A densidade no processo de filmagem de “Jeanne Dielman”, captada pela singular relação entre a diretora e a atriz do filme. A lacuna de 18 anos entre estas mulheres e as intenções de Chantal Akerman por um cinema contemplativo e não psicologizante acentuam a delicadeza no tratamento entre as artistas. Delphine Seyrig, na época uma atriz já célebre mundialmente, herdeira das técnicas de atuação de Strasberg, atravessa um constante conflito sob a direção de Chantal, frustrando-se, enfrentando-a, construindo uma das maiores personagens da história do cinema.