Aos cinquenta anos de idade, uma famosa fotojornalista chamada Elisabeth Matrei visita seu pai na casa onde ela cresceu, numa pequena cidade da Áustria. Orientando-se com um mapa, ela passeia pela região meditando sobre sua família, seus estudos em Viena e sua carreira de fotógrafa desenvolvida em Paris. Porém, ao tentar se reencontrar com sua história para dar sentido à vida atual, a personagem se perde entre os flashes de sua própria memória. O filme se baseia na novela homônima de Ingeborg Bachmann, uma das escritoras mais influentes em língua alemã do pós-guerra, e oferece uma narração do presente inteiramente permeada por associações com o passado. Trata-se de um relato acerca da “repatriação” de uma mulher que se remete à própria história da Áustria após a Segunda Guerra. Entre caminhos permeados por lagunas de referenciais masculinos, Elisabeth se defronta com a culpa pela sobrevivência, plasmada no trauma, no sofrimento e na ética das imagens fotográficas.