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Nascimento: 5 de Abril de 1916 (87 years)

Falecimento: 12 de Junho de 2003

La Jolla, California - Estados Unidos da América

Gregory Peck, foi um premiado ator americano. Interpretou personagens de caráter nobre e corajoso, que lutam contra injustiças. O mais famoso desses é o advogado Atticus Finch do filme ''O Sol é Para Todos'' de 1962, que lhe deu o Oscar de Melhor Ator e que foi escolhido o maior herói das telas pelo American Film Institute em maio de 2003, apenas duas semanas antes de sua morte. Presidiu a Academy Awards (conhecido informalmente como Oscar) de 1967 a 1970.

Entre príncipe e plebeu, Gregory Peck era um daqueles atores cuja voz marcante, elegância e autenticidade parecem hoje um segredo que morreu com a grande era clássica do cinema americano. Peck encarnava o "homem verídico", o herói portador do ideal de verdade típico do "american way of life" numa época em que as boas intenções andavam em baixa em Hollywood.

Gregory Peck iniciou a carreira no teatro mas ficou mais conhecido pelo seu trabalho no cinema. Protagonizou diversas adaptações cinematográficas realizadas a partir de grandes obras literárias, nas quais encarnou personagens heroicos, demonstrativas de seu valor na superação de sentimentos e incertezas: "As Neves do Kilimanjaro" (1952), baseado na obra de Ernest Hemingway, "Moby Dick" (1956), baseado na obra de Herman Melville ou "O Sol é para Todos" (1962), baseado no romance de H. Lee. Esse último papel, o de um consciencioso advogado sulista disposto a defender, contra todos, os direitos de um negro acusado de estupro, lhe valeu um Oscar. O jovem padre idealista de "As Chaves do Reino" (1944) e o repórter exemplar de "A Luz É para Todos" (1947), em sua denúncia do anti-semitismo, também foram trabalhos reconhecidos com indicações ao prêmio da Academia.

Peck durante muitos anos foi um grande astro de filmes de ação: obteve êxito em westerns como "Duelo ao Sol" (1946), "Da Terra Nascem os Homens" (1958) e, mais recentemente, em "Gringo Velho" (1990). E atuou em filmes de guerra como "Os Canhões de Navarone" (1960). Mas esteve em comédias também, como "Com o Dinheiro dos Outros" (1991), em suspenses de sucesso como ''Quando Fala o Coração'' (1945), de Alfred Hitchcock,com Ingrid Bergman; ''Arabesque' (1966), de Stanley Donen, com Sophia Loren; ''A Profecia'' (1976), de Richard Donner,com Lee Remick; ''Meninos do Brasil'' (1978),de Franklin J. Schaffner, com Lilli Palmer; ''Cabo do Medo' (1991), de Martin Scorsese, com Jessica Lange, entre outros...

Peck representava o último dos homens de bem numa época em que o bom-mocismo havia se tornado, em Hollywood, algo meio démodé. Em Quando Fala o Coração, de Hitchcock, ele interpretava um amnésico acusado de homicídio submetido a tratamento freudiano. Em "Duelo ao Sol", Peck e Jennifer Jones, num embate de atroz sensualidade, davam vazão a todos os tipos de pulsões do freudismo hollywoodiano. Mas Eldred Gregory Peck parecia pertencer a uma outra época. Ele logo se firmou como guardião dos ideais (perdidos) do "american way" e, à medida que pôde começar a escolher os filmes que iria protagonizar, passou a se ater cada vez mais a papéis edificantes, personagens cuja decência e elegância já não podiam ser dissociadas da aura cultivada pelo ator californiano. Alto, elegante, discreto e sumamente decente, Peck, que aprendeu a gostar de cinema com a avó, parecia ter herdado a aura dos heróis clássicos hollywoodianos que tanto admirara na infância.

Sua morte foi anunciada em Los Angeles no dia 12 de junho de 2003, uma quinta-feira. Segundo sua mulher Veronique, que estava ao seu lado, "ela estava segurando sua mão, ele fechou os olhos, dormiu e se foi".

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