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Últimas opiniões enviadas

  • Pedro Degobbi

    Entre olhares e sorrisos

    Se tem uma coisa que admiro é quando um romance consegue transmitir mais uma sensação de realidade do que ficção. Não é que eu não goste de histórias que fujam dessa lógica mais realista, mas é que é tão bom poder acompanhar o desenvolvimento natural do amor entre as personagens em cena. No cinema antigo, sobretudo ali na primeira metade do século XX, não faltam casos de "amor à primeira vista" que sequer fazem sentido (pelo menos para os dias atuais). O personagem X encontra a personagem Y e, de repente, estão apaixonados e agendando o casamento para o dia seguinte. Esse tipo de situação dá até pra relevar, levando em consideração que muitos romances eram curtos e não tinham tempo suficiente para desenrolar a paixão com mais cautela. No caso de Um Homem, uma Mulher, assim como em Antes do Amanhecer, acho que os diretores foram muito felizes em conseguir trazer justamente essa química entre os atores. Em menos de 120 minutos, Claude Lelouch tornou possível acreditar que Jean-Louis (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Anouk Aimée) sentiam uma forte atração um pelo outro. Um sentimento que foi crescendo ao longo das três semanas que marcam do momento em que se encontraram pela primeira vez à noite em que dormiram juntos. Em Antes do Amanhecer, o espaço para Jesse (Ethan Hawke) e Céline (Julie Delpy) é ainda menor: menos de 24 horas. Mas é aí que entra a tal "realidade" nos dois filmes.

    Diferente do que aconteceria nos anos 40, Jean-Louis e Anne só vão trocar o primeiro beijo nos 20 minutos finais. Jesse e Céline também não se entregam de cara à atração puramente física que tiveram quando se conheceram no trem. Os cineastas dão tempo para que o casal se conheça e, enfim, presenteiam o público com o momento romântico que esperávamos tanto quanto suas personagens. Por coincidência, Um Homem, uma Mulher e Antes do Amanhecer fazem parte de uma trilogia separada por longos anos – muitos antes de Richard Linklater trazer de volta a dupla que lançou de vez sua carreira, Lelouch já fazia isso em 1986 com a continuação Um Homem, uma Mulher: 20 Anos Depois. Infelizmente, nem esse filme dos anos 80 e nem o encerramento da trilogia (Os Melhores Anos de uma Vida, 2019) chegam aos pés do original. Ao contrário de Linklater, Lelouch jamais conseguiu chegar perto do sucesso de Um Homem, uma Mulher.

    Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (atual Melhor Filme Internacional) e da Palma de Ouro no Festival de Cannes, Um Homem, uma Mulher é um filme construído por pequenos detalhes. O casal principal, na casa dos 35 anos, é formado por dois pais que já têm uma experiência de vida (e amorosa) relativamente longa. Porém, a troca de sorrisos genuínos e incontroláveis, a timidez, o desvio de olhar e a aquela insegurança em tocar ou não tocar a mão (ou o ombro) da amada faz com que pareça que eles são dois adolescentes descobrindo o primeiro amor. E é lindo ver isso em cena. Mais uma vez trazendo Antes do Amanhecer como referência, é difícil não lembrar da tentativa e do recuo de mãos de Jesse ao tocar os cabelos de Céline.

    À época das gravações de Um Homem, uma Mulher, Lelouch era um cineasta que sequer tinha completado 30 anos, o que contrasta, de certa forma, com a maturidade com a qual ele conduz o drama/romance. Em uma entrevista realizada nos bastidores, o cineasta diz este filme é o oposto daquilo que aconteceria de verdade em sua vida (ainda que ele desejasse), pois ele não era gentil/terno o suficiente para viver uma paixão assim tão delicada. É interessante ver esse pensamento partindo do próprio diretor, pois quando assistimos ao making of da produção, percebemos o cuidado e a dedicação de Lelouch em fazer com que tudo pareça o mais natural possível – para que mais pessoas, como ele, pudessem se identificar e sonhar com esta apaixonante história de amor. Sobre essa dose de realismo que o filme traz, o diretor nos conta que ele não regravava a mesma cena incontáveis vezes, o que permitia ações e diálogos menos mecânicos e mais dinâmicos. Quando era necessária uma segunda (ou terceira) tomada, Trintignant aponta que ela nunca era idêntica à anterior.

    Segundo Lelouch, a direção dos atores era feita pouco antes da cena ser gravada (e sem a câmera estar ligada). Ele dava uma instrução específica a Trintignant e outra um pouco diferente à Aimée de modo que um pudesse pegar o outro de surpresa. Não é à toa que em alguns momentos podemos ver um pequeno atropelamento nos diálogos (algo normal de acontecer no dia a dia). Mais do que isso, vemos que os diálogos parecem sair de duas pessoas que querem mesmo se conhecer. Sem frase de efeito. Sem um roteiro pré-programado a ser seguido. Para destacar um momento em especial, fico com a sequência do restaurante, que é de uma simplicidade pura. Os quatro (Jean-Louis, Anne, Antoine e Françoise), à mesa, parecem felizes por estarem ali ao mesmo tempo em que é uma situação nova para eles.

    Anne pede que Jean-Louis fale sobre sua profissão e é imediatamente interrompida por Antoine (o filho de Jean-Louis, de uns 5 anos), que fala sobre o que quer ser quando crescer. Esse atravessamento, vindo de uma criancinha, é crível. Logo depois, o menino pede uma Coca-Cola em espanhol a pedido do pai, que se orgulha ao contar à pretendente que seu filho sabe um pouco de inglês e espanhol. É aqui, nas entrelinhas e no sutil, que os personagens passam a se conhecer melhor. Não se trata de os adultos se conhecerem apenas. Os filhos também desempenham um papel importante para esta descoberta, pois a essa altura, no nosso imaginário, já torcemos para que os quatro virem uma família.

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    Quando Anne finalmente diz a Jean-Louis que o ama, e os dois conseguem ficar a sós num quarto, somos atingidos por um choque de realidade. Ao começar a cena (implícita) de sexo entre eles, percebemos no olhar e nas reações de Anne que algo está errado. O diretor, então, intercala a relação sexual com os momentos felizes da mulher com seu falecido marido. Fica claro nesta cena a complexidade de um sentimento que é muitas vezes banalizado nos cinemas. Ao se entregar e permitir amar de novo, Anne concretiza que seu ex-marido ainda não morreu para ela, mas ao mesmo tempo sabe que sua paixão por Jean-Louis é verdadeira, e que ela tem o direito de seguir em frente. A vida, e os nossos desejos, nem sempre são tão simples e fáceis quanto gostaríamos.

    Ao subir sozinha no trem, Anne parece estar arrependida e decepcionada com si própria por não ter dado certo (e nós também ficamos tristes, apesar de que a situação é totalmente compreensível). Entre takes dela pensativa no vagão e de Jean-Louis pensando alto em seu carro, tudo nos leva a crer que eles vão se reencontrar e tentar mais uma vez – dito e feito. O abraço dos dois na estação aquece o nosso coração e deixa em aberto para que o espectador crie um final para esse casal. Como diria Lelouch, quanto mais frio é o filme (e Um Homem, uma Mulher é rondado por neblina e chuva), mais nós queremos o calor da paixão. Mesmo tendo assistido às duas continuações, prefiro fingir que elas não existem e acreditar que Jean-Louis e Anne viveram felizes e juntos por muito tempo. Aqui, abro um pouco a mão da realidade e opto pela fantasia do final feliz de um amor eterno.

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  • Pedro Degobbi

    Consigo entender perfeitamente o motivo pelo qual alguém não gostaria do filme, mas sigo achando extremamente importante e corajoso mesmo depois de quase três anos desde a minha primeira sessão. Lembro de ter lido uma vez que "o tom ativista é ultrapassado para os dias atuais". Ultrapassado? Antes fosse. Há 50 anos o filme era lançado, criticado, atacado e restrito nas salas de cinema dos EUA por ser taxado como uma propaganda política comunista para alguns. Com pesar, Punishment Park segue atual, e não datado. Nem de longe acho que Peter Watkins "exagerou" na premissa e na execução. O cenário fictício que ele propõe está distante, à risca, da nossa realidade, o que não significa que outras formas de punição (mais severas ou mais leves) não sejam aplicadas injustamente aos rebeldes.

    No fundo, sabemos que esse pseudodocumentário não é tão falso quanto gostaríamos. Ou, pelo menos, deveríamos saber. Impossível não assistir ao filme e não lembrar do (triste) período em que estamos vivendo no Brasil. Um bando de velhos e """'cidadãos de bem"""' (cujo viés político sequer precisa ser mencionado) sentenciando jovens a penas absurdas por seus crimes contra o governo americano à medida que a verdade deles é irredutível e que seu soberano país deve estar acima de tudo e de todos. Você deve lutar na guerra pelo seu país. Você deve morrer pelo seu país. Você deve defender o seu país. A troco de quê? Não te deixam pensar. Não te deixam ter opinião própria. Se você alega ter, eles já têm respostas pré-programadas afirmando que fulaninho que te influenciou a pensar dessa forma. Você está errado, não a gente. "Meus filhos nunca seriam assim". "A educação que eu dei para eles é diferente", eles dizem.

    É realmente deprimente (gostaria até de dizer "engraçado" como eufemismo, porém só é triste mesmo) ver como o mundo não evoluiu e como o alto escalão continua batendo na tecla de que todo mundo que se opõe a eles é comunista – culpa da China soberana que faz uma lavagem cerebral na nossa juventude. Há um diálogo, entre tantos outros que eu poderia citar, que acho precioso em Punishment Park porque mostra como as notícias falsas e o sensacionalismo criam um universo completamente paralelo àqueles que só veem o próprio umbigo. O opressor diz à moça julgada que A gente constrói escolas para nossos filhos e vocês a queimam; destroem. Ela responde que isso é invenção da mídia; que eles não agem assim. É evidente que não podemos ser ingênuos e esquecer que existem extremistas em qualquer lado espectro político – dentro do filme, Watkins traz personagens que são 100% contra a violência e outros que acreditam que a única forma de se conseguir algo é apostando na mesma moeda com a qual a polícia e o governo (n)os trata(m) (a repressão, as armas); que somente dessa forma poderia existir uma revolução capaz de mudar o país. Aqui, inclusive, acho que está um dos grandes pontos positivos de Punishment Park. O diretor define claramente qual é a sua posição em relação ao que está sendo evidenciado em cena, e dentro de sua escolha, ele não tem medo de expor as múltiplas facetas dos diferentes grupos de prisioneiros que lutam por objetivos iguais ou semelhantes. O inimigo é o mesmo; o caminho, não.

    Aos que estão lendo este texto sem terem assistido ao filme: vejam sabendo que é uma história injusta. Fiquem tranquilos que não é um spoiler. Logo no início do filme você já sabe que os prisioneiros têm que percorrer mais de 80 km sob o sol escaldante do deserto durante 3 dias/2 noites, sem direito à água até metade do caminho, para chegarem à bandeira dos Estados Unidos e serem libertados. Se porventura fracassarem, ou forem pegos pelos policiais em treinamento no campo que são instruídos a atirarem sempre que se sentirem ameaçados/não forem obedecidos/sempre que quiserem porque quem manda ali são as armas e suas respectivas balas, os acusados deverão cumprir a pena estabelecida pelo juiz. Essa é a forma de reeducação do governo aos prisioneiros que optaram pelo "parque da punição" em vez de aceitarem as sentenças de 5, 7, 10, 20 anos por ameaçarem o bem-estar da nação. Sim, surpreendentemente eles te dão a chance de você fazer uma escolha em que a resposta é praticamente óbvia: correr o risco de sobreviver 3 dias em situação precária, caminhando dezenas de quilômetros por dia, ou ficar encarcerado por duas décadas sob condições igualmente precárias? Ninguém em sã consciência recusaria tentar a sorte no parque da punição. Enfim... Vá sabendo que você se sentirá impotente. Vá sabendo que é revoltante. Vá sabendo que muitas das injustiças aqui são reais.

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  • Pedro Degobbi

    Um ano e três meses (aproximadamente) separam a minha primeira investida no cinema do grego Theo Angelopoulos e o dia em que escrevo este texto. Para ser mais preciso, 23 de junho de 2020 foi quando "descobri" (entre aspas mesmo, porque já conhecia de nome os trabalhos do diretor há muito tempo) os filmes do cineasta, e minha jornada teve início, justamente, com "Paisagem na Neblina". Por ter sido o meu primeiro contato com sua filmografia, admito ter ficado maravilhado e um pouco perdido ao término da sessão. Não é que o filme seja complexo em sua estrutura narrativa, mas digamos que alguns momentos alegóricos acabaram me deixando confuso. Apenas como exemplos, vale citar (sem spoilers) as cenas das personagens imóveis quando a neve cai (com exceção das crianças); a noiva fugindo do casamento – e sendo resgatada para, então, sair dançando do local com os convidados e seu marido como forma de proporcionar um contraste com as lágrimas de Alexandros (Michalis Zeke) ao ver um animal sofrendo e morrendo – e a mão da estátua sendo resgatada da água. O que elas significam? Cabe a você interpretar.

    "Paisagem na Neblina" me marcou tanto na época que eu senti a necessidade de correr atrás de mais filmes do diretor para tentar compreendê-lo. Baixei "A Eternidade e um Dia' logo em seguida e conferi dois dias depois. Novamente, fiquei intrigado. Havia algo no cinema do Angelopoulos que me fascinava, mas me afastava. No dia 28 de novembro de 2020, num tópico do fórum MKO, escrevi o seguinte:

    "'Paisagem na Neblina' tem uma cena que me deixou completamente desolado. Quem já viu sabe de qual eu tô falando. Eu só balançava minha cabeça fazendo sinal de 'não' e pensava 'Angelopoulos [...] Você não vai fazer isso...'. Como foi o primeiro do diretor [...] eu não tinha ideia do que esperar, e acabei me surpreendendo. Gostei bastante [mesmo], mas fiquei com um amargo na boca que incomodou.

    Depois fui ver 'A Eternidade e um Dia' e a mesma coisa aconteceu. Um gostinho amargo, mas que não tirava a grandeza do filme. A partir daí comecei a perceber o estilo do diretor e pude mergulhar' melhor nos filmes."

    Esse quote significa, basicamente, que por mais que o cineasta estabelecesse uma forte conexão comigo, ao mesmo tempo eu ficava com o pé atrás sem saber aonde ele queria me levar. Por mais redundante que pareça (ou talvez nem tanto assim), os filmes do Angelopoulos são gregos até o talo. E esse era o ponto em que eu me desviava levemente de seus roteiros, porque me sentia um peixe fora d'água que estava presenciando algo aquém do meu conhecimento. Mais uma vez, trago as minhas palavras do passado para tentar exemplificar:

    "Esses cinco filmes ['Paisagem na Neblina'; 'A Eternidade e um Dia'; 'Viagem a Citera'; 'Um Olhar a Cada Dia'; 'O Vale dos Lamentos'] do Angelopoulos estão no mesmo nível de 'O Espelho', do [Andrei] Tarkovsky, em termos de complexidade na minha opinião. Não obstante, todos soam como filmes pessoais onde o diretor parece ter realizado para ele mesmo. Talvez por isso sejam tão intrigantes e belos.

    Já disse outras vezes e volto a dizer: não entendo um filme sequer do Angelopoulos. Claramente há muito simbolismo e referências à história e à cultura grega que eu tenho zero conhecimento. Mesmo assim, me perco em seus longos planos-sequência; em suas cenas de dança; cenas na chuva e nos diálogos teatrais carregados de melancolia."

    Após essa tentativa de criar um raciocínio que traduzisse a minha relação com o diretor, volto à obra-prima 'Paisagem na Neblina'. Mesmo estando mais acostumado com o estilo do cineasta grego, revisitar o filme não foi uma tarefa simples. Em meio a uma Grécia polarizada – enquanto as crianças querem sair rumo à Alemanha para encontrarem o pai, dezenas de imigrantes desejam tentar a sorte entrando no país –, o que ganha destaque são os contrastes com os quais Angelopoulos trabalha: o bom e o mau; o ingênuo e o perverso; os artistas contra a indiferença da população; o sonho das crianças contra a dura realidade da vida – e como consequência, o amadurecimento precoce dos dois, além da trágica e irreversível experiência que afeta a pequena Voula (Tania Palaiologou) para sempre. Não importa quantas vezes você tenha visto o filme, a partir do momento em que os irmãos entram naquele caminhão você vai sentir um aperto no peito – e acostume-se, pois o universo do Angelopoulos é recheado de dor, tristeza e desesperança; por motivos diferentes, é claro, mas todos eles capazes de nos arrebatar.

    Em uma entrevista concedida no ano passado, a atriz Tania Palaiologou comenta sobre como era trabalhar com Angelopoulos; sobre sua amizade desenvolvida com o ator Michelis Zekis (seu irmão mais novo no filme); sobre Voula, entre outras coisas. Na conversa, Tania explica como

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    sua personagem se apaixona por Orestis (Stratos Tzortzoglou) mesmo depois de ter sido abusada pelo caminhoneiro. Nas palavras da atriz, em tradução livre, ela diz algo como: "Voula se apaixona por Orestis como uma criança que ainda acredita em conto de fadas. Ela até mesmo está disposta a 'se entregar' a ele, que significava (para Voula) uma passagem da infância à fase adulta [...] Após o abuso, é emocionante ver como ela ainda pode confiar em alguém e se apaixonar".

    Como sabemos, Orestis não vê a pequena da mesma forma. Ele, na verdade, assume uma função paternal para Alexandros e Voula – e possivelmente a paixonite de Voula ocorre porque ela se vê como a mãe de Alexandros, já que a menina precisa cuidar do irmão a todo momento.

    Ainda usando como base a entrevista, é interessante ouvir os pensamentos de quem esteve presente durante toda a gravação. Mais interessante ainda é ver a própria Tania falando que mesmo depois de assistir ao filme umas dez vezes ela não é capaz de compreender exatamente o que estava na cabeça do Angelopoulos/o que ele queria dizer em determinados momentos. A cada revisita ela tem uma impressão diferente. Daí parte a grandiosidade e a singularidade das obras do diretor.

    Se no ano passado eu acabei dando 4/5 para Paisagem na Neblina alegando "não ter compreendido determinadas passagens", hoje asseguro que independente de qualquer coisa, o impacto que este filme me causou (e causa) é maior do que toda metáfora (ou simbolismo) que passou despercebida. Como mencionado parágrafos acima, existe algo no cinema do Angelopoulos que me fascina – e que não me distancia mais. Estou ansioso para revisitar, em especial, A Eternidade e um Dia, sem falar que agora, mais do que nunca, quero conferir os outros trabalhos dele que não vi ainda. Apesar do desconforto causado, Paisagem na Neblina virou um dos filmes da minha vida. Muito obrigado por tudo, Angelopoulos.

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