Resenha: O Homem das Cavernas (2018)

mv5bntzjmdzly2mtyjq1zs00oge0ltg4ndatnmrkmjvjyjkxodgxxkeyxkfqcgdeqxvyndg2mjuxnjm@._v1_sy1000_cr0,0,1381,1000_al_O cultuado diretor de animação stop-motion; Nick Park, conhecido por assinar direção de Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais (2005) vencedor do Oscar de Melhor Animação, e A Fuga das Galinhas (2000) feitos em parceria com a DreamWorks Animations Aardman Animations, se juntou novamente a Aardman para lançar seu novo projeto; ‘O Homem das Cavernas (2018)’ – Early Man (título original) que foi pré-indicado na categoria  ‘Melhor Animação’ do Oscar premiação que acontece 24 de fevereiro de 2019. Com orçamento de $ 50 milhões e uma receita de $54 milhões o longa é um fracasso de bilheteria.

Com um cenário nos primórdios da civilização,  quando criaturas pré-históricas vagavam pela terra, Early Man vem contar a história de Dug (Eddie Redmayne), juntamente com seu porco ajudante Hognob ( Nick Park)  e de como eles unem sua tribo contra um poderoso inimigo Lord Nooth (Tom Hiddleston) para salvar sua vila.

É na transição da Idade de Bronze que o Lord Nooth vem fomentando sua ascensão, migrando constantemente em busca de riquezas. Aos seus súditos ele dá um entretenimento; o futebol o que traz muito lucro para ele. O longa procurar direcionar o espectador para a corrupção que está por detrás dos torneios. É explicitamente visto as referências ao Império Romano antigo; como as atividades do coliseu.

Já no encantador Doug, vemos ele desde o começo com suas aspirações de ‘algo maior’, e seu descontentamento com as escolhas triviais de seu grupo. Isso vem contrapondo a forma de vida que eles levam. Para seguir seu objetivo ele vai ter que confrontar o desconhecido, o que pode ser um tanto intimidador para ele, mas não só isso; ele precisa que sua tribo acredite para fazer acontecer. Nessa jornada acaba por encontrar Goona ( Maisie Williams) que compartilha de seus ideais, ela vem para dar impulso de carisma ao longa e demonstra genuinamente livre de preconceitos etinos que seu povo prega. Voltando seus esforços para o futebol; Goona anceia por oportunidades que levem a combater repressão que a impede de estar em campo.

Chief Bobnar (Timothy Spall) senhor da tribo traz uma personalidade despretensiosamente e embora ser resistente as mudanças tradicionais ele busca ser compreensível e isso faz dele um personagem de destaque junto com o contagiante Hognob.

Com isso o longa engloba uma narrativa descontraída e cheia de humor, que encanta o telespectador. O diretor em seus filmes costuma trazer uma pegada mais universal que atinge todos os públicos, com sua leveza e ao acaso ele traz profundidade cativante para expressar o universo criado. No desenvolvimento vemos o diretor pecando pois trás um final previsível, embora que até chegar nele, o filme constantemente se demonstra promissor.

Nick Park em entrevista vai dizer que o projeto embora ser trabalho era atraente de ser feito : ”Ao todo, 273 fantoches foram criados por 23 artistas durante um período de 30 meses, e um total de 3.000 bocas únicas foram construídas para o elenco stop-motion. No auge da produção, havia 33 animadores trabalhando simultaneamente em diferentes cenários.” ele conclui dizendo também que foi forçado a usar o digital em alguns cenários, o que para mim ficou imperceptível. Todo esse trabalho é recompensado pois o filme traz uma beleza sútil e a técnica primorosa é  vista de forma intensa nas cenas de ação.

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Por fim o filme traz bem o que promete; um emocionante entretenimento que vai divertir o publico com uma história de fácil compreensão para estimular a força de se trabalhar em equipe por um objetivo comum que é saudável a todos.

Trailer:

Disponível na Prime Video; serviço de streaming da Amazon

Nota: 3.5/5

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