Mostra Brasil 9
Sinopse
O caráter panorâmico da Mostra Brasil é almejado todos os anos pelo Festival, tanto na busca pela variedade de estados como na pluralidade de gêneros cinematográficos e na diversidade social e de gênero dos realizadores – informação este ano presente na ficha de inscrição, para aqueles que assim desejassem se identificar.
Ainda assim, grande parte dos 53 filmes em exibição têm em comum a busca por uma certa definição do tempo complexo em que vivemos – no qual é quase impossível de se chegar a uma conclusão definitiva.
Nesta busca, diferentes ferramentas foram utilizadas. Além do uso da observação e de um realismo bastante calcado no presente, há também o resgate do passado. Por meio da revisitação estética e da lembrança de personalidades, acontecimentos e tradições de outrora, somos lembrados das lutas que foram travadas para chegarmos onde estamos.
Em outro movimento, algumas obras possibilitam a imaginação de futuros possíveis e a construção de novas historiografias e novas iconografias. Cada filme encontra seu próprio nível de equilíbrio entre poesia e resistência, e juntos eles formam uma mostra na qual mesmo os filmes mais subjetivos tratam de questões sociais. Afinal, o pessoal é político – como comprovam os filmes a seguir.
Ficha técnica
duração: 68 min
TRAVESSIA
Utilizando a linguagem poética, a busca pela memória fotográfica das famílias negras assume uma postura crítica e afirmativa diante de sua quase ausência e da estigmatização da representação do negro.
Brasil (RJ), 15’
direção: Safira Moreira
LACERDA: O CORVO DA GUANABARA
A trajetória de Carlos Lacerda, ex-governador da Guanabara e líder radical da UDN, e sua participação direta em conspirações e tentativas de golpe em momentos chave da história do Brasil.
Brasil (RJ), 18’38’’
direção: Sayd Mansur
ANA
Ana é uma menina que não se reconhece negra. Jeannette é uma professora refugiada com dificuldades de adaptação no Brasil. Vítimas de racismo, elas descobrem juntas um modo de transformar a si mesmas.
Brasil (SP), 16’33’’
direção: Vitória Felipe
MAMINGO’
Imagens, sons e borduna: os Ikpeng do Médio Xingu apresentam um olhar de dentro da aldeia, entre suas tarefas cotidianas e o fazer audiovisual.
Brasil (CE), 12’55’
direção: Irene Bandeira, Vivi Rocha
O ÓRFÃO
Jonathas foi adotado, mas é devolvido por ser 'diferente'. Inspirado em fatos reais.
Brasil (SP), 14’57’’
direção: Carolina Markowicz