Sharunas Bartas é um dos diretores mais produtivos das duas últimas décadas do cinema lituano.

Seus filmes são o maior exemplo do cinema reflexivo e filosófico, uma das principais características do cinema deste país. Trata-se de um cinema que tende a abandonar as referências concretas à realidade para direcionar os personagens a um universo quase exclusivamente emotivo, descrevendo seu destino sombrio com uma atmosfera que dispensa os diálogos e as referências temporais. Na realidade, a ausência de diálogos, os long shots, as imagens paisagísticas e o ritmo lento são características de um cinema que opta por privilegiar as sensações emotivas e visuais através da pureza da imagem.

A Europa conheceu o cinema de Bartas através de suas participações em festivais; Trys dienos (Três Dias) foi indicado ao European Film Festival, Few of Us (Poucos de Nós) foi premiado em Berlim e A Casa apresentado em Cannes.

Casou-se com a atriz russa Yekaterina Golubeva no início dos anos 80 e ela participou de três filmes seus até o divórcio do casal e a partida dela para a França. Juntos tiveram uma filha, Ina Marija Bartaitė, que ficou com o pai na Lituânia. Ina Marija faleceu em 7 de abril de 2021 após ser atingida por um carro ao pedalar para casa na cidade de Vilnius.