Seria The Babysitter (A Babá no título br) um surpreendente acerto da Netflix em seu catálogo de produções cinematográficas e um novo favorito do gênero terror-comédia?
The Babysitter é um filme original Netflix que foi lançado no último dia 13 de outubro de 2017 (Sexta-Feira 13) e está classificado como gênero terror – comédia, tem o roteiro de Brian Duffield, direção de McG – Dirigiu Charlie’s Angels/As Panteras e também é um dos diretores de Shadowhunters, que é uma produção da Netflix juntamente com a rede de tv Freeform. A trilha sonora fica por conta da composição musical de Photek e Douglas Pipes. O elenco principal conta com Samara Weaving, Judah Lewis, Hana Mae Lee, Robbie Amell and Bella Thorne.
Sinopse: Quando Cole(Judah Lewis) fica acordado até depois da hora de dormir, ele descobre que Bee (Samara Weaving), a sua babá sexy faz parte de um culto satânico e para que ele não revele o segredo, Cole está na mira da babá e seus amigos.
Queria dar início ressaltando que o que foi escrito a partir desta linha em diante faz parte da minha opinião pessoal, do pouco conhecimento que tenho sobre cinema e minha formação e experiência com áudio/ produção fonográfica.
Assisti ao trailer de The Babysitter e o filme não me interessou de primeira, por parecer genérico e pastelão, no entanto após o lançamento eu li vários comentários positivos elogiando o longa metragem em alguns grupos de cinéfilos e fãs de audiovisual no facebook , então resolvi dar uma chance. Fiquei bastante entretida com a trilha sonora sensacional que sobressai durante toda a trama. O soundtrack é 99% composição original, com excessão de We are the Champions – Queen ao qual surge no terceiro ato em uma cena icônica e hilária, de fato o ponto alto do filme é a trilha sonora.
O roteiro é bem divertido, tem boas sátiras, piadas e sarcasmos sobre o estereótipo americano e seus costumes, mas também é repleto de clichês propositais e momentos trashs. Em resumo é bem original, completamente engraçado, cômico, tem um suspense bem convincente, uma criativa mistura de gêneros. Tudo ali é inserido de maneira planejada e funciona muito bem. Bons efeitos visuais, paleta de cores diversamente colorida, fotografia e jogos de câmera bem versáteis.
Se você esperava uma sessão de gore, sinto muito, mas você não vai encontrar.
A relação entre Bee e Cole é bem diferente do que se espera, os dois tem uma conexão bem legal. Ela é compreensiva, afetuosa e compartilha dos mesmos gostos sobre a cultura geek com o garoto, além de ser a única pessoa com quem ele consegue se abrir, se sentir confortável consigo mesmo sem se sentir estranho ou anormal, como ele mesmo diz: Ela trata ele como um adulto, uma pessoa normal.
O primeiro ato é basicamente focado na construção desses personagens, a relação de Cole com os pais meio desnaturados, o convívio diário com os valentões da escola que praticam bullying contra ele, a amizade que na verdade é um crush pela vizinha Melanie (Emily Alyn Lind) e a relação de parceria e cumplicidade que a Bee tem com ele.
A dinâmica do roteiro e a trilha sonora mantém a atenção durante todo o filme, tudo funciona de uma maneira controlada, sem exageros, alguns furos mínimos e erros de sequência quase imperceptíveis, a atuação dos personagens principal é ótima, alguns personagens secundários são medianos ou até forçados em determinados momentos, nada que estrague a experiência. Ótimas piadas, alívios cômicos e referências muito bem introduzidas, inclusive tem um diálogo sensacional sobre Mad Men que particularmente pra mim foi um dos melhores ou melhor momento do filme, vou citá-lo abaixo mas aviso que pode conter spoilers.
– Quer saber? Você é Don Draper de Mad Men. Ele é todo descolado e bonito e todos o adoram, depois ele vai pra casa e descobre que ele era casado. Ele é um bosta!
– Você acabou de estragar Mad Men pra mim?
– Nem está mais passando. Você vai sobreviver.
The Babysitter é uma das poucas produções de longa metragem em que a Netflix acerta em cheio, foi um lançamento surpreendentemente divertido e bem produzido. Acredito que deve ter sido uma boa surpresa pra quem assistiu na sexta-feira 13 achando que seria um terror sangrento de causar medo na hora de dormir. Tenho a sensação de que o filme pode se tornar um clássico de seu gênero futuramente, lembra bastante a franquia de todo mundo em pânico. Uma boa pedida pra assistir com os amigos no fim de semana, super recomendo.
Obs: Tem cenas pós-créditos.
Autoria de Dany Poynter