Cinema: Somos Tão Jovens

Cinebiografia de Renato Russo deixou a desejar.

Cinebiografia de Renato Russo deixou a desejar.

É difícil escrever sobre esse filme, pois até agora não sei se a intenção do diretor era contar a origem de uma das bandas mais populares de nosso país, ou mostrar as dúvidas existenciais pelas quais o ícone Renato Russo passou entre o  fim da adolescência e o início da vida adulta. Perdida foi a oportunidade de se fazer um grande filme, e de apresentar a Legião Urbana a uma geração movida pelos “quadradinhos de oito”. O roteiro do filme peca em 90% de sua estrutura, tenta complicar algo simples, da relevância a fatos da vida de Renato que não fazem a menor importância para o ícone que ele iria se transformar. Enfim, se Renato Russo não tivesse sido cremado, estaria se retorcendo no túmulo, pelo insulto a ele que este filme se transformou. Nem mesmo a trilha sonora, que deveria ser por si só um dos pontos mais importantes do filme, é aproveitada com satisfação. Músicas que são cantadas até hoje como hinos por mais de uma geração, são jogadas de forma ingênua, fazendo parecer coisa de criança, ao contrario do que bem sabemos, que em sua grande maioria eram músicas de protesto contra a situação política do Brasil. Personagens importantes são jogados no filme como meros enchimentos  de espaços vazios e outros de menor importância são colocados em destaque, o que falar da cena em que Renato Russo conversa em seu quarto com Dinho Ouro Preto, cena que em nada contribui para o desenvolvimento do filme, já  ao contrario temos um Herbert Vianna, tratado como uma pessoa totalmente aquém do que cenário musical do momento.  Como diz uma música de Renato Russo, o filme é TEMPO PERDIDO….

Nota: 2,0

Somos Tão Jovens, 2013. Direção: Antonio Carlos da Fontoura. Com: Thiago Mendonça, Sandra Corveloni, Marcos Breda, Laila Zaid, Bianca Comparato, Olívia Torres. 104 Min. Drama.

Manoel Gelcimar Delmino de Lima, é Funcionário Público/Acadêmico de Direito e amante da 7ª Arte.

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