo chamado Henry Jackson foram levados ao limite e iniciaram uma missão em busca de vingança. Eles sequestraram o voo 49 da Southern Airways com duas demandas: conversar com o presidente Nixon sobre a violência policial e receber quatro milhões de dólares da cidade de Detroit. Mas a missão de Louis não aconteceu como planejada e, depois de diversas viagens a Cuba; da ameaça de pilotar o avião até um reator nuclear e de um tiro no braço do copiloto, Harold Johnson, esta jornada de 29 horas se tornou o sequestro mais famoso da época. O sequestro do voo 49 levou a reformas na segurança aeroportuária, mas também aumentou a consciência sobre a questão atemporal da brutalidade e da violência policial.

3º O prodígio da química, Alexander Shulgin, deixou seu emprego na Dow Chemical depois de uma viagem psicodélica de Mescalina nos anos 50. Shulgin ficou obcecado com a forma como a química poderia melhorar a mente e criar empatia. Assim, ele deixou a ciência corporativa para trás e criou um laboratório em seu quintal, onde trabalhou obsessivamente pelo resto de sua vida para inventar mais de 250 drogas psicodélicas. A única forma que Shulgin poderia aprender mais sobre estas desconhecidas drogas era experimentando-as e documentando seus efeitos. Nos anos 70, Shulgin sintetizou uma droga chamada metilenodioximetanfetamina. Ele acreditava que essa era uma droga milagrosa que poderia revolucionar a psicoterapia. No entanto, depois de compartilhar o composto com um pequeno grupo de terapeutas, a metilenodioximetanfetamina vazou para as ruas e se transformou no ecstasy, a famosa droga usada em festas.

4º No começo dos anos 80, o público passou a ver os hackers de computadores como pessoas más e sombrias. Mas o que a lei não entendia é que, ao identificar os furos de segurança dos computadores, os eles tornavam nossos sistemas mais seguros. Kevin Mitnick foi um dos primeiros hackers famosos a fazer isso. Nos anos 70, os jovens “crackers da telefonia” Kevin e seus amigos queriam invadir o sistema telefônico e fazer dele seu playground eletrônico. No entanto, a sede do grupo pelo conhecimento proibido os levou à prisão. Enquanto o pânico em relação aos hackers se intensificava, Kevin se tornou um símbolo do lado obscuro da tecnologia. Ele conseguiu usar as suas habilidades para fugir do FBI por três anos. No entanto, depois de ter sido pego e ficar preso, Kevin mudou de lado e, hoje, ensina empresas a tornar seus sistemas mais seguros. Kevin era o sintoma de um problema muito maior – os hackers de hoje estão envolvidos em grandes espionagens corporativas e políticas.

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