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Arca Russa
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Testemunhando um milagre: um acerto da Netflix. Ripley é uma minissérie para saborear cada frame. As cenas noturnas com as ruelas úmidas me lembraram muito os melhores filmes noir. A tensão nos episódios em que o Ripley se livra dos corpos é uma aula de cinema. Ele caminhando pela Via Appia Antica e pelo Acquedotto Claudio à noite e os cortes das pinturas de Caravaggio em preto e branco realçando o chiaroscuro: tudo muito fino, belo, glorioso. Não li os livros que originaram a série, mas achei o ritmo desapressado e a frieza glacial dos personagens bastante agradável. Cada uma das 3 adaptações eu gostei à sua maneira.
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Mths Gonc
Oi Adson, tudo certo?
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Rafael
Nossa, a notificação foi por minha causa?
Se sim. Eu curti ou respondi algum comentário seu?Agora sobre sua "pergunta". È o universo te dando algum sinal. rs
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Edkalume
Tudo certo, Adson?
Escrevendo pra saber se você teria interesse de participar de um grupo de whatsapp sobre cinema.
Se sim, me dá um toque e a gente conversa.
Como devoto da cultura e da História russas – uma terra que nos deu Tchaikovski, Rachmaninoff, Dostoiévski, Tolstoi e tantos outros artistas gloriosos – não me canso de revisitar Arca Russa, um testemunho vivo da grandeza da Mãe Rússia.
A ideia do Marquês Francês como um guia desdenhoso e cético foi um golpe de gênio do Sokurov; a evolução desse personagem no decorrer do filme como um símbolo das constantes batalhas de identidade da Rússia ao longo da História é simplesmente brilhante.
Em cada visita à Arca do Sokurov descubro ou noto algo novo. Nesta terceira visita foi Pushkin, o querido poeta russo, aparecendo constantemente durante a nossa longa caminhada, sendo um dos últimos rostos que vemos no filme. O tom melancólico da despedida no final sempre me enche de emoção e derramo uma ou duas lágrimas de puro contentamento, o que acontece frequentemente quando testemunho algo verdadeiramente Belo.
Arca Russa é um presente para a humanidade, uma obra de arte sem precedentes.