Limite

título original: Limite
gênero: Drama
duração: 1h 54 min
ano de lançamento: 1931
estúdio: Cinédia
direção: Mario Peixoto
roteiro: Mario Peixoto
fotografia: Edgar Brasil


Um homem e duas mulheres estão à deriva em um barco. Enquanto sobrevivem em meio ao mar vemos suas histórias sendo narradas.

Assim que Limite começou pensei: "Caramba, um filme dadaísta/ surrealista brasileiro?!". Infelizmente não encontrei nenhuma informação que confirme esse meu pensamento, ainda assim vejo uma certa similaridade entre seu trabalho e o de Luis Buñuel.

Confesso que só entendi sua história depois de ler sobre no livro "1001 filmes para ver antes de morrer", já que não é linear e há pouquíssimos intertítulos, o que dificulta bastante já que se trata de um filme mudo. Isso faz com que o filme fique bem arrastado, cansativo e difícil de assistir. 

Mas não tira o mérito da linda fotografia, da direção que traz ângulos e um estilo de filmagem de vanguarda para a época e da trilha sonora clássica deliciosa, composta em boa parte por Villa Lobos.

Ainda assim, grande parte do renome mundial que Limite ganhou foi em cima da história que Sergei Eisenstein teria assistido ao filme e escrito um texto empolgado sobre o filme para uma revista renomada - o que depois revelou-se um folclore q eu na verdade o próprio Mario Peixoto teria escrito o texto.

Com tudo isso uma coisa eu garanto: depois de assistir a esse filme, com longas cenas de ondas e mar ao som de música clássica, dormi como não fazia há tempos.


CLASSIFICAÇÃO: RUIM


Pôster e Ficha Técnica: IMDb