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38 years São Paulo - (BRA)
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Não vejo minha vida sem os filmes.
Suspense, drama e ficção científica são meus gêneros favoritos.
Adoro odiar um clássico e, às vezes, adoro umas porcarias que ninguém mais gosta.

http://letterboxd.com/angelocordeiro/

https://www.youtube.com/channel/UCvZkq9vS_5SlCFwbIx_9jrg

Últimas opiniões enviadas

  • Angelo Antonio

    O formato do documentário de Grégory Monro é bastante engessado. Ao invés das tradicionais cabeças flutuantes ou de uma montagem mais dinâmica, o que vemos são cenas de filmes de Kubrick enquanto as entrevistas em áudio do genial diretor para o crítico Michel Ciment são tocadas em off.

    A experiência não é nada cinematográfica, embora cenas dos filmes de Kubrick estejam ali. A estrutura me lembrou o que é feito em Listen to me Marlon, documentário de Stevan Riley sobre a trajetória de um dos grandes atores da história do cinema - se não o maior - Marlon Brando.

    Ciment sabia que estava diante de um gênio bastante genioso e fez um registro único, afinal, Kubrick odiava entrevistas pelo simples fato de em muitas delas os entrevistadores parecerem querer tirar dele uma resposta genial para as intenções de seus filmes. Talvez, por isso, o documentário tenha essa estirpe de chapa branca, ora, imagine qualquer jornalista ou crítico, por mais atrevido que fosse, tendo a oportunidade de entrevistar alguém como Kubrick, é preciso cercá-lo de forma sutil e é o que Ciment faz aqui. Infelizmente, nem todo mundo é Mike Wallace.

    Por isso, Kubrick passa de maneira breve e sem muitas explicações por sua filmografia que nem é tão extensa, mas bastante complexa, ele não se aprofunda como gostaríamos, ainda assim, o registro é interessante pela raridade do acontecimento.

    Alguns filmes, como Lolita, ganham pouco tempo de atenção, já outros, como Glória Feita de Sangue, Barry Lyndon e Laranja Mecânica, ganham comentários que nos revelam mais ou menos como a mente de Kubrick funcionava e elucidam sua ideia de cinema.

    Comentários de colegas de set e atores também contribuem para tal, mas fica impossível mergulhar naquela mente por completo, Kubrick sabia o que estava fazendo. É mais ou menos como Malcolm McDowell resume Kubrick, ele chegava no set sem nada pronto e se adequava às situações. Nesta entrevista, Kubrick fala o que quer e esconde o que não quer expor. Dessa forma, mantém seu legado de mistério e corrobora sua genialidade.

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  • Angelo Antonio

    Há algo meio Ex-Pajé e Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos neste documentário da panamenha Ana Elena Tejera. Ela conta a história de Cebaldo, um homem de origem indígena que mora em Portugal e que, tantos anos depois, acabou se desvinculando de sua ancestralidade.

    Em busca do seu eu, Cebaldo retorna à aldeia onde cresceu e, por meio de vários rituais e memórias resgatadas, se limpa do mundo para se conectar novamente consigo mesmo.

    Citei Ex-Pajé pois Cebaldo busca sua cura nas águas após longa exposição ao mundo do homem branco, assim como o pajé do filme de Luiz Bolognesi mantém sua espiritualidade atrelada à natureza, embora esteja exposto à inquisição evangélica. Já em Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, o jovem Ihjãc é incumbido de encontrar paz para a alma de seu falecido pai, assim como Cebaldo vai em busca de paz para sua própria.

    Dizem que águas passadas não movem moinhos, mas é justamente nas águas do passado que Cebaldo se reconecta à sua cultura e volta ao seu estado de espírito natural.

    "O reflexo da alma habita na água" surge escrito na tela. Cebaldo resgata aquilo que lhe completa e que parecia perdido.

    Tejera traça um interessante paralelo entre a história de Cebaldo com o mito de Panquiaco, indígena que conduziu o explorador espanhol Vasco Núñez de Balboa ao descobrimento do Oceano Pacífico e depois se jogou às águas do mar.

    Se o filme é encenado, ao menos é possível identificar muita verdade nos conflitos internos de Cebaldo. O seu silêncio e contemplação são tomados pelo barulho das águas que lavam seu corpo e sua alma e lhe renovam.

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  • Angelo Antonio

    Como será a vida de um influencer? Aquela persona que nos é apresentada por meio de stories, fotos e vídeos representa quanto da personalidade real de uma pessoa? Se nós mesmos nos enchemos de filtros e efeitos para uma simples foto no feed, imagine o quanto uma pessoa que tem milhões de seguidores não mascara?

    Suor mostra o outro lado da vida de uma dessas influencers digitais. O suor do título pode ter dois sentidos, o primeiro deles porque, de fato, Sylwia sua com seus exercícios e rotina fitness, o segundo porque aqueles que a acompanham não conhecem os perrengues que ela enfrenta. É aquela frase popular: quem vê sucesso, não vê corre.

    O diretor Magnus von Horn nos apresenta então a este lado mais íntimo de Sylwia. Cheia de dilemas, ela encara boa parte deles com bastante personalidade, expulsa um tarado que a persegue, convida um colega de trabalho para sua casa, e quando desabafa em um vídeo em sua rede social por não se sentir amada e ser sozinha, o vídeo viraliza e pega mal perante seu staff. Sylwia é julgada por ser verdadeira e honesta com seus fãs e por revelar uma faceta que ela supostamente deveria camuflar.

    Propondo este estudo de personagem (e não um ataque aos malefícios das redes sociais como certo documentário óbvio lançado há algumas semanas propôs), von Horn nos aproxima de Sylwia desde o início com uma câmera que a acompanha a todo instante, somos praticamente sua única companhia e as únicas testemunhas de como ela realmente é sozinha - até mesmo em um almoço em família Sylwia é apenas a garota fitness. Ao final o que fica é: qual o problema em seu desabafo? Se ela sua, também chora.

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