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Nara Leão

Nomes Alternativos: Nara Lofego Leão

102Número de Fãs

Nascimento: 19 de Janeiro de 1942 (47 years)

Falecimento: 7 de Julho de 1989

Vitória, Espírito Santo - Brasil

Nara Lofego Leão, foi uma cantora , compositora e sambista brasileira.

Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Aos 18 anos, Nara tornou-se professora da academia.

A bossa nova nasceu em 1957, quando Nara fazia reuniões no apartamento de seus pais, localizado no edifício Champ-Elysées, em frente ao posto 4, da Avenida Atlântica, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli.
A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o golpe militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Sai nesse mesmo ano o seu primeiro disco ''Nara''.

De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.

Nara também aderiu ao movimento tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - Tropicália ou Panis et Circensis, lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD, ao lado de Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes, Tom Zé, Caetano Veloso, entre outros...

Em 1969, Nara aparece cantando rapidamente no filme dirigido pelo marido, Os Herdeiros, assim como também Caetano Veloso.

Em 1970 volta atrás em sua decisão de encerrar a carreira de cantora e passa a fazer pequenos shows pela Europa. No início do ano descobre estar grávida, o que é uma grande felicidade para ela e seu marido, o diretor de cinema Cacá Diegues. Ela não estava planejando ter filhos tão cedo, pois ainda queria ter mais tempo para se dedicar a sua carreira. Em 28 de setembro de 1970, em Paris, onde o casal morava há alguns anos, nasceu a primeira filha de Cacá e Nara, Isabel Diegues. Em abril de 1971, Quando a filha completou 7 meses de vida, Nara descobre estar novamente grávida, o que é uma enorme surpresa e emoção a ela e Cacá. No mesmo ano saem, os dois primeiros discos duplo do Brasil, ''Gal Costa Fa-Tal'' e ''Nara Leão 10 Anos Depois''.

Em 1º de janeiro de 1972, Nara e Cacá voltam a morar no Brasil, pois queriam ficar mais próximos da família, e a situação política do país já havia melhorado consideravelmente, não havendo mais risco de prisão de artistas. No dia 17 deste mesmo mês, no Rio, no bairro de Copacabana, nasce o segundo filho do casal: Francisco Leão Diegues.

Ainda em 1972 ela faz um dos papeis principais do filme musical de Cacá Diegues, Quando o Carnaval Chegar.

Em 1973 participa como atriz de alguns filmes e passa a fazer pequenos shows pelo Brasil. Neste ano, volta a estudar, e termina o último ano do colegial, atual ensino médio, antigo científico.

Em 1974, grava alguns discos e participa de festivais. Passou no vestibular de Psicologia na PUC-RJ. Ser psicóloga era um antigo desejo que possuía, e seguiria esta profissão, caso não fosse cantora. Agora que tinha diminuído seu ritmo de trabalho, passa a se dedicar aos estudos, filhos e casamento, sem deixar a música de lado.

No ano de 1975 fez poucos trabalhos, gravando e lançando apenas um disco, que foi sucesso de vendas, o que a fez ganhar o troféu de Melhor Cantora do Ano.
Em 1979, fazendo muito sucesso, Nara sentiu-se muito mal, com dores fortes de cabeça, tonturas e desmaiou, ficando internada. O verdadeiro motivo não foi identificado naquela ocasião e ocorreram diagnósticos conflitantes, desde causas psicológicas a problemas cardíacos, envolvendo a válvula mitral.

Em 1986 sua saúde piorou, passando a ter dores mais fortes de cabeça e esquecimento das coisas que fazia. Isso acabou prejudicando sua carreira, pois Nara, por mais que ensaiasse, esquecia totalmente as letras de música, ou o repertório, durante algumas apresentações, o que a deixava muito constrangida e triste. Sua dose de remédios fora aumentada, e após diversos exames, que nunca mostravam a causa de suas dores, descobriu-se, então, que o grande problema era um tumor maligno no cérebro. Sua natureza nunca foi determinada, nem o por quê se desenvolveu, já que para descobrir a causa do coágulo, seria necessário realizar uma biópsia, para extrair o tumor, mas ele se encontrava em uma área nobre do cérebro, a da fala, o que impossibilitaria qualquer intervenção no local. Caso fizesse qualquer procedimento no local, Nara poderia ficar em estado vegetativo, e parar de andar, falar, ouvir e enxergar. Os médicos preferiram que ela tomasse medicações contínuas, em vez de arriscar uma cirurgia que poderia matá-la ou deixá-la inválida. Assustada e muito deprimida, Nara passou a maior parte do ano em repouso, sendo cuidada pelo seu namorado Marco Antonio Bompet, seu secretário e produtor Miguel Bacelar e sua irmã Danuza Leão. Apesar de estar doente, quando se sentia melhor fazia pequenos concertos pela Zona Sul do Rio. Só a música conseguia tirá-la do foco em seus problemas pessoais.

Em 1987 e 1988, teve uma considerável melhora de saúde e passa a fazer temporadas de shows em casas noturnas do Rio, muitos deles em companhia de seu ex-namorado, Roberto Menescal, que tinha deixado suas funções de executivo da gravadora Polygram e voltara a atuar como músico.

Em 1989 fez sua última apresentação no Pará. Ao voltar para o Rio, sua saúde piorou, com dores que não passavam nem com a medicação prescrita pelo médico. A crise se deu após uma convulsão, quando a cantora precisou ser internada às pressas. Nara entrou em estado pré-comatoso e, pouco depois, em coma. Após passar um bom tempo no hospital, o tumor repentinamente rompeu-se, e Nara teve uma hemorragia fatal, não havendo tempo hábil para que os médicos pudessem salvá-la. A cantora morreu na Casa de Saúde São José, 7 de junho numa Quarta-feira, ao meio-dia e sepultada no Cemitério de São João Batista (Rio de Janeiro).
Seu último disco foi My foolish heart, lançado naquele mesmo ano, interpretando versões de clássicos americanos.

Cônjuge: Cacá Diegues (de 1967 a 1977), Ruy Guerra (de 1962 a 1965)
Filhos: Isabel Diegues, Francisco Diegues
Irmãs: Danuza Leão

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