Mais, o filme trás personagens machistas, homofóbicos e racistas, tentando liderar o grupo dos 50 que se encontravam ali. Nada mais que uma visão micro do que é nossa sociedade, onde mulheres, LGBT's e negros são os alvos dessa. Não gostou do filme? Aconselho que repense o mundo a sua volta, em que o seu conceito de "certo" não parece fazer sentido e a finalidade de tudo, menos ainda.
Quase uma hora e meia de suspense, 50 personagens (dentre eles, vários arquétipos), com uma mesma locação em sua maior parte, iluminação idêntica, enquadramentos repetitivos, e um roteiro que só apresenta questões e deixa resoluções e julgamentos para os espectadores. O grande mérito da obra fica para os seus idealizadores e não para o público. A ideia permite uma atmosfera realizada com um baixo orçamento e mais, que cada um de nós naveguemos por nossa própria moral, gostando ou não do final. Conceito bem executado. 5 estrelas pela esperteza de seus criadores, pois o cinema precisa mais disso, visto a excludência da indústria, e 3,5 para o produto final.
de um charlatanismo intelectual proposital. Kant, Beauvoir e Sartre são citados, mas suas ideias não passam de frases soltas dos personagens, como que para atribuir-lhes uma sofisticação inexistente, apenas de fachada. Não é um dos melhores do Allen, porém despretensioso e honesto, e merece mérito por isso.
Depois que descobrimos que o sumiço dela não passa de uma armação vinda da própria, somos levados a odiá-la e a desacreditá-la, mas fiquei pensando se o caso do estupro ocorrido na época da faculdade não seria verídico. Ela ter sofrido abuso justificaria o seu comportamento misândrico. Em seus relatos, diz que tentou se adequar ao que o marido queria: uma mulher que não briga, que sorri o tempo todo, que faz sexo oral diariamente, que se depila, e que "come pizza e continua magra". Mesmo assim, foi traída por ele. Depois, quando os seus planos de vingança não dão certo devido ao casal que a rouba (ela pressupõe que foi o cara que convenceu a mulher a fazê-lo, e não o contrário), ela arma pra cima do antigo namorado (que a teria perseguido no passado), recriando a suposta situação de estupro a qual teria vivido e se vingando dele.
Ao final, pra Amy só havia duas opções: morrer e punir o marido, ou voltar e cumprir o papel de esposa perfeita que foi designado a ela. Seus pais tinham um casamento impecável e cobraram o mesmo do dela, além da cobrança social e midiática que ela sofria.
Em uma primeira leitura, vemos Amy como uma sociopata, mas na verdade, todo o seu ódio foi uma reação legítima ao abuso de homens que ela sofreu durante a vida.
Como montar um quebra-cabeças se suas peças estão escondidas? O filme me pareceu bem egoísta, tanto por suas escolhas artísticas (ambientes sufocantes e paleta de cores que geram um belo desconforto - e que FORÇAM um clima de suspense) como pela narrativa, toda desconexa e com cortes fora de hora, que só dificultam o envolvimento do espectador com a trama. Além disso, o foco do filme fica todo em seu enigma, esquecendo de dar um maior aprofundamento nos personagens, como se estes fossem apenas pistas do mistério. Enfim, me ficou a impressão de que sua resolução foi encarada como sendo mais importante do que a obra em si. Pra mim, é um filme que nasceu morto e que não passa de masturbação intelectual.
For lovers Only é um filme que acima de tudo, homenageia o amor, sendo ele o seu verdadeiro protagonista (e também o de nossas vidas, por que não). Assim como na obra “Hiroshima Mon Amour”, duas pessoas compromissadas encontram-se em Paris e tornam-se amantes. O sentimento entre elas é intenso, mas não suficiente para mantê-las juntas. Em ambos os filmes, o amor (compartilhado, vivenciado a dois) é representado como algo efêmero, porém ainda assim, belo. Se em um, o esquecimento é responsável pelo seu fim, no outro, o motivo é irrelevante. Em certo momento, no filme do Polish é citado: “Estamos expostos a tudo. O sol. Doenças. E eles virão atrás de nós”, ou seja: não há fuga para o seu término. Estamos fadados a amarmos e terminarmos sozinhos, mas cabe a nós aproveitarmos cada detalhe provido desse sentimento. A decupage das cenas explicita isso por meio de planos detalhes, destacando os beijos, mãos entrelaçadas e carícias trocadas pelo casal. Outro aspecto do filme é o uso de metáforas. No início, Yves, que é fotógrafo, clica um pombo (um casal apaixonado é referido como dois pombinhos. Aqui, só há um e sem vida, portanto sem amor) morto ao chão. O motivo de suas fotografias vai mudando ao decorrer do filme, e o foco tanto de sua câmera como o do seu eu passa a ser Sofia, sua amante. Poderia ficar aqui falando da trilha musical (Arcade Fire, Serge Gainsbourg e John Lennon), dos lindos cenários, da química incrível dos personagens, mas enfim, sinto que já disse muito. For Lovers Only possui uma proposta super simples e delicadeza inversamente proporcional a ela. É um filme sobre sentimento e nada mais.
Apesar das deficiências técnicas (provavelmente devido a ter sido filmado para a televisão), o filme retrata a vida de Sartre e da Simone de Beauvoir de forma apaixonante. Amantes, companheiros e colegas de luta, se uniram em busca daquilo que mais acreditavam: a Filosofia Existencialista. Beauvoir é a que apresenta maior destaque na biografia. Figura forte, manteve-se sempre ao lado de Sartre, abrindo mão do amor conjugal e de ser mãe pela união ideológica que mantinham. Sartre já não demonstra o mesmo desprendimento, porém na obra entende-se que sem ele não haveria a Simone de Beauvoir feminista e escritora publicada em todo o mundo todo. Sendo assim, um foi essencial ao outro e imprescindíveis a filosofia a qual idealizaram. “Amants Du Flore” é um elogio a liberdade e nos apresenta um modelo daquilo que realmente significa ser mulher. Uma obra de valor histórico, social e artístico.
Kieslowski, sobre a centralidade que a emoção toma em seus filmes:
"Eu mexo com puras emoções em Veronique porque este é um filme sobre emoções e nada mais. Não há ação nele. Se eu faço um filme sobre emoções então eu obviamente mexo com elas. As pessoas também me disseram que eu estava tirando proveito de emoções em Não Matarás porque tanto a cena do assassinato quanto a cena do enforcamento duram tanto tempo. É claro que eu estou mexendo com emoções. Com o que mais eu poderia mexer? O que mais há lá senão emoções? O que é importante? Apenas isto, eu mexo com as emoções para que as pessoas possam amar ou odiar meus personagens, para que as pessoas possam simpatizar com meus personagens, para que as pessoas possam querer que meus personagens ganhem se eles estiverem jogando um jogo bom. Eu acho que se você vai ao cinema, você quer se entregar a emoções."
trabalho cheio de potencial, mas que deveria ter ficado guardado por mais um tempinho na gaveta a fim de ser melhor desenvolvido. O filme exala sensualidade e as cenas entre as meninas ficaram de super bom gosto, porém os elementos sobrenaturais do filme (junto àquela trilha, como já disseram) deram um ar de bizarrice a trama. Outro ponto que me incomodou foi o final,
que confirma uma fala anteriormente dita no filme: "o sexo é imoral", e coloca um preço a ser pago devido a essa imoralidade, tanto ao diretor, que é espancado, quanto as meninas, que se perdem de maneiras diversas. Todo o experimentalismo e coragem desse trabalho (tanto o do cineasta François como o do Brisseau) se perdem com esse desfecho.
Fui atraída pela obra devido a sua semelhança com a recente polêmica que o filme "La Vie D'Adèle" tem gerado, mas pela primeira vez, vi mais audácia na realidade do que na ficção. Enfim, vale pela excelente direção e pela interessante premissa, nada mais.
"Uma longa viagem", mais do que o território físico, explora o interior de jovens que em meio a ditadura e revoluções políticas, encontraram sua liberdade na contracultura e nas asas das drogas químicas. O filme é uma homenagem a essa geração que precisou crescer rapidamente e adquirir um posicionamento social para conseguir sobreviver num mundo em que tortura era tida como normal.
A busca do amor é um tema clichê, principalmente se ocorrida na juventude, e por o filme se tratar disso, não deixa de ser uma junção de várias trivialidades e de personagens estereotipados. Porém, mesmo que cada momento representado seja banal, surge a necessidade do personagem central de congelá-los para poder aproveitá-los ao máximo. Assim é este período da vida, em que mesmo conscientes sobre a superficialidade das situações, queremos vivê-las de forma mais intensa que podemos.
Wim Wenders consegue neste filme o que vários teóricos tentaram fazer na década de 10/20: provar que o cinema é uma arte que se beneficia das propriedades de todas as demais, mesmo ele existindo independentemente a elas. Música, teatro, artes plásticas, dança/coreografia, poesia e até mesmo a arquitetura, juntos, compõe essa obra profunda e belíssima.
Após uma semana, ainda com o obra em mente, deparei-me com uma frase dita pelo francês Eric Rohmer que ao meu ver descreve bem a essência do filme: "ao aprender a compreender, o espectador moderno desaprendeu a ver".
Achei que esse filme fez uma metáfora do amor com as flores. Em seu início, há uma cena em que comentam que novos amores florescem na primavera. Depois vem o verão contido no título original do filme e com ele, a felicidade nascida desses novos relacionamentos. Chega o outono e aquelas flores do início se fecham e caem. No inverno não existe nenhum sinal de que aquilo existiu com a exceção dos frutos que algumas flores são capaz de dar. Fecha-se o ciclo.
O Professor Substituto
3.7 70 Assista AgoraUm Cidade dos Amaldiçoados com um toque de consciência ambiental
O Culto de Chucky
2.3 611 Assista AgoraNão sei quem tem menos maturidade aqui, se é o Chuck ou essa galerinha que tá comentando.
Picnic na Montanha Misteriosa
3.8 175 Assista AgoraQuatro anos que o vi e este filme só cresce dentro de mim.
Sinto-me como se estivesse perdida naquelas montanhas até hoje, com elas.
Circle
3.0 683 Assista AgoraMais, o filme trás personagens machistas, homofóbicos e racistas, tentando liderar o grupo dos 50 que se encontravam ali. Nada mais que uma visão micro do que é nossa sociedade, onde mulheres, LGBT's e negros são os alvos dessa. Não gostou do filme? Aconselho que repense o mundo a sua volta, em que o seu conceito de "certo" não parece fazer sentido e a finalidade de tudo, menos ainda.
Circle
3.0 683 Assista AgoraQuase uma hora e meia de suspense, 50 personagens (dentre eles, vários arquétipos), com uma mesma locação em sua maior parte, iluminação idêntica, enquadramentos repetitivos, e um roteiro que só apresenta questões e deixa resoluções e julgamentos para os espectadores. O grande mérito da obra fica para os seus idealizadores e não para o público. A ideia permite uma atmosfera realizada com um baixo orçamento e mais, que cada um de nós naveguemos por nossa própria moral, gostando ou não do final. Conceito bem executado. 5 estrelas pela esperteza de seus criadores, pois o cinema precisa mais disso, visto a excludência da indústria, e 3,5 para o produto final.
O Homem Irracional
3.5 551 Assista Agorade um charlatanismo intelectual proposital. Kant, Beauvoir e Sartre são citados, mas suas ideias não passam de frases soltas dos personagens, como que para atribuir-lhes uma sofisticação inexistente, apenas de fachada. Não é um dos melhores do Allen, porém despretensioso e honesto, e merece mérito por isso.
A Caverna
3.4 142Misoginia define.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraSó eu que senti empatia pela Amy?
Depois que descobrimos que o sumiço dela não passa de uma armação vinda da própria, somos levados a odiá-la e a desacreditá-la, mas fiquei pensando se o caso do estupro ocorrido na época da faculdade não seria verídico. Ela ter sofrido abuso justificaria o seu comportamento misândrico. Em seus relatos, diz que tentou se adequar ao que o marido queria: uma mulher que não briga, que sorri o tempo todo, que faz sexo oral diariamente, que se depila, e que "come pizza e continua magra". Mesmo assim, foi traída por ele.
Depois, quando os seus planos de vingança não dão certo devido ao casal que a rouba (ela pressupõe que foi o cara que convenceu a mulher a fazê-lo, e não o contrário), ela arma pra cima do antigo namorado (que a teria perseguido no passado), recriando a suposta situação de estupro a qual teria vivido e se vingando dele.
Ao final, pra Amy só havia duas opções: morrer e punir o marido, ou voltar e cumprir o papel de esposa perfeita que foi designado a ela. Seus pais tinham um casamento impecável e cobraram o mesmo do dela, além da cobrança social e midiática que ela sofria.
Em uma primeira leitura, vemos Amy como uma sociopata, mas na verdade, todo o seu ódio foi uma reação legítima ao abuso de homens que ela sofreu durante a vida.
O Homem Duplicado
3.7 1,8K Assista AgoraComo montar um quebra-cabeças se suas peças estão escondidas?
O filme me pareceu bem egoísta, tanto por suas escolhas artísticas (ambientes sufocantes e paleta de cores que geram um belo desconforto - e que FORÇAM um clima de suspense) como pela narrativa, toda desconexa e com cortes fora de hora, que só dificultam o envolvimento do espectador com a trama. Além disso, o foco do filme fica todo em seu enigma, esquecendo de dar um maior aprofundamento nos personagens, como se estes fossem apenas pistas do mistério.
Enfim, me ficou a impressão de que sua resolução foi encarada como sendo mais importante do que a obra em si. Pra mim, é um filme que nasceu morto e que não passa de masturbação intelectual.
Eles Voltam
3.2 76pra quem tem tv por assinatura, vai passar dia 10 de junho no Canal Brasil.
(gravem e compartilhem o rip, please)
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista AgoraCuidado com o homem que te oprime, mas tenha ainda mais cuidado com aquele que te apoia.
For Lovers Only
4.1 66For lovers Only é um filme que acima de tudo, homenageia o amor, sendo ele o seu verdadeiro protagonista (e também o de nossas vidas, por que não). Assim como na obra “Hiroshima Mon Amour”, duas pessoas compromissadas encontram-se em Paris e tornam-se amantes. O sentimento entre elas é intenso, mas não suficiente para mantê-las juntas. Em ambos os filmes, o amor (compartilhado, vivenciado a dois) é representado como algo efêmero, porém ainda assim, belo. Se em um, o esquecimento é responsável pelo seu fim, no outro, o motivo é irrelevante. Em certo momento, no filme do Polish é citado: “Estamos expostos a tudo. O sol. Doenças. E eles virão atrás de nós”, ou seja: não há fuga para o seu término. Estamos fadados a amarmos e terminarmos sozinhos, mas cabe a nós aproveitarmos cada detalhe provido desse sentimento. A decupage das cenas explicita isso por meio de planos detalhes, destacando os beijos, mãos entrelaçadas e carícias trocadas pelo casal.
Outro aspecto do filme é o uso de metáforas. No início, Yves, que é fotógrafo, clica um pombo (um casal apaixonado é referido como dois pombinhos. Aqui, só há um e sem vida, portanto sem amor) morto ao chão. O motivo de suas fotografias vai mudando ao decorrer do filme, e o foco tanto de sua câmera como o do seu eu passa a ser Sofia, sua amante.
Poderia ficar aqui falando da trilha musical (Arcade Fire, Serge Gainsbourg e John Lennon), dos lindos cenários, da química incrível dos personagens, mas enfim, sinto que já disse muito. For Lovers Only possui uma proposta super simples e delicadeza inversamente proporcional a ela. É um filme sobre sentimento e nada mais.
Os Amantes do Café Flore
3.7 63Apesar das deficiências técnicas (provavelmente devido a ter sido filmado para a televisão), o filme retrata a vida de Sartre e da Simone de Beauvoir de forma apaixonante. Amantes, companheiros e colegas de luta, se uniram em busca daquilo que mais acreditavam: a Filosofia Existencialista.
Beauvoir é a que apresenta maior destaque na biografia. Figura forte, manteve-se sempre ao lado de Sartre, abrindo mão do amor conjugal e de ser mãe pela união ideológica que mantinham. Sartre já não demonstra o mesmo desprendimento, porém na obra entende-se que sem ele não haveria a Simone de Beauvoir feminista e escritora publicada em todo o mundo todo. Sendo assim, um foi essencial ao outro e imprescindíveis a filosofia a qual idealizaram.
“Amants Du Flore” é um elogio a liberdade e nos apresenta um modelo daquilo que realmente significa ser mulher. Uma obra de valor histórico, social e artístico.
A Dupla Vida de Véronique
4.1 275 Assista AgoraKieslowski, sobre a centralidade que a emoção toma em seus filmes:
"Eu mexo com puras emoções em Veronique porque este é um filme sobre emoções e
nada mais. Não há ação nele. Se eu faço um filme sobre emoções então eu
obviamente mexo com elas. As pessoas também me disseram que eu estava tirando
proveito de emoções em Não Matarás porque tanto a cena do assassinato quanto a
cena do enforcamento duram tanto tempo. É claro que eu estou mexendo com
emoções. Com o que mais eu poderia mexer? O que mais há lá senão emoções? O
que é importante? Apenas isto, eu mexo com as emoções para que as pessoas
possam amar ou odiar meus personagens, para que as pessoas possam simpatizar
com meus personagens, para que as pessoas possam querer que meus personagens
ganhem se eles estiverem jogando um jogo bom.
Eu acho que se você vai ao cinema, você quer se entregar a emoções."
Os Anjos Exterminadores
3.2 23trabalho cheio de potencial, mas que deveria ter ficado guardado por mais um tempinho na gaveta a fim de ser melhor desenvolvido. O filme exala sensualidade e as cenas entre as meninas ficaram de super bom gosto, porém os elementos sobrenaturais do filme (junto àquela trilha, como já disseram) deram um ar de bizarrice a trama.
Outro ponto que me incomodou foi o final,
que confirma uma fala anteriormente dita no filme: "o sexo é imoral", e coloca um preço a ser pago devido a essa imoralidade, tanto ao diretor, que é espancado, quanto as meninas, que se perdem de maneiras diversas. Todo o experimentalismo e coragem desse trabalho (tanto o do cineasta François como o do Brisseau) se perdem com esse desfecho.
Fui atraída pela obra devido a sua semelhança com a recente polêmica que o filme "La Vie D'Adèle" tem gerado, mas pela primeira vez, vi mais audácia na realidade do que na ficção. Enfim, vale pela excelente direção e pela interessante premissa, nada mais.
Quando Paris Alucina
3.8 100 Assista AgoraAudrey Hepburn bêbada = <3
Uma Longa Viagem
3.6 47 Assista Agora"Uma longa viagem", mais do que o território físico, explora o interior de jovens que em meio a ditadura e revoluções políticas, encontraram sua liberdade na contracultura e nas asas das drogas químicas. O filme é uma homenagem a essa geração que precisou crescer rapidamente e adquirir um posicionamento social para conseguir sobreviver num mundo em que tortura era tida como normal.
Cashback, Bem-vindo ao Turno da Noite
3.7 523A busca do amor é um tema clichê, principalmente se ocorrida na juventude, e por o filme se tratar disso, não deixa de ser uma junção de várias trivialidades e de personagens estereotipados. Porém, mesmo que cada momento representado seja banal, surge a necessidade do personagem central de congelá-los para poder aproveitá-los ao máximo. Assim é este período da vida, em que mesmo conscientes sobre a superficialidade das situações, queremos vivê-las de forma mais intensa que podemos.
Pina
4.4 408Wim Wenders consegue neste filme o que vários teóricos tentaram fazer na década de 10/20: provar que o cinema é uma arte que se beneficia das propriedades de todas as demais, mesmo ele existindo independentemente a elas. Música, teatro, artes plásticas, dança/coreografia, poesia e até mesmo a arquitetura, juntos, compõe essa obra profunda e belíssima.
Holy Motors
3.9 651 Assista AgoraApós uma semana, ainda com o obra em mente, deparei-me com uma frase dita pelo francês Eric Rohmer que ao meu ver descreve bem a essência do filme: "ao aprender a compreender, o espectador moderno desaprendeu a ver".
Turista Espacial
4.3 236nunca um filme me provocou tantos sentimentos bons como esse.
Made in U.S.A.
3.6 30A metamorfose do Godard Nouvelle Vague para o diretor militante.
Monika e o Desejo
4.0 120 Assista AgoraAchei que esse filme fez uma metáfora do amor com as flores. Em seu início, há uma cena em que comentam que novos amores florescem na primavera. Depois vem o verão contido no título original do filme e com ele, a felicidade nascida desses novos relacionamentos. Chega o outono e aquelas flores do início se fecham e caem. No inverno não existe nenhum sinal de que aquilo existiu com a exceção dos frutos que algumas flores são capaz de dar. Fecha-se o ciclo.
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraUma aula sobre relacionamentos amorosos que só Woody Allen consegue dar.