FILME: Namorados Para Sempre

Título Original: Blue Valentine

Ano: 2011

Diretor: Derek Cianfrance

Elenco: Michelle Williams; Ryan Gosling

Sinopse

Um retrato íntimo de um relacionamento que está em franca desintegração. Com um romance outrora cheio de paixão, Cindy (Michelle Williams) e Dean (Ryan Gosling) são casados e têm uma filha de cinco anos. Na esperança de salvar seu casamento eles reservam um quarto no motel, relembrando anos atrás quando se conheceram, se apaixonaram e fizeram seus primeiros planos cheios de vida e esperança.

Minha Opinião

Se você sabe que a palavra “blue” é usada muitas vezes na língua inglesa como tristeza ou algo do tipo, você deve estar se perguntando qual o problema desse povo que traduz os nomes dos filme. Apenas saiba que você não é o único, pois eu jamais entenderei por qual razão eles traduziram para “Namorados Para Sempre”.

Enfim, vou começar avisando que você é do tipo que não gosta de filmes muito realísticos, pode ir procurando outro filme, pois esse não tem nada de romance, não é emocionante. Esse filme é bem frio, que por vezes até incomoda a crueza com que ele se desenrola, não de um jeito ruim -pra mim, pelo menos- mas de um jeito que te deixa meio sem saber o que dizer e como reagir ao final dele. O filme deixa essa sensação pois todos sabemos que realmente há muitos relacionamentos assim. -não todos, pessoas, a vida não é cruel assim também-

Eu lembro que eu não tinha muito interesse em ver esse filme, mas ai tem o Ryan, que gosto dele não só por ser lindo. Porém, nem o Ryan tava me animando para ver o filme, porém certo dia vi o título original e fiquei bem “WTF?!” e ai decidi que precisava ver esse filme algum dia. Eu não sabia nem a sinopse quando eu resolvi assistir.

O filme é narrado de forma não linear, o que eu achei ótimo. Pois o filme mostra o relacionamento atualmente, um casamento ‘morto’, cansativo, cheio de intolerância e decepção e também mostra o início do relacionamento, o encantamento, a timidez. Então, o fato de não ser linear equilibra bem isso, pois depois de uma cheia de decepção, cortam para uma de quando eles se conheceram, um pouco mais leve. Porém sempre de forma crua e muito bem dirigido -preciso ver mais coisas desse diretor-

Ryan e Michelle estão muito bem no filme, conseguiram passar os sentimentos perfeitamente. Conseguiam mostrar o encantamento do início do relacionamento e o cansaço do atualmente. Para diferenciar, colocaram o Ryan meio calvo no atualmente, para conseguirmos diferenciar, porém só com as expressões deles já é possível.

A personagem de Michelle, no passado, é uma estudante de medicina e que tem pais que vivem brigando e ela cuida de uma parente (que eu acho que é a avó, mas agora deu branco). A personagem tem expectativas para a vida, apesar de ela se apaixonar pelo personagem do Ryan, os anos passam e ela quer alguém que faça algo, que não aceita o fato de ele se conformar com um trabalho qualquer e não querer mais nada da vida.

O personagem de Ryan, no passado, é um cara simples, gosta de arte, porém sempre se conformou com um trabalho qualquer, que o ajude a viver, nunca teve realmente um sonho de fazer algo ‘maior’ na vida. Com o passar do tempo ele se acomoda na relação, passa a beber muito, chega até a ter aquele jeito meio bruto e agressivo, porém ele não é realmente agressivo. Ele acredita que ainda ama ela, que eles podem salvar a relação, porém eu acho mais é que ele gosta de estabilidade e conforto, e como ele se acomodou, ele não quer acabar o relacionamento, ainda mais por causa da menininha.

Enfim, eu achei um filme muito bem feito, com ótimas atuações, entendo que não é um filme para todos, mas eu quis falar dele mesmo assim. Para quem não gosta de muito de filmes assim, pode ser meio cansativo -por volta de 1hr e 50min de duração- Porém, acho que quem gosta de filmes assim ou se não tiver muito o que fazer, deveriam realmente dar uma chance pro filme. Vale a pena

E você ficará realmente sem saber como reagir ao final do filme. Lembro que quando eu terminei, eu fiquei vagando pela casa, minha mãe falava comigo, eu nem sabia o que falar com ela direito, fui tomar banho reflexiva, fui dormir assim ainda. Essa crueza com que ele é narrado tem esse impacto até mesmo em quem não curtir muito.

Aqui vai o trailer:

“Como você pode confiar em um sentimento se ele pode simplesmente desaparecer?”

Desculpe, gente, eu não estava com muita coragem para escrever essa semana, então ficou bem ruinzinho.

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