Gotti: O Chefe da Máfia (“Gotti”)

Era para ter sido um daqueles filmes de máfia premiados com um elenco estelar. A biografia de John Gotti, um dos maiores mafiosos de Nova York nas décadas de 70 e 80 inspiraram vários dos grandes filmes que conhecemos e também resultou em inúmeras adaptações de sua vida ao longo do tempo. Essa foi a primeira em que a família do já falecido Gotti se envolveu pessoalmente como consultores.

Só que a produção passou por tantos problemas ao longo dos anos antes mesmo das filmagens começarem que o budget milionário foi reduzido a um décimo e o filme foi execrado de crítica e público tendo uma exibição reduzida nos cinemas e indo logo para DVD (era 2018 e o streaming ainda não tinha toda aquela força). A única coisa que ficou intacta foi o pedido da família Gotti para que John Travolta (“Um Negócio de Risco”) interpretasse o tão famoso protagonista.

E talvez, com tudo isso, foi feito o filme mais honesto (não quer dizer excelente) que a trinca de atores do agora submundo de Hollywood – John Travolta, Bruce Willis e Nicolas Cage – já fizeram nos últimos anos. Talvez, de todos os filmes desses três atores, somente “Pig” com Cage rivaliza com “Gotti” em resultado.

Dirigido pelo também ator Kevin Connolly (“Lute Por Sua Vida”), a história de Gotti nessa adaptação segue uma abordagem semelhante que Scorsese fez no seu “O Irlandês”, só que com menos da metade do talento e, ainda assim, nas quase duas horas de filme, foi muito conteúdo despejado, mas de uma forma palatável para o espectador, o qual consegue se situar em tempo e espaço e com a narrativa em off do próprio Gotti que também ajuda nesse sentido.

Tirando Travolta e a Kelly Preston (esposa de Gotti e de Travolta também, que faleceu em 2020), o resto do elenco são de amadores. Casting fraco, design de produção pra lá de pobre, salvando-se os figurinos de Gotti emprestados pela própria família, direção frouxa, mas que pelo menos segue um rumo, mas com pelo menos um final digno.

Gotti” talvez seja um dos filmes mais subestimados dos últimos anos, com razão em parte, mas que entrega um Travolta de volta aos seus melhores momentos de atuação e conta uma história relevante.

Curiosidades:

– Último filme da mulher de Travolta, Kelly Preston, antes de falecer de câncer em 2020.
– Parte dos carros vistos no filme são da coleção pessoal de John Travolta.
– Numa das cenas no bar de Gotti, a equipe de produção confundiu as bandeiras e colocou uma do México ao invés da bandeira italiana. A equipe de pós produção teve que modificar através de CGI.
– As perucas de Gotti foram emprestadas pelo próprio John Travolta.
– Detém o recorde da somatória de número de produtores, co-produtores, produtores associados e produtores executivos: 58!

Ficha Técnica

Elenco:
John Travolta
Spencer Rocco Lofranco
Kelly Preston
Pruitt Taylor Vince
William DeMeo
Leo Rossi
Chris Kerson
Stacy Keach
Ashley Drew Fisher
Jordan Trovillion
Nik Pajic
Chris Mulkey
Greg Procaccino
Donald John Volpenhein
Andrew Fiscella
Megan Leonard
Nico Bustamante
Rhys Coiro
Carter Anderson
Silas Mayers
Kealy Welage
Grace Sena
Sal Rendino
Tyler Jon Olson
Luis Da Silva Jr.

Direção:
Kevin Connolly

Produção:
Randall Emmett
Marc Fiore
Michael Froch
George Furla

Fotografia:
Michael Barrett

Trilha Sonora:
Jacob Bunton
Jorge Gomez
Pitbull

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