Rezenha Crítica Ex Machina 2015

Quando um filme ou série aborda a Inteligência Artificial, dito ficção científica, e for bem produzido, uma coisa é certa, você vai ficar cabreiro, ainda mais se trabalha na área de Tecnologia da Informação, quem não trabalha, acaba ficando apreensivo com aquele medo inexplicável e obscuro, das coisas fugirem do controle e sem saber ao certo das consequências, é amedrontador.

O filme conta a história de um cara chamado Nathan que desenvolve um site de buscas na Internet utilizado por 94% dos internautas, a Blue Book (Qualquer semelhança com a Google é mera coincidência) e o mesmo, utiliza destes benefícios de saber o que todo o mundo pesquisa e gosta para poder criar a sua própria inteligência artificial em forma de robô, mas claro, do sexo feminino e bem sexy, não, digo, muito sexy cara.  Para que ele saiba que o projeto funcione, ele convida um dos melhores programadores de sua empresa, Caleb, que vai até uma base, bem isolada da sociedade, no meio do nada, vale aqui comentar esta cena, bem no começo do filme, onde ele pergunta ao piloto do helicóptero quanto tempo faltava, e o mesmo responde que já estavam sobrevoando a propriedade de Nathan há pelo menos 15 minutos, aí já deixa o telespectador em choque com o poder do personagem e o quão é milionário.

O clima do filme é bem tenso, típico filme claustrofóbico onde temos poucos personagens em um ambiente limitado. Isso é um bom sinal, porque mesmo com ambiente limitado e no máximo três personagens o filme manter-se bom, é sinal que foi bem dirigido.  Vale ressaltar logicamente os efeitos visuais, que por consequência venceu o Oscar 2016, e a fotografia do filme, onde o local de gravação é perfeito, escolhido a dedo.

Caleb tem várias sessões de entrevista com a Robô, chamado de Teste de Turing, onde um humano testa uma Inteligência Artificial para tentar provar a si mesmo que pode ser derrotado por ela, normalmente fazem isso com supercomputadores em jogos de Xadrez.

Conforme o filme vai passando você vai tendo a sensação de humanização da robô com Caleb, a cada nova conversa, novos assuntos e uma interação que você acredita que ali pode rolar um romance, na verdade, você que assistiu, duvido que não queria estar ali onde ele estava, com aquela gata dando moral para você… ksks – Claro que tudo isso e a sintonia dele com ela tem explicações lógicas, mas que não podem ser explanadas aqui, só assistindo.

É um jogo de xadrez da vida real onde somos envolvidos em uma trama, onde não sabemos em quem acreditar, e o pior, se em algum momento tentamos trazer para nossa realidade torna-se tudo ainda mais assustador, com as redes sociais que acessamos controlando tudo o que estamos vendo (Ou você nunca percebeu, que quando pesquisa por algo, sua rede social começa trazer propagandas e páginas relacionadas?) e definindo de forma bem discreta como agir. Até onde isso poderia ser benéfico? Quando é o momento e/ou limite para pararmos? Quando apertar o botão Stop? Assim como no filme Caleb cita a Nathan, que sua criação é como brincar de ser Deus.

Não querendo comprar discussões, mas dificilmente na atualidade onde já estamos acostumados com tecnologia e ainda sim são criadas inúmeras obras relacionadas ao tema, normalmente costumam ser uma encheção de saco, mas neste caso surpreendeu além de possuir tempo curto, que facilita  para reassistir com outras pessoas. Mas algo igual a recente série Black Mirror (Confiram minha reZenha que fiz na época que estava assistindo) acho que será difícil de ser criada e superada.

Minha nota é 4/5.

E você o que achou do filme? Conte-nos para saber sua experiência. O seu comentário é a alma do Blog.

Um comentário sobre “Rezenha Crítica Ex Machina 2015

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