Série excelente, protagonistas muito bem delineados, diálogos expressivos e bem alinhavados, ritmo envolvente e empolgante, próprio do estilo investigativo do ótimo diretor David Fincher. Um estudo psicológico extraordinário da mente, desvendando a riqueza das perversões humanas. Um enredo inteligente e muito bem trabalhado, como uma aula de psicologia criminal. A dupla de atores que interpreta os agentes do FBI é sensacional. Enquanto um é mais centrado e de olhares expressivos, o outro é mais cético e dado a incongruências. Quanto mais avançamos no seriado mais empolgante fica. Construções precisas, não necessitando ser expert em psicologia para perceber que as observações são bem fundamentadas. Também com um plantel de diretores deste calibre só poderiamos esperar por este resultado extraordinário. O elenco é um caso à parte. Existem atores que funcionam maravilhosamente bem em séries, mas não apresentam o mesmo potencial em longas metragens. Talvez não seja este o caso, mas podemos afirmar que Anna Torv, a inesquecível Olivia Dunham da série "Fronteiras" (Fringe), pode não ser uma atriz excepcional, mas com certeza é uma atriz inteligentíssima e embora com uma atuação impessoal, empresta à sua personagem um poder de convencimento e um carisma fora do comum. Jonathan Groff, do qual não me lembro de ter atuado em alguma outra produção, é de uma acuidade interpretativa louvável, com as suas expressões significativas e olhares sugestivos. Sensacional, inebriante, show de bola. Agora é segurar a ansiedade para a segunda temporada.