Curta polonês de repercussão universitária, um intensivo trabalho utilizando fotografia e animação. Dizem por aí que a evolução do cinema de certa forma inguiçou nos anos 70, que a atividade cinematográfica foi sutilmente desenvolvida por obras que de uma forma ou de outra sumiram ou nunca foram concluídas, o estudo de obras como esta pode fazer razão à esse pensamento, o que se vê de extraordinário nessa época não é nada técnico, apenas as melhores demontrações de idéias e sentimentos, diferente das obras quase desconhecidas - e porque não solitárias - do cinema 70's; a maioria dos filmes daí que fazem sucesso nos tempos de hoje têm muito a ver com a pseudo-cultura contemporânea (que era contra-cultura na época), por isso o sucesso de certas obras, mas onde está a importância das obras nada cult's? Justamente no que não foi sucesso, a técnica utilizada, como Mèliés para o início, ou Vertov com o câmera-olho... Zbigniew Rybczynski, em Kwadrat, expõe a questão evolutiva do cinema de forma que chega a fazê-la (inconsciente ou não), e isso, para a época, era no mínimo supérfluo.