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Um filme que brinca com referências e críticas ao Cinema Novo brasileiro. Utilizando-se de mesmas técnicas de câmera, enquadros e até da posição das personagens em cena, Trevisan mostra a busca de suas personagens pela cidade, cada um por seus motivos pessoais. E cada personagem é um arquétipo trabalhado pelo cinema nacional até 1970: o caipira, o playboy que larga a vida numa viagem, o indígena, as prostitutas, a travesti, os religiosos, os sobreviventes da violência cotidiana, o escravo, o intelectual, o cangaceiro... E todos são parte de referências à filmes do período: Ganga Zumba, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Como era Gostoso o meu Francês, filmes do Mazaroppi, filmes da pornochanchada. Enfim. Uma gama de personagens que rumam ao seu destino que, inicialmente, é conhecer o Brasil. E o fim da jornada não é o horizonte do mar, onde se encontra futuro e liberdade, mas sim, a alegoria da indústria cinematográfica brasileira. Onde para ser artista de cinema, deve-se ser sucateado.
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O curta continua a história criada por Nati, anos atrás, a partir do vídeo que tornou-se meme nacional: Leona, assassina vingativa, que se vinga da Aleijada Hipócrita. Crescida, vive em uma Paris onde é possível vermos a ponte que liga o centro de Recife com Recife velho. Aleijada Hipócrita volta para se vingar de Leona. Muito glamour entre paredes de apartamento velho, uma cortina de divisória e uma torre Eiffel genuinamente brasileira.
Um maravilhoso ícone do novo cinema trash, com algo de transgressor.