Um começo promissor prejudicado pelas atuações fracas, e em especial um desfecho mambembe e puro clichê de tão exagerado. Pena, porque havia potencial para algo melhor e o aspecto psicológico de certos personagens podia ter sido bem aproveitado ao invés de desperdiçado / perdido.
Interessante como as coisas funcionam para o casal: ela, esposa, mãe, mulher, sente que algo está errado, que trata-se de viver sem medo. Ele, marido, pai, homem, diante das confissões de um outro oficial comunista, passa a interrogar-se e aí - após refletir - compreende que quer ser um exemplo para o seu filho. Os caminhos são distintos, a tomada de consciência é igual. A interpretação contida de Dana Andrews - a dor, o medo, o feito apesar do medo - são um grande trunfo para o filme.
Rever só melhorou este filme. Seu ritmo, trama, elenco, trilha sonora, diálogos, tudo se harmoniza. O suspense não é abrupto, a violência não é gratuita nem óbvia; é um filme de atmosfera. E que atmosfera, uau!
O filme tem elementos que agradam, mas o melhor, junto com algumas cenas bem dirigidas, é Margaret Lockwood - e o pior, provavelmente, Rex Harrison, a quem faltavam carisma, simpatia, beleza... enfim, ele atrapalha.
Excelente. A química Veronica Lake - Alan Ladd funciona bem demais. E os diálogos são o que se espera de um roteiro com a mão de Raymond Chandler, em especial quando é o casal quem está em cena. Delícia!
Gracioso e conseguindo dar sua versão própria do "casamento de conveniência", o filme, além da dupla encantadora, tem romantismo, humor, e até a poesia de Christopher Marlowe no final... " Come Live With Me / And Be My Love..." uau!
Elenco maravilhoso. Até Edward Arnold me provou que podia interpretar um homem corrompido, porém não perverso, ele que fez tanto disso dirigido por Capra. Aqui, o romance tem pouco espaço, apesar do belo casal, pois se concentra na relação tumultuada entre um pai e seu filho.
Um jovem entre a música e o boxe, e uma mulher entre a segurança e o amor. Barbara Stanwyck estupenda, capaz de nos levar às lágrimas quando menos esperamos. William Holden ainda "verde" - aprendendo...
Myrna Loy absolutamente maravilhosa nessa comédia romântica com ótimo plot. Melvyn Douglas não é ruim, mas o filme seria ainda melhor se fosse William Powell.
Tem pouco do texto original de Henry James no qual diz ser baseado, mas a história, o clima, Susan Hayward - enfim, é muita coisa memorável. Um gótico cheio de estilo.
Depois de adiar muito, assisti. O livro me fez sofrer junto com o personagem, o Philip. Aqui eu sofri também, mas Davis e Howard são, realmente, ótimos!
Um antigo xerife, um jogador profissional, um caçador de recompensas, um mexicano, um mineiro, e uma mulher imperfeita porém forte; e de como sua força pode gerar ora ressentimento - num homem fraco - ora reservada (ou nem tanto) admiração - no único homem forte entre eles. Um western psicológico dos mais interessantes.
Pode-se dizer que o filme tem três partes ou capítulos mais ou menos distintos: no 1º, um oficial americano que devido a uma tragédia desligou-se da vida e dos sentimentos humanos; no 2º, esse mesmo oficial reconectando-se aos poucos com as pessoas e consigo mesmo; e no fim, no 3º, uma espécie de 'prova de fogo' para ele.
Não falta nada: aventura, duelos, disputas, romance, belíssimas sequências marítimas (de tirar o fôlego de tão bonitas!), um herói de caráter vivido pelo assombrosamente lindo Gregory Peck, com direito a lances dramáticos e até sacrificar-se por amor - quem não faria isso por Peck? Imperdível!
Um tema que Capra gostava muito, o do indivíduo são dentro de uma sociedade / grupo doente, aqui apresentado com a sua usual atenção a detalhes, e acrescentando o elemento que se tornaria comum nos filmes seguintes: o da mulher durona conquistada por um herói meigo.
Outro que me surpreendeu. Talvez eu deva esperar mais quando se trata dessa dupla, Henry King (diretor) e Tyrone Power (ator). À parte a visão parcial de um movimento de libertação na Índia, o espectador perceberá algumas sutilezas em diálogos e em cenas que denunciam o racismo e a situação do verdadeiro pária - não o indiano, muito menos o britânico, mas a mistura dos dois: o mestiço. A construção das sequências, privilegiando os planos gerais ou de conjunto, parece transmitir a mesma contenção de seu protagonista; é curioso que só a certo momento da trama o vejamos num plano americano, quando então enxergamos melhor seu rosto - e quando tal acontece, o propósito me parece claro.
Belo filme, belas imagens, belo elenco, ótimos diálogos: como disseram aí, um filmaço.
A fotografia é belíssima, retratando de maneira espetacular as paisagens e o céu das regiões aonde se passa a ação. Violento sem exageros, mostrando dilemas morais e não fugindo das escolhas que tem de ser feitas, um detalhe não tão sutil assim (para quem prestou atenção) é ver como o filme segue bem a máxima do filósofo americano R. W. Emerson: "O que bem evidencia o caráter de um homem é a maneira com que trata as mulheres". Quem assistiu, sabe o que eu quero dizer.
Assistindo, incomodou-me o mesmo que vi tantos aqui comentarem: o excesso de didatismo psicanalítico no filme; a ponto mesmo de fazer soarem artificiais alguns diálogos, o que para mim o prejudicou. Excetuando isso, e certas licenças românticas -
acho que estou muito velha para acreditar em amor à primeira vista
- o filme tem méritos, como sequências de suspense (ou não seria um Hitchcock), algum humor, elenco de primeira, com destaque para um Gregory Peck sobrenaturalmente lindo quase chegando a doer.
Surpreendentemente bom! Fotografia em preto & branco a serviço do filme, bom elenco, cenas devidamente assustadoras sem desbancar para o grotesco, o exagero, ou o repulsivo. Não é preciso: a história é boa, com os elementos usuais - tempestade, casa enorme e antiga, personagens ambíguos - e bem conduzida; tudo funciona. Nunca tinha ouvido falar. Que alívio que ainda existam filmes excelentes por descobrir.
Muito bom. Fosse com um elenco mais conhecido, que sucesso não teria feito; um filme que depende todo do seu roteiro que fecha cada detalhe e aproveita cada personagem aparentemente supérfluo, e também da sua montagem, que é adequadamente ágil.
Assassinatos Em Rockville
1.7 13Um começo promissor prejudicado pelas atuações fracas, e em especial um desfecho mambembe e puro clichê de tão exagerado. Pena, porque havia potencial para algo melhor e o aspecto psicológico de certos personagens podia ter sido bem aproveitado ao invés de desperdiçado / perdido.
Cortina de Ferro
2.9 8Interessante como as coisas funcionam para o casal: ela, esposa, mãe, mulher, sente que algo está errado, que trata-se de viver sem medo. Ele, marido, pai, homem, diante das confissões de um outro oficial comunista, passa a interrogar-se e aí - após refletir - compreende que quer ser um exemplo para o seu filho. Os caminhos são distintos, a tomada de consciência é igual. A interpretação contida de Dana Andrews - a dor, o medo, o feito apesar do medo - são um grande trunfo para o filme.
A Sombra de uma Dúvida
4.0 194 Assista AgoraRever só melhorou este filme. Seu ritmo, trama, elenco, trilha sonora, diálogos, tudo se harmoniza. O suspense não é abrupto, a violência não é gratuita nem óbvia; é um filme de atmosfera. E que atmosfera, uau!
Gestapo
3.7 9O filme tem elementos que agradam, mas o melhor, junto com algumas cenas bem dirigidas, é Margaret Lockwood - e o pior, provavelmente, Rex Harrison, a quem faltavam carisma, simpatia, beleza... enfim, ele atrapalha.
A Dália Azul
3.4 10Excelente. A química Veronica Lake - Alan Ladd funciona bem demais. E os diálogos são o que se espera de um roteiro com a mão de Raymond Chandler, em especial quando é o casal quem está em cena. Delícia!
Pede-se um Marido
4.1 16Gracioso e conseguindo dar sua versão própria do "casamento de conveniência", o filme, além da dupla encantadora, tem romantismo, humor, e até a poesia de Christopher Marlowe no final...
" Come Live With Me / And Be My Love..." uau!
Johnny Apollo
4.3 1Elenco maravilhoso. Até Edward Arnold me provou que podia interpretar um homem corrompido, porém não perverso, ele que fez tanto disso dirigido por Capra. Aqui, o romance tem pouco espaço, apesar do belo casal, pois se concentra na relação tumultuada entre um pai e seu filho.
Conflito de Duas Almas
3.5 5Um jovem entre a música e o boxe, e uma mulher entre a segurança e o amor. Barbara Stanwyck estupenda, capaz de nos levar às lágrimas quando menos esperamos. William Holden ainda "verde" - aprendendo...
Café Metropole
3.9 1Simples, doce, levemente divertido e discretamente romântico. Sempre bom ver Loretta & Tyrone juntos.
O Marido da Solteira
3.9 1Myrna Loy absolutamente maravilhosa nessa comédia romântica com ótimo plot. Melvyn Douglas não é ruim, mas o filme seria ainda melhor se fosse William Powell.
Jovem e Inocente
3.6 48 Assista AgoraNada como rever um filme bacana, e revendo, aumentar a cotação.
Admirável Hitchcock ;)
Recordações
3.8 6Tem pouco do texto original de Henry James no qual diz ser baseado, mas a história, o clima, Susan Hayward - enfim, é muita coisa memorável. Um gótico cheio de estilo.
Escravos do Desejo
3.7 56 Assista AgoraDepois de adiar muito, assisti. O livro me fez sofrer junto com o personagem, o Philip. Aqui eu sofri também, mas Davis e Howard são, realmente, ótimos!
Mister V
5.0 1Certamente o melhor filme que vi nos últimos tempos.
Maria Antonieta
4.2 20Se alguém quiser um filme para chorar, é este.
Jardim do Pecado
3.2 15Um antigo xerife, um jogador profissional, um caçador de recompensas, um mexicano, um mineiro, e uma mulher imperfeita porém forte; e de como sua força pode gerar ora ressentimento - num homem fraco - ora reservada (ou nem tanto) admiração - no único homem forte entre eles. Um western psicológico dos mais interessantes.
Terra Ensanguentada
3.1 3Pode-se dizer que o filme tem três partes ou capítulos mais ou menos distintos: no 1º, um oficial americano que devido a uma tragédia desligou-se da vida e dos sentimentos humanos; no 2º, esse mesmo oficial reconectando-se aos poucos com as pessoas e consigo mesmo; e no fim, no 3º, uma espécie de 'prova de fogo' para ele.
O Mundo em seus Braços
3.8 11 Assista AgoraNão falta nada: aventura, duelos, disputas, romance, belíssimas sequências marítimas (de tirar o fôlego de tão bonitas!), um herói de caráter vivido pelo assombrosamente lindo Gregory Peck, com direito a lances dramáticos e até sacrificar-se por amor - quem não faria isso por Peck? Imperdível!
O Galante Mr. Deeds
4.0 68 Assista AgoraUm tema que Capra gostava muito, o do indivíduo são dentro de uma sociedade / grupo doente, aqui apresentado com a sua usual atenção a detalhes, e acrescentando o elemento que se tornaria comum nos filmes seguintes: o da mulher durona conquistada por um herói meigo.
Rebelião na Índia
3.4 5Outro que me surpreendeu. Talvez eu deva esperar mais quando se trata dessa dupla, Henry King (diretor) e Tyrone Power (ator). À parte a visão parcial de um movimento de libertação na Índia, o espectador perceberá algumas sutilezas em diálogos e em cenas que denunciam o racismo e a situação do verdadeiro pária - não o indiano, muito menos o britânico, mas a mistura dos dois: o mestiço. A construção das sequências, privilegiando os planos gerais ou de conjunto, parece transmitir a mesma contenção de seu protagonista; é curioso que só a certo momento da trama o vejamos num plano americano, quando então enxergamos melhor seu rosto - e quando tal acontece, o propósito me parece claro.
Belo filme, belas imagens, belo elenco, ótimos diálogos: como disseram aí, um filmaço.
O Parceiro do Diabo
3.5 14 Assista AgoraA fotografia é belíssima, retratando de maneira espetacular as paisagens e o céu das regiões aonde se passa a ação. Violento sem exageros, mostrando dilemas morais e não fugindo das escolhas que tem de ser feitas, um detalhe não tão sutil assim (para quem prestou atenção) é ver como o filme segue bem a máxima do filósofo americano R. W. Emerson: "O que bem evidencia o caráter de um homem é a maneira com que trata as mulheres". Quem assistiu, sabe o que eu quero dizer.
Quando Fala o Coração
4.0 161Assistindo, incomodou-me o mesmo que vi tantos aqui comentarem: o excesso de didatismo psicanalítico no filme; a ponto mesmo de fazer soarem artificiais alguns diálogos, o que para mim o prejudicou. Excetuando isso, e certas licenças românticas -
acho que estou muito velha para acreditar em amor à primeira vista
Silêncio nas Trevas
3.8 48 Assista AgoraSurpreendentemente bom! Fotografia em preto & branco a serviço do filme, bom elenco, cenas devidamente assustadoras sem desbancar para o grotesco, o exagero, ou o repulsivo. Não é preciso: a história é boa, com os elementos usuais - tempestade, casa enorme e antiga, personagens ambíguos - e bem conduzida; tudo funciona. Nunca tinha ouvido falar. Que alívio que ainda existam filmes excelentes por descobrir.
Audácia de Criminoso
3.6 11 Assista AgoraMuito bom. Fosse com um elenco mais conhecido, que sucesso não teria feito; um filme que depende todo do seu roteiro que fecha cada detalhe e aproveita cada personagem aparentemente supérfluo, e também da sua montagem, que é adequadamente ágil.