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Realizador de obras afáveis como “Monte Carlo” e “Tudo em Família”, Thomas Bezucha pega a todos de surpresa em sua adaptação do romance de Larry Watson, publicado em 2013. Embora ele respeite o registro da literatura mais próximo de nossa contemporaneidade com personagens que transitam em uma América dos anos 1950, os temas abordados são velhos ao gênero: a preservação da família acima de tudo, a exploração de um território antes indígena e que agora se urbaniza e como as mulheres passaram a ser as lideranças de suas proles. O trio Diane Lane, Kevin Costner e Lesley Manville entrega as grandes interpretações do último ano.
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Diretor nascido em São Paulo, Marco Abujamra estava no processo de construção de uma filmografia acima da média no formato documental. Ao longo de uma carreira de quase 20 anos, fizeram parte de sua pesquisa nomes como Jards Macalé (“Jards Macalé: Um Morcego na Porta Principal”, 2008), Mário Lago (idem, 2013), Paulo Autran (“Paulo Autran: O Senhor dos Palcos”, 2017) e Luiz Melodia (“Todas as Melodias”, 2020).
A sua estreia na ficção de longa-metragem se dá com uma história de sua própria autoria em que nada tem a ver com os universos artísticos previamente celebrados. Há aqui uma exploração no cenário competitivo do xadrez, algo secundário e que o próprio Abujamra relevou o desejo de alterar devido a realização de seu filme coincidir com o sucesso de “O Gambito da Rainha”, atração da Netflix. O que movimenta “Júpiter” são as relações familiares a partir de um protagonista, Mario (Orã Figueiredo), contaminado pela apatia.
Detetive particular, Mario geralmente é contratado por mulheres que desejam obter provas de infidelidade de seus parceiros. No caso que abre a história, ele sofre um ataque cardíaco ao ser flagrado por seu alvo, um médico que o silencia após prestar socorros. Com esse evento, coincide o surgimento de um adolescente de 17 anos, Júpiter (Rafael Vitti, em seu segundo papel em um longa), fruto de um relacionamento casual. Detalhe: na época, Mario já estava casado com Teresa (interpretada por Guta Stresser), com quem comemora sem entusiasmo as bodas de prata.
Como se observa pela sinopse, os eventos acontecem de forma nada orgânica, construindo consequências e conexões humanas forçadas para que “Júpiter” consiga se movimentar. O lado prodígio do personagem-título como enxadrista pode até receber citação antes que tal habilidade seja testemunhada por Mario, mas o restante se manifesta sem qualquer estofo dramático, do relacionamento repentino de Júpiter com outra jovem, Luana (Brenda Sabryna), até o fato deste testemunhar a infidelidade de Teresa usando a câmera fotográfica de seu pai.
Talvez seja mais interessante para Marco Abujamra retomar a trajetória artística como documentarista após uma experiência na ficção que nada tem a acrescentar.
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Leroy Green
Boa noite brother! Eu já me inscrevi no teu canal! Amo tudo relacionado a cinema! queria te convidar pra conhecer o meu também sobre filmes
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LegenDario
Oi Alex, tudo bem? Tem interesse em trocar ideias, piadas e experiências sobre cinema de forma descontraída, como em uma roda de amigos?
O LEGIONÁRIOS é um grupo criado por mim em 2016, mas que desde então vem crescendo e falando sobre as mais variadas temáticas.
A participação é totalmente aberta, basta respeitar os colegas e o ambiente seguro de ofensas que buscamos proporcionar. Entre pelo link abaixo e diga "Ei, meu nome é fulano! Vim por convite do Gabriel Dario no Filmow".
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Felipe
Fortalece os amigos també no YouTUBE! Veja meu ultimo video sobre BAcurau - https://www.youtube.com/c/rezenhando?sub_confirmation=1
Fica bem evidente nesta repaginação do personagem uma tentativa de operar como se Gotham fosse um espelho da América dos nossos tempos, com direito a anônimos que se comportam como fascistas para tentar sabotar uma promessa de mudança vinda com a candidatura à prefeitura de uma negra (há também o Jeffrey Wright como a única autoridade policial incorruptível e uma Selina Kyle que basicamente verbaliza sobre a "branquitude sórdida" daquela cidade).
Tudo isso se estrutura para um terceiro ato bem frouxo. Por isso mesmo, acabo gostando mais da boa promessa deixada no prólogo de filme de serial killer, com o Charada basicamente se comportando como um Mark Chapman com métodos de Zodíaco perseguindo um Batman à lá Kurt Cobain.