Chemical Hearts – Crítica
Nova produção original da Amazon Prime Video, Chemical Hearts é baseado em A Química que Há Entre Nós, de Krystal Sutherland
Buscando uma abordagem mais realista da adolescência, produções têm se afastado dos romances teen idealizados de A Culpa é das Estrelas ou A Cinco Passos de Você. Na esteira de Por Lugares Incríveis e da série 13 Reasons Why, a Amazon Prime Video lança Chemical Hearts, de Richard Tanne. O longa-metragem é baseado no livro A Química que Há Entre Nós, de Krystal Sutherland (clique aqui para ler).
Chemical Hearts conta a história de Henry (Austin Abrams), um adolescente deslocado, aspirante a escritor, mas que acha que não viveu nada bom o bastante para colocar no papel. Até o dia em que ele conhece uma garota transferida de outra escola, Grace (Lili Reinhart). Reservada e acompanhada sempre de uma bengala, ela é designada a dividir a tarefa de edição do jornal da escola.
Grace, obviamente, esconde um trauma, e o público, assim como Henry, tentará descobrir e quebrar as barreiras que a personagem construiu para si. Chemical Hearts não é o romance teen mais cativante dos últimos tempos, em especial porque a figura de Henry é comum demais e, também por conta disso, o romance entre os dois personagens não é muito empolgante e às vezes não convence. Mas a proposta aqui é ir no sentido oposto de sucessos como A Barraca do Beijo ou A Dançarina Imperfeita: uma adolescência sem glamour, com muitas cicatrizes, e, no caso de Grace, sentimentos muito pesados para uma jovem lidar.
Longe de ser um romance água com açúcar, Chemical Hearts retrata com melancolia a adolescência, mesmo sem se aprofundar em temas comuns como bullying e suicídio. O foco é mais generalizado: é um filme sobre como as nossas cicatrizes demoram para fechar por completo e como sempre teremos elas na pele.
Por Gabriel Fabri
Leia A Química que Há Entre Nós, de Krystal Sutherland:
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