Fogo contra fogo (1995)

Título original: Heat

País: Estados Unidos

Duração: 2 h e 50 min

Gêneros: Crime, drama, thriller

Diretor: Michael Mann

IMDB: https://www.imdb.com/title/tt0113277/


Mesmo sem interagirem diretamente, em “O poderoso chefão 2“, Al Pacino e Robert DeNiro abrilhantaram esse que é considerado um dos melhores filmes da história do cinema. Para os nostálgicos admiradores dessa obra – e de toda a Trilogia do Poderoso Chefão -, que não são poucos, eis mais um filme no qual essa dupla, com os costumeiros talentos, contribui decisivamente com sua interpretação para que a produção seja muito bem sucedida. O trabalho de dois artistas deste quilate, aliado a um roteiro excepcional, só poderia resultar em um dos melhores filmes de ação já produzidos. “Fogo contra fogo” é o estado da arte em se tratando de filmes policiais/investigativos, proporciona adrenalina e tensão na medida certa e obtém o interesse dos espectadores com facilidade – já nos primeiros minutos. É um must see movie!

A sinopse, retirada da internet e com adaptações, é a seguinte: “Em Los Angeles, é cometido um assalto no qual são roubados US$ 1,6 milhão em títulos ao portador e três policiais são mortos. Assim, um detetive da Divisão de Roubos e Homicídios, chamado Vincent Hanna (Al Pacino) assume o caso e, apesar de ter problemas em sua vida pessoal, de contar com poucas pistas, de estar lidando com ladrões profissionais – capitaneados por um bandido muito inteligente chamado Neil McCauley  (Robert DeNiro) -, tenta impedir, da sua maneira, que esta quadrilha continue operando e trazendo horror e prejuízos à população da cidade americana”.

Os protagonistas exibem grande habilidade em relação a seus respectivos ofícios. O cometedor de crimes, Neil, como já comentado no segundo parágrafo, é muito inteligente, além de ser estrategista, perspicaz e contar com um raciocínio bastante rápido para sair das situações mais adversas. É o cérebro da quadrilha, apesar de atuar também no lado operacional. O investigador, Vincent, por sua vez, é mostrado simplesmente como uma lenda dentro da polícia: uma pessoa que vive para o seu trabalho e, por conta disso, tem bastantes problemas com sua terceira esposa, que suplica por atenção em várias passagens do filme. Nota-se, então, que é um embate entre gigantes, no qual pequenos detalhes definirão o vencedor. É necessário destacar uma cena na qual Vincent e Neil se encontram num bar para conversar. A admiração e o respeito mútuos, pelo profissionalismo com o qual cada um realiza seu trabalho, saltam aos olhos, apesar das ameaças explícitas de ambos os lados. Considero a cena mais importante do filme, e suplanta duas outras que considero bastante relevantes: o “duelo final”, que tem um grande simbolismo e se relaciona diretamente com os diálogos ocorridos no cena do bar, aludida na frase anterior, e o tiroteio espetacular no banco, que dura mais de 5 minutos desde o primeiro tiro até o último.

A despeito do foco total e absoluto nos dois protagonistas, há que se destacar a presença das mulheres na narrativa. Na vida real, mulheres mexem com a cabeça do sexo masculino, e na narrativa não é diferente. As duas mulheres que interagem com Vincent e Neil, entre outras menos relevantes na história, provocam reações diferentes em seus parceiros: angústia no primeiro e paixão no segundo, porém, o efeito da presença delas no roteiro serve como focos de tensão alternativos, que adiciona uma pimenta a mais na trama. A verdade é que as vidas pessoais de Vincent e Neil são complicadas e solitárias, mesmo estando rodeados de mulheres e outras pessoas, e isso contribui para que eles desenvolvam uma relação de dependência bilateral, ou seja, um não existe sem o outro.

Fogo contra fogo” é um filme vistoso e brilhante em toda a sua narrativa, seja pelo encorpado roteiro ou pelas interpretações magistrais de seu elenco estrelado. Duas lendas da sétima arte interpretando personagens rivais, antagônicos e que preenchem a tela em boa parte do tempo, juntamente com um roteiro pensado, maturado e aperfeiçoado por anos para retirar todas as “pontas soltas” – em razão de o filme ter sido adaptado a partir de outro produzido para a TV pelo próprio diretor Michael Mann -, concedem a essa obra cinematográfica a pecha de espetacular. Agrada até a quem não é fã do gênero!

O trailer segue abaixo.

Adriano Zumba


1 comentário Adicione o seu

  1. Muito bom, gostei da critica, atores de primeira grandeza, valeu!!!

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