Sim, pelo segundo ano consecutivo a Palma de Ouro foi para um filme com foco em seu teor social/político ao invés do viés artístico, e não que isso seja ruim, mas, será que esse é realmente o caminho pra levantar essas bandeiras? Gostei do filme, é um crítica pesada ao neoliberalismo e expõe as falhas de um estado que deveria presar pelo bem estar e qualidade de vida da população. O diretor Ken Loach escancara a falência do sistema de saúde, a dificuldade em se encontrar emprego e principalmente a burocracia que enfrentamos no dia-a-dia em tudo que envolve o estado ou setores terceirizados. Eu não sou de esquerda e muito menos de direita, me considero no centro (não sei se isso é bom ou não) então concordei e discordei de diversas coisas no filme. Achei bem sensacionalista a saída que o diretor deu pra personagem Katie,
não apenas o emprego que ela arrumou mas também o fato de estar passando fome e não contar pra ninguém, exagero total. Além disso, discordo da inércia do Daniel quando fica desempregado e esperando o auxílio desemprego, nós aqui no Brasil sabemos muito bem nos virar nos 30 quando o desemprego bate na porta, vendemos bijuterias, nos vestimos de papai noel, vendemos trufa no trabalho, enfim, acredito que ele poderia ter confeccionado uns daqueles peixinhos de madeira e vendido na rua ao invés de ficar séssil daquele jeito em alguns momentos
. Mas, em contrapartida é um choque de realidade saber como não somos nada dentro desse sistema, não valemos nada nem para as empresas e muito menos para o estado, Daniel e Katie que o digam. Quem de nós dentro desse sistema neoliberal, conseguirá chegar ao 50/60 anos trabalhando no mesmo emprego sem ser trocado por mão de obra barata? Quem de nós conseguirá investir em outras previdências para uma velhice mais digna? Quem de nós acompanhará o desenvolvimento tecnológico e se adequar nesse sistema? Quem de nós não sucumbirá por uma doença e necessitará de algum auxílio do governo? O que o futuro nos reserva amigos?
Quase 3 horas de projeção e posso afirmar que já entra pro hall dos melhores Road Movies já produzidos. O filme é um retrato dessa nova geração e uma completa desconstrução do "American Dream" das gerações passadas. Todo elenco está em plena sintonia, todos os coadjuvantes roubaram a cena da protagonista que achei fraca e sem expressão. A diretora Andrea Arnold mostrou domínio das câmeras, alguns planos são de tirar o fôlego e outros dão um tom quase documental na obra. As canções escolhidas mesclam entre o que há de melhor no hip hop, rock, pop e country norte-americanos, e nos fazem mergulhar estrada afora com os personagens. Conforme os personagens vão viajando pelo país, diversas classes sociais vão sendo demonstradas e conseguimos ter a dimensão das imensas injustiças sociais que afetam a terra do tio Sam. Não conhecia essa diretora, e desde já farei a lição de casa e vou conferir seus outros 2 filmes e também a série Transparent que já vi ganhar muitos prêmios por aí.
Train To Busan (bisonhamente traduzido como "Invasão Zumbi")
Fui ao cinema sem saber o que esperar. Não queria nada denso pois no mesmo dia havia assistido o ótimo filme japonês "Depois da Tempestade" e acabei quebrando a cara. O ritmo do filme é FRENÉTICO, senti a mesmíssima sensação de quando assisti Mad Max, não conseguia respirar. No meio de um apocalipse zumbi, o roteirista conseguiu inserir uma série de lições de moral bem interessantes. A forma como a relação pai/filha é construída é muito boa, cada acontecimento desencadeando uma mudança de postura e pensamento em ambos. O diretor conseguiu criar um personagem tão FILHO DA PUTA com o perdão da palavra, que cada vez que ele aprontava ou se ferrava a plateia do cinema regia com palmas ou chingos, nunca havia presenciado isso no cinema.
Enfim, mais um filme Coreano pra fechar o ano com chave de Ouro. A trinca "The Handmaiden", "The Wailing" e agora "Train to Busan" eleva o cinema coreano a outro patamar em 2016. Que bela safra de diretores o país está formando heim?
Um dos melhores filmes que assisti da safra 2015 !! Um trabalho impecável da galera do design de produção, fotografia !! Que roteiro bem construído! O que é aquele diálogo com o Padre logo no início do filme? Quando termina você sente a sensação de ter sido realmente transportado para a Romênia do início do século XIX e ao retornar ao século XXI você percebe que muitas situações que ocorriam há quase 200 anos atrás ainda são práticas de algumas sociedades. Ao terminar o filme você está se perguntando, o que efetivamente mudou pra melhor no mundo? Quando abandonaremos de vez a nossa inata barbaridade humana? Aferim! vai além da sétima arte, ele é um documento histórico para ser revisto SEMPRE !!
Assistir "O Filho de Saul" no cinema, foi sem sombra de dúvidas a minha experiência mais aterrorizante no cinema. Achei que não fosse aguentar, achei que pela primeira vez eu fosse largar o filme e fugir daquele horror dos campos de concentração, A tela quadrada, a câmera colada em Saul e o fundo desfocado me sufocaram na sala do cinema. Eu só tinha olhos para o Saul, mas ouvido para os gritos, gemidos, tiros, choros, barulho de fornalha, de gás e da MORTE !! Arghhhh alguns planos sequência fizeram-me sentir como um prisioneiro do campo de concentração, foi uma das piores sensações que já senti na vida. Tenho lido muitas críticas negativas ao filme saindo no Brasil, não entendo o motivo, o tema já foi exaustivamente explorado no cinema SIM, mas nunca vi nada desta forma. E, pros que acham que falar de Holocausto já ficou cansativo eu vos digo que PRECISAMOS FALAR DE HOLOCAUSTO SIM, essa lembrança precisa sempre estar viva nas nossas memórias, pra que isso JAMAIS se repita.
Sinceramente não concordo com a aceitação e aclamação de Crash. Para mim, o roteiro do pseudo-vampiro Paul Haggis é fraco, pretencioso, superficial ao extremo e piegas. Na tentativa de manipular o espectador incertando racismo em cada segundo do filme, ele chapa o filme inteiro, isso devido ao roteiro e a sua direção à lá PTA, mas sem nunca sequer raspar o dedo do diretor e escritor americano.
Na minha humilde opinião, o tiro sai pela culatra, pois ao tentar nuançar o filme com o racismo ele chapa todas as personagens, tudo soa muito forçado, o que é uma pena.
Embora não seja usual um filme de ação conseguir muitas indicações ao Oscar, "Mad Max" não é nada usual, é estupendo. Torço, desde já, para George Miller entrar em Direção. Um senhor capaz de fazer "Happy Feet", "Babe", "O óleo de Lorenzo", trabalhos tão variados, e sempre de qualidade. É o tipo de artista que eu gosto, "artista da Renascença", gente capaz de tudo: de batizar, crismar, casar, e encomendar...Muito foda!
A equipe de maquiagem e cabelo (galera do Hoobit) faz um ótimo trabalho, trazendo na composição visual da personagem da Charlize Theron a lembrança da atriz francesa Maria Falconetti, intérprete histórica de "A Paixão de Joana d`Arc". O filme todo, se for pensar bem, bebe no cinema clássico, por exemplo, as motocicletas descendo as dunas, evocando os cavalos de "Lawrence da Arabia". É a mesma coisa. Eu dava pulos de excitação na cadeira do cinema ao catar essas referências. Lindo, lindo, lindo.
Jenny Beaven, quem diria, fugindo do quadrado inglês, entrega um excelente trabalho de figurino. É isso aí. De "Retorno a Howard Ends" para "Mad Max". Isso é desafio na carreira. Ela já deve ter umas dez indicações, com apenas 1 consagração, então seria muito legal vê-la indicada por algo tão diferente do que normalmente ela faz.
John Seale, laureado por "O Paciente Inglês", merece ficar entre os 5 indicados em Fotografia, para provar de vez que luz do deserto é com ele mesmo. Aquela cena à noite, com aquele azul meia-noite dentro do carro, mergulhando a Charlize e o Hardy em tristeza, mas o povo do banco de trás do caminhão sendo iluminado por um lampião, é fantástica. Trilha sonora supermarcante, muito bem feita, muito especial...Fora aquele trabalho insano de Design de Produção, aquelas estruturas flexíveis atacando os caminhões, UALLL, maravilhoso. É da mesma galera de "Matrix", "Nárnia", "Hotel Ruanda", entre outros, profissionais que nunca foram indicados, e que sempre mereceram. Indicaria ainda o filme obviamente em Som e Edição de som. Montagem excelente, que, apesar de rápida, permite que o espectador entenda o que está acontecendo, nunca ficando apartado da cena, nunca ficando sem saber onde os personagens estão, o que eles estão fazendo, contra quem estão lutando, etc.
Quanto a Charlize Theron...Certamente um dos 3 rostos mais bonitos da história do cinema. Sorte nossa que não é só isso, tem muito talento e entrega. Se 2016 for fraco como foi 2015, por que não ser indicada a Melhor Atriz?
Como podem perceber, eu amei o filme. Na minha tabela de gosto, ele tem tudo para ser a película de ação com mais indicações ao Oscar na história. E torço para que aconteça.
Que filme belíssimo, seria uma enorme injustiça dizer que Selma foi indicado a melhor filme apenas por abordar a temática do racismo. A direção de Ava DuVernay é brilhante ao fugir do sentimentalismo barato, e também utilizar enquadramentos maravilhosos nos discursos de Luther King, você se sente ali, vivendo o momento com aquele povo que luta por direitos iguais. A fotografia do filme merecia um indicação ao Oscar, sombreada em quase todos os momentos, ressaltava a tensão deste período na história norte-americana. A atuação de David Oyelowo é COLOSSAL, de uma força sobrenatural, cada discurso que ele proferia fazia-me contorcer na cadeira do cinema, tamanha vontade de estar ali vivendo aquele momento. Diferentemente de filmes como "A Teoria de Tudo" em que o protagonista era retratado como um santo, como alguém destemido e sem medos, aqui vemos um Luther King humano, inseguro em vários momentos mas ciente da força que precisa ter para conduzir esta luta por direitos iguais. Talvez seja exatamente isso o que os brancos sentiram ao buscar formas de ajudar o movimento negro, fato que é elucidado em algumas cenas de arrepiar. O filme não recorre a um salvador branco, que sente dó, e vira o messias, ao contrário disso, a força está no movimento negro, só eles podem ser seus salvadores como sempre foi. Quando o filme termina e ouvimos a canção "Glory" existe um misto de revolta, de emoção, de tristeza e também de alegria por saber que o ser humano tem essa força, esse poder de lutar por seus direitos. Selma é realmente um grito de igualdade, de liberdade, e ver no filme todos os biotipos humanos unidos por nossos irmãos com mais melanina na pele, me fez acreditar que por mais que estejamos vivendo em uma sociedade em que Bolsonaros e Danilos Gentilis são considerados mitos da verdade e do humor inteligente, sempre irão existir os que lutarão para que minorias possam sonhar com um pouco mais de igualdade.
E por favar né AMPAS: O filme merecia no mínimo indicação a Melhor Ator e Fotografia.
"Nossas vidas não são plenamente vividas se não estamos dispostos a morrer por aqueles que amamos e por aquilo que acreditamos."
Com certeza absoluta, esse foi o filme que mais esperei no ano de 2014, e como todos já sabem: nunca devemos criar expectativas sobre filmes, pois as chances de se decepcionar aumentam, e foi justamente o que aconteceu aqui quando assisti a sessão de estréia 2 semanas atrás, por isso só me atrevi a falar sobre “Interstellar” após uma segunda conferida, já sabendo o que me aguardava e aí sim o filme funcionou melhor, porém ainda falhando em pontos cruciais que detalharei abaixo. COM SPOILERS !!!
- Mais uma vez Nolan se faz didático demais, faz questão de explicar TUDO, chegamos ao ponto de ver um Astronauta explicando a outro o que é um buraco de minhoca sendo que obviamente os dois tinham que saber sobre aquilo. O roteiro peca ao explicar cada conceito abordado não nos estimulando a refletir.
- Nunca foi o forte dos filmes do Nolan falar sobre o amor, e aqui ele tentou criar esse elo, porém fracassou na missão. A relação entre Cooper e a filha Murph rende boas cenas, porém alguns diálogos beiram ao ridículo como na cena em que Cooper e Dra Brand começam a relacionar conceitos físicos com o amor em um filme que se propõem a abordar de maneira séria conceitos sobre o tempo, singularidade e gravidade.
- A parte técnica não me agradou como a maioria das pessoas e explico porque: Os planetas em que os astronautas desembarcaram eram muito bem feitos, mas, um planeta de água e outro de gelo? Sério? Nada que já não tenhamos visto outras vezes no cinema. Não gostei da forma como Nolan “filmava” o espaço, os enquadramentos da câmera prejudicavam e MUITO a visão de INFINITUDE do Universo. Ponto positivo para o buraco negro que foi um dos melhores momentos do filme. A parte sonora é desastrosa, vejo críticos nacionais dizendo que “o Oscar de SOM já está garantido”, será que essa galera não percebia que em certos momentos os efeitos sonoros impediam que escutássemos as falas dos personagens? Nós aqui no Brasil tivemos foi sorte de ver o filme com as legendas, nos EUA o filme virou piada entre os cinéfilos que diziam precisar de legenda pra assistir um filme em inglês devido a péssima mixagem de som.
- Hans Zimmer nos entrega uma das suas trilhas mais melancólicas e achei um dos pontos altos do filme, em certos momentos só precisávamos ouvir as notas de sua trilha pra compreender as cenas.
- Achei sensacional todas as cenas envolvendo o Dr. Mann, o sentimento de vazio, abandono e loucura em meio a solidão do Universo estavam todos ali naquele personagem.
- Matthew McConaughey dando show de interpretação e carregando sozinho a carga dramática do filme, confesso que me arrepiei na cena em que ele via os vídeos com as mensagens recebidas do filho aqui na Terra.
- E o calcanhar de Aquiles de “Interstellar” é justamente o seu ato final, em que Nolan nos INUNDA nos 30 minutos finais, com um mar de informações complexas sobre pentadimensões, singularidade no tempo e gravidade, e após embaralhar o seu quebra-cabeça na reta final, ele faz questão de remontar tudo, pra não deixar nenhuma ponta solta, como já é habitual em seus filmes.
Sendo assim, “Interstellar” não é de MANEIRA alguma o filme definitivo sobre o Universo, inclusive está aquém dos filmes a que foi comparado como “2001 – Uma Odisséia no Espaço” por exemplo. Talvez o maior mérito do filme seja o fato dele diferentemente da obra de Kubrick (e isso não é de maneira alguma uma crítica ao diretor), não deixar perguntas sem respostas, tudo aqui é milimetricamente explicado e você só precisa se deixar levar pela obra e curtir os bons momentos que ela tem a oferecer, o que no fim das contas vale o ingresso e a experiência de ter conferido uma obra infinitamente superior aos enlatados que a indústria nos faz engolir nas salas de cinema.
Filmado ao longo de 12 anos (2002 a 2013), Boyhood é uma experiência audiovisual de Richard Linklater (Antes do Amanhecer, Antes do Pôr-do-Sol e Antes da Meia-noite). O diretor acompanha o passar desses quase 12 anos sob o ponto de vista de um garoto chamado Mason, assistimos os eventos da vida deste desde a infância até a idade adulta, acompanhando seus dramas familiares, angústias, primeiro amor, rompimentos e reconciliações ao longo do trajeto. Em suma, é um road movie em que o tempo descreve a trajetória da vida, sempre caminhando, sempre se modificando e fazendo-nos compreender que somos resultados de fragmentos de momentos bons e ruins o que torna nossa jornada (sim nossa, porque todos passamos por isto) fascinante.
Além do personagem principal, também acompanhamos as mudanças pessoais de sua irmã, a evolução pessoal do seu pai de um adulto inconsequente à um homem maduro e pai de família (notem as rugas no rosto pai que vão aparecendo a cada ano avançado e a forma como a transformação física da o tom de sua transformação pessoal).
Todo destaque para a atriz Patricia Arquette que interpreta a mãe de Mason, e nos faz REFLETIR muito sobre o papel da maternidade, desde a criação, educação, modulagem do caráter e por fim o momento de se desprender da cria, desfazer o ninho e deixar o caminho livre para o filho construir então, sua própria história.
Cenas de encher os olhos de brilho, de lágrimas de tristeza, de alegria e de esperança em saber que cada um de nós tem uma história como essas pra relembrar e reviver enquanto as quase 3 horas de filme se desenrola.
Pow Filmow, tem que mudar essa sinopse do filme né?
Foxcatcher conferido na Mostra de SP !!
Bennett Miller consegue me prender do início ao fim !! Roteiro bem construído, atuações impecáveis, fotografia cria pouco à pouco o clima do filme, trilha sonora pontual e certeira !! Enfim, FILMAÇO !!!!
Acho que já tem indicações certeiras em:
Melhor Filme Direção (a briga por essa categoria será pesada) Ator (Steve Carell está irreconhecível, você sente todo personagem só pelo olhar dele)
ADORO quando um filme me surpreende, e este daqui me pegou de jeito !!
Sem sombra de dúvidas, já é na minha opinião o MELHOR filme produzido pela Marvel junto com X-Men Primeira Classe.
Quase tudo funciona à beira da perfeição: Efeitos na medida certa, direção de arte e cenários de encher os olhos, existe uma construção interessante de cada um dos personagens e a forma como eles vão se conectando faz com que você se apegue à todos eles. O roteiro nos presenteia com um monte de tiradas engraçadíssimas que só quem viveu na década de 80 e 90 irá sacar e literalmente rolar de rir na cadeira do cinema, as músicas escolhidas à dedo também dão um tom nostálgico e oitentista pra história dos Guardiões.
Tirando pequenas (quase imperceptíveis) falhas no roteiro, creio que finalmente a Marvel produziu aquele filme que resistirá ao tempo sem o compromisso de ser sério e divertirá muitas gerações assim como De Volta Para o Futuro, Indiana Jones, Robocop e tantos outros fazem até hoje.
"Cante uma canção que te marcou e me diga por que ela é importante". Mestre Coutinho com uma ideia tão simples produziu este documentário tão simples, genial e extremamente emocionante. Cada uma das histórias contidas aqui fazem parte do nosso cotidiano, da nossa trajetória de vida, um retrato simples e singelo do nosso povo.
"É de você que vem a minha inspiração. Você é corpo e alma em forma de canção. Você é muito mais do que, em sonhos, eu já vi. Você é dó, é ré mi fá, é sol lá si.''
"Tem os olhos cheios de esperança, de uma cor que ninguém mais possui; me traz meus passados e a lembrança, coisas que eu quis ser e não fui..."
"Olha! você tem todas as coisas que um dia eu sonhei pra mim..." e essa é a minha música"
"Eu perdi três mães num ano só."
"Eu queria saber como é que alguém que gosta de alguma coisa faz para lembrar dela sem gostar de música."
"As vezes eu boto no meu orkut: saudades de vc Luiz"
"Eu não sou o grande amor da vida dele mas ele é o grande amor da minha vida"
Fugir de Hollywood nos proporciona além de roteiros fascinantes, conhecer novos lugares do que os que boa parte do cinema norte americano nos impõem.
A película francesa "Lulu, Nua e Crua" nos mostra que após uma entrevista de emprego que não é boa, Lulu decide não voltar para casa e parte deixando o marido e seus três filhos. Ela não premedita nada. Ela se concede alguns dias de liberdade sem outro projeto além de aproveitar plenamente. No caminho, ela cruza pessoas que também estão na beirada do mundo. Três encontros decisivos vão ajudar Lulu a reencontrar uma antiga conhecida que ela perdeu de vista: ela mesma.
A fotografia deslumbrante nos faz viajar por cidades pequenas e lindas da França !!!
Sim, é possível fazer um blockbuster com muitos efeitos especiais e um roteiro interessantíssimo repleto de reflexões, “Planeta dos Macacos – O confronto” é uma verdadeira aula de como a tal da "racionalidade" inata do ser humano pode mudar a história de uma espécie. O filme questiona, e muito, nossos julgamentos como espécie de que "apenas" o ser humano é o vilão da história, e abre uma clareira gigantesca pra um debate muito mais complexo sobre o que é “ser humano” no sentido literal da palavra. Só não dou DEZ porque achei que o Matt Reeves junto com o roteirista poderiam ter explorado muito mais a forma como a Terra e as sociedades chegaram naquela situação caótica, foi mal construído e ganchos pra isso não faltaram ao longo da história. Pra quem não conhece a série original da década de 60, recomendo fortemente que assistam e se surpreendam com uma história fascinante repleta de surpresas e reviravoltas.
PS: Deletem a porcaria que o Tim Burton fez em 2001, porque isso sim é PLANETA DOS MACACOS !!!!
O filme mais necessário em muitos anos!! Desde a concepção do roteiro até as atuações magníficas !! Chorei copiosamente em muitos momentos !! Oscar nele por favor !!!!!
Tudo em "Philomena" me cativou, desde o roteiro nada previsível e de uma sensibilidade ímpar, trilha sonora na medida certa, e uma Judi Dench FENOMENAL, poucas atrizes tem a capacidade de falar com o olhar como ela. FAVORITADO !!
E começa a corrida para o Oscar 2014 !! Após 6 anos sem lançar nenhum filme, Alfonso Cuarón nos presenteia com essa obra prima. Nunca a humanidade foi mostrada em posição de fragilidade tão gritante quanto nesta produção. Tendo a Terra sempre no horizonte, Cuarón mostra nossa inabilidade em se adaptar fora de nosso mundo. Sandra Bullock encarna o desespero de sua personagem com perfeição. Lançada à deriva, rodopia sem controle do corpo e sem ter ao que agarrar-se. Com ela, rodopia o espectador, que auxiliado pelo efeito 3D caprichado, sente a distância que está da Terra, uma personagem coadjuvante presente em quase 100% das imagens. Por mais que a situação seja desastrosa, a câmera se aproveita do silêncio do espaço para vagarosamente adentrar o capacete da astronauta e mostrar sua visão. Uma jornada cansativa pela sua salvação se inicia. Vivendo com um trauma adquirido anos atrás no planeta, a Dra. Ryan terá que lutar pela própria vida contra a imensidão do Universo. Bullock, com toda certeza será figura carimbada nas principais premiações da temporada, seja como indicada ou vencedora.
Gravidade é um filme curto, apenas uma hora e meia de duração, porém nesse período o espectador irá lidar com as mais variadas emoções que o ser humano pode sentir, e de forma bastante intensa. Além disso, o filme é recheado de metáforas que não posso lhes contar para não estragar a surpresa. Vale ressaltar o papel do nosso Planeta Terra, ali como coadjuvante da película, belo, imponente e distante.
Altamente recomendando para os amigos quem apreciam o cinema na sua melhor forma.
Assisti mais uma vez após 2 assistidas no cinema e ainda morro de rir e admiro o jeito Babou de viver a vida. O roteiro simples é a chave de tudo. Um tapa na cra pra quem leva essa vida a serio demais. Viva Babou !!!!!!!
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista AgoraSim, pelo segundo ano consecutivo a Palma de Ouro foi para um filme com foco em seu teor social/político ao invés do viés artístico, e não que isso seja ruim, mas, será que esse é realmente o caminho pra levantar essas bandeiras? Gostei do filme, é um crítica pesada ao neoliberalismo e expõe as falhas de um estado que deveria presar pelo bem estar e qualidade de vida da população. O diretor Ken Loach escancara a falência do sistema de saúde, a dificuldade em se encontrar emprego e principalmente a burocracia que enfrentamos no dia-a-dia em tudo que envolve o estado ou setores terceirizados. Eu não sou de esquerda e muito menos de direita, me considero no centro (não sei se isso é bom ou não) então concordei e discordei de diversas coisas no filme. Achei bem sensacionalista a saída que o diretor deu pra personagem Katie,
não apenas o emprego que ela arrumou mas também o fato de estar passando fome e não contar pra ninguém, exagero total. Além disso, discordo da inércia do Daniel quando fica desempregado e esperando o auxílio desemprego, nós aqui no Brasil sabemos muito bem nos virar nos 30 quando o desemprego bate na porta, vendemos bijuterias, nos vestimos de papai noel, vendemos trufa no trabalho, enfim, acredito que ele poderia ter confeccionado uns daqueles peixinhos de madeira e vendido na rua ao invés de ficar séssil daquele jeito em alguns momentos
Nota: 7/10
Docinho da América
3.5 215 Assista AgoraAmerican Honey (Docinho da América)
Quase 3 horas de projeção e posso afirmar que já entra pro hall dos melhores Road Movies já produzidos. O filme é um retrato dessa nova geração e uma completa desconstrução do "American Dream" das gerações passadas. Todo elenco está em plena sintonia, todos os coadjuvantes roubaram a cena da protagonista que achei fraca e sem expressão. A diretora Andrea Arnold mostrou domínio das câmeras, alguns planos são de tirar o fôlego e outros dão um tom quase documental na obra. As canções escolhidas mesclam entre o que há de melhor no hip hop, rock, pop e country norte-americanos, e nos fazem mergulhar estrada afora com os personagens. Conforme os personagens vão viajando pelo país, diversas classes sociais vão sendo demonstradas e conseguimos ter a dimensão das imensas injustiças sociais que afetam a terra do tio Sam. Não conhecia essa diretora, e desde já farei a lição de casa e vou conferir seus outros 2 filmes e também a série Transparent que já vi ganhar muitos prêmios por aí.
Nota: 9/10
Os Olhos de Minha Mãe
3.6 180 Assista AgoraESTOU EM CHOQUE !!!
Invasão Zumbi
4.0 2,1K Assista AgoraTrain To Busan (bisonhamente traduzido como "Invasão Zumbi")
Fui ao cinema sem saber o que esperar. Não queria nada denso pois no mesmo dia havia assistido o ótimo filme japonês "Depois da Tempestade" e acabei quebrando a cara. O ritmo do filme é FRENÉTICO, senti a mesmíssima sensação de quando assisti Mad Max, não conseguia respirar. No meio de um apocalipse zumbi, o roteirista conseguiu inserir uma série de lições de moral bem interessantes. A forma como a relação pai/filha é construída é muito boa, cada acontecimento desencadeando uma mudança de postura e pensamento em ambos. O diretor conseguiu criar um personagem tão FILHO DA PUTA com o perdão da palavra, que cada vez que ele aprontava ou se ferrava a plateia do cinema regia com palmas ou chingos, nunca havia presenciado isso no cinema.
Enfim, mais um filme Coreano pra fechar o ano com chave de Ouro. A trinca "The Handmaiden", "The Wailing" e agora "Train to Busan" eleva o cinema coreano a outro patamar em 2016. Que bela safra de diretores o país está formando heim?
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraEssa crítica aqui expressa tudo que penso sobre o filme:
https://www.youtube.com/watch?v=M14Y9rjbuL0
Aferim!
3.7 13Um dos melhores filmes que assisti da safra 2015 !! Um trabalho impecável da galera do design de produção, fotografia !! Que roteiro bem construído! O que é aquele diálogo com o Padre logo no início do filme?
Quando termina você sente a sensação de ter sido realmente transportado para a Romênia do início do século XIX e ao retornar ao século XXI você percebe que muitas situações que ocorriam há quase 200 anos atrás ainda são práticas de algumas sociedades. Ao terminar o filme você está se perguntando, o que efetivamente mudou pra melhor no mundo? Quando abandonaremos de vez a nossa inata barbaridade humana? Aferim! vai além da sétima arte, ele é um documento histórico para ser revisto SEMPRE !!
O Filho de Saul
3.7 254 Assista AgoraO Filho de Saul
Assistir "O Filho de Saul" no cinema, foi sem sombra de dúvidas a minha experiência mais aterrorizante no cinema. Achei que não fosse aguentar, achei que pela primeira vez eu fosse largar o filme e fugir daquele horror dos campos de concentração, A tela quadrada, a câmera colada em Saul e o fundo desfocado me sufocaram na sala do cinema. Eu só tinha olhos para o Saul, mas ouvido para os gritos, gemidos, tiros, choros, barulho de fornalha, de gás e da MORTE !! Arghhhh alguns planos sequência fizeram-me sentir como um prisioneiro do campo de concentração, foi uma das piores sensações que já senti na vida. Tenho lido muitas críticas negativas ao filme saindo no Brasil, não entendo o motivo, o tema já foi exaustivamente explorado no cinema SIM, mas nunca vi nada desta forma. E, pros que acham que falar de Holocausto já ficou cansativo eu vos digo que PRECISAMOS FALAR DE HOLOCAUSTO SIM, essa lembrança precisa sempre estar viva nas nossas memórias, pra que isso JAMAIS se repita.
Crash: No Limite
3.9 1,2KSinceramente não concordo com a aceitação e aclamação de Crash. Para mim, o roteiro do pseudo-vampiro Paul Haggis é fraco, pretencioso, superficial ao extremo e piegas. Na tentativa de manipular o espectador incertando racismo em cada segundo do filme, ele chapa o filme inteiro, isso devido ao roteiro e a sua direção à lá PTA, mas sem nunca sequer raspar o dedo do diretor e escritor americano.
Na minha humilde opinião, o tiro sai pela culatra, pois ao tentar nuançar o filme com o racismo ele chapa todas as personagens, tudo soa muito forçado, o que é uma pena.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraEmbora não seja usual um filme de ação conseguir muitas indicações ao Oscar, "Mad Max" não é nada usual, é estupendo. Torço, desde já, para George Miller entrar em Direção. Um senhor capaz de fazer "Happy Feet", "Babe", "O óleo de Lorenzo", trabalhos tão variados, e sempre de qualidade. É o tipo de artista que eu gosto, "artista da Renascença", gente capaz de tudo: de batizar, crismar, casar, e encomendar...Muito foda!
A equipe de maquiagem e cabelo (galera do Hoobit) faz um ótimo trabalho, trazendo na composição visual da personagem da Charlize Theron a lembrança da atriz francesa Maria Falconetti, intérprete histórica de "A Paixão de Joana d`Arc". O filme todo, se for pensar bem, bebe no cinema clássico, por exemplo, as motocicletas descendo as dunas, evocando os cavalos de "Lawrence da Arabia". É a mesma coisa. Eu dava pulos de excitação na cadeira do cinema ao catar essas referências. Lindo, lindo, lindo.
Jenny Beaven, quem diria, fugindo do quadrado inglês, entrega um excelente trabalho de figurino. É isso aí. De "Retorno a Howard Ends" para "Mad Max". Isso é desafio na carreira. Ela já deve ter umas dez indicações, com apenas 1 consagração, então seria muito legal vê-la indicada por algo tão diferente do que normalmente ela faz.
John Seale, laureado por "O Paciente Inglês", merece ficar entre os 5 indicados em Fotografia, para provar de vez que luz do deserto é com ele mesmo. Aquela cena à noite, com aquele azul meia-noite dentro do carro, mergulhando a Charlize e o Hardy em tristeza, mas o povo do banco de trás do caminhão sendo iluminado por um lampião, é fantástica. Trilha sonora supermarcante, muito bem feita, muito especial...Fora aquele trabalho insano de Design de Produção, aquelas estruturas flexíveis atacando os caminhões, UALLL, maravilhoso. É da mesma galera de "Matrix", "Nárnia", "Hotel Ruanda", entre outros, profissionais que nunca foram indicados, e que sempre mereceram. Indicaria ainda o filme obviamente em Som e Edição de som. Montagem excelente, que, apesar de rápida, permite que o espectador entenda o que está acontecendo, nunca ficando apartado da cena, nunca ficando sem saber onde os personagens estão, o que eles estão fazendo, contra quem estão lutando, etc.
Quanto a Charlize Theron...Certamente um dos 3 rostos mais bonitos da história do cinema. Sorte nossa que não é só isso, tem muito talento e entrega. Se 2016 for fraco como foi 2015, por que não ser indicada a Melhor Atriz?
Como podem perceber, eu amei o filme. Na minha tabela de gosto, ele tem tudo para ser a película de ação com mais indicações ao Oscar na história. E torço para que aconteça.
FAVORITADO !!!
O Segredo de Brokeback Mountain
3.9 2,2K Assista AgoraVencedor moral do Oscar 2006.
Selma: Uma Luta Pela Igualdade
4.2 793Que filme belíssimo, seria uma enorme injustiça dizer que Selma foi indicado a melhor filme apenas por abordar a temática do racismo. A direção de Ava DuVernay é brilhante ao fugir do sentimentalismo barato, e também utilizar enquadramentos maravilhosos nos discursos de Luther King, você se sente ali, vivendo o momento com aquele povo que luta por direitos iguais. A fotografia do filme merecia um indicação ao Oscar, sombreada em quase todos os momentos, ressaltava a tensão deste período na história norte-americana. A atuação de David Oyelowo é COLOSSAL, de uma força sobrenatural, cada discurso que ele proferia fazia-me contorcer na cadeira do cinema, tamanha vontade de estar ali vivendo aquele momento. Diferentemente de filmes como "A Teoria de Tudo" em que o protagonista era retratado como um santo, como alguém destemido e sem medos, aqui vemos um Luther King humano, inseguro em vários momentos mas ciente da força que precisa ter para conduzir esta luta por direitos iguais. Talvez seja exatamente isso o que os brancos sentiram ao buscar formas de ajudar o movimento negro, fato que é elucidado em algumas cenas de arrepiar. O filme não recorre a um salvador branco, que sente dó, e vira o messias, ao contrário disso, a força está no movimento negro, só eles podem ser seus salvadores como sempre foi. Quando o filme termina e ouvimos a canção "Glory" existe um misto de revolta, de emoção, de tristeza e também de alegria por saber que o ser humano tem essa força, esse poder de lutar por seus direitos.
Selma é realmente um grito de igualdade, de liberdade, e ver no filme todos os biotipos humanos unidos por nossos irmãos com mais melanina na pele, me fez acreditar que por mais que estejamos vivendo em uma sociedade em que Bolsonaros e Danilos Gentilis são considerados mitos da verdade e do humor inteligente, sempre irão existir os que lutarão para que minorias possam sonhar com um pouco mais de igualdade.
E por favar né AMPAS: O filme merecia no mínimo indicação a Melhor Ator e Fotografia.
"Nossas vidas não são plenamente vividas se não estamos dispostos a morrer por aqueles que amamos e por aquilo que acreditamos."
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraInterstellar
Com certeza absoluta, esse foi o filme que mais esperei no ano de 2014, e como todos já sabem: nunca devemos criar expectativas sobre filmes, pois as chances de se decepcionar aumentam, e foi justamente o que aconteceu aqui quando assisti a sessão de estréia 2 semanas atrás, por isso só me atrevi a falar sobre “Interstellar” após uma segunda conferida, já sabendo o que me aguardava e aí sim o filme funcionou melhor, porém ainda falhando em pontos cruciais que detalharei abaixo. COM SPOILERS !!!
- Mais uma vez Nolan se faz didático demais, faz questão de explicar TUDO, chegamos ao ponto de ver um Astronauta explicando a outro o que é um buraco de minhoca sendo que obviamente os dois tinham que saber sobre aquilo. O roteiro peca ao explicar cada conceito abordado não nos estimulando a refletir.
- Nunca foi o forte dos filmes do Nolan falar sobre o amor, e aqui ele tentou criar esse elo, porém fracassou na missão. A relação entre Cooper e a filha Murph rende boas cenas, porém alguns diálogos beiram ao ridículo como na cena em que Cooper e Dra Brand começam a relacionar conceitos físicos com o amor em um filme que se propõem a abordar de maneira séria conceitos sobre o tempo, singularidade e gravidade.
- A parte técnica não me agradou como a maioria das pessoas e explico porque: Os planetas em que os astronautas desembarcaram eram muito bem feitos, mas, um planeta de água e outro de gelo? Sério? Nada que já não tenhamos visto outras vezes no cinema. Não gostei da forma como Nolan “filmava” o espaço, os enquadramentos da câmera prejudicavam e MUITO a visão de INFINITUDE do Universo. Ponto positivo para o buraco negro que foi um dos melhores momentos do filme. A parte sonora é desastrosa, vejo críticos nacionais dizendo que “o Oscar de SOM já está garantido”, será que essa galera não percebia que em certos momentos os efeitos sonoros impediam que escutássemos as falas dos personagens? Nós aqui no Brasil tivemos foi sorte de ver o filme com as legendas, nos EUA o filme virou piada entre os cinéfilos que diziam precisar de legenda pra assistir um filme em inglês devido a péssima mixagem de som.
- Hans Zimmer nos entrega uma das suas trilhas mais melancólicas e achei um dos pontos altos do filme, em certos momentos só precisávamos ouvir as notas de sua trilha pra compreender as cenas.
- Achei sensacional todas as cenas envolvendo o Dr. Mann, o sentimento de vazio, abandono e loucura em meio a solidão do Universo estavam todos ali naquele personagem.
- Matthew McConaughey dando show de interpretação e carregando sozinho a carga dramática do filme, confesso que me arrepiei na cena em que ele via os vídeos com as mensagens recebidas do filho aqui na Terra.
- E o calcanhar de Aquiles de “Interstellar” é justamente o seu ato final, em que Nolan nos INUNDA nos 30 minutos finais, com um mar de informações complexas sobre pentadimensões, singularidade no tempo e gravidade, e após embaralhar o seu quebra-cabeça na reta final, ele faz questão de remontar tudo, pra não deixar nenhuma ponta solta, como já é habitual em seus filmes.
Sendo assim, “Interstellar” não é de MANEIRA alguma o filme definitivo sobre o Universo, inclusive está aquém dos filmes a que foi comparado como “2001 – Uma Odisséia no Espaço” por exemplo. Talvez o maior mérito do filme seja o fato dele diferentemente da obra de Kubrick (e isso não é de maneira alguma uma crítica ao diretor), não deixar perguntas sem respostas, tudo aqui é milimetricamente explicado e você só precisa se deixar levar pela obra e curtir os bons momentos que ela tem a oferecer, o que no fim das contas vale o ingresso e a experiência de ter conferido uma obra infinitamente superior aos enlatados que a indústria nos faz engolir nas salas de cinema.
Classifiquei Interstellar no Filmow – 4/5
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraSem sombra de dúvidas, uma OBRA-PRIMA ÍMPAR !!!
Filmado ao longo de 12 anos (2002 a 2013), Boyhood é uma experiência audiovisual de Richard Linklater (Antes do Amanhecer, Antes do Pôr-do-Sol e Antes da Meia-noite). O diretor acompanha o passar desses quase 12 anos sob o ponto de vista de um garoto chamado Mason, assistimos os eventos da vida deste desde a infância até a idade adulta, acompanhando seus dramas familiares, angústias, primeiro amor, rompimentos e reconciliações ao longo do trajeto. Em suma, é um road movie em que o tempo descreve a trajetória da vida, sempre caminhando, sempre se modificando e fazendo-nos compreender que somos resultados de fragmentos de momentos bons e ruins o que torna nossa jornada (sim nossa, porque todos passamos por isto) fascinante.
Além do personagem principal, também acompanhamos as mudanças pessoais de sua irmã, a evolução pessoal do seu pai de um adulto inconsequente à um homem maduro e pai de família (notem as rugas no rosto pai que vão aparecendo a cada ano avançado e a forma como a transformação física da o tom de sua transformação pessoal).
Todo destaque para a atriz Patricia Arquette que interpreta a mãe de Mason, e nos faz REFLETIR muito sobre o papel da maternidade, desde a criação, educação, modulagem do caráter e por fim o momento de se desprender da cria, desfazer o ninho e deixar o caminho livre para o filho construir então, sua própria história.
Cenas de encher os olhos de brilho, de lágrimas de tristeza, de alegria e de esperança em saber que cada um de nós tem uma história como essas pra relembrar e reviver enquanto as quase 3 horas de filme se desenrola.
Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo
3.3 808 Assista AgoraPow Filmow, tem que mudar essa sinopse do filme né?
Foxcatcher conferido na Mostra de SP !!
Bennett Miller consegue me prender do início ao fim !! Roteiro bem construído, atuações impecáveis, fotografia cria pouco à pouco o clima do filme, trilha sonora pontual e certeira !! Enfim, FILMAÇO !!!!
Acho que já tem indicações certeiras em:
Melhor Filme
Direção (a briga por essa categoria será pesada)
Ator (Steve Carell está irreconhecível, você sente todo personagem só pelo olhar dele)
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraADORO quando um filme me surpreende, e este daqui me pegou de jeito !!
Sem sombra de dúvidas, já é na minha opinião o MELHOR filme produzido pela Marvel junto com X-Men Primeira Classe.
Quase tudo funciona à beira da perfeição: Efeitos na medida certa, direção de arte e cenários de encher os olhos, existe uma construção interessante de cada um dos personagens e a forma como eles vão se conectando faz com que você se apegue à todos eles. O roteiro nos presenteia com um monte de tiradas engraçadíssimas que só quem viveu na década de 80 e 90 irá sacar e literalmente rolar de rir na cadeira do cinema, as músicas escolhidas à dedo também dão um tom nostálgico e oitentista pra história dos Guardiões.
Tirando pequenas (quase imperceptíveis) falhas no roteiro, creio que finalmente a Marvel produziu aquele filme que resistirá ao tempo sem o compromisso de ser sério e divertirá muitas gerações assim como De Volta Para o Futuro, Indiana Jones, Robocop e tantos outros fazem até hoje.
As Canções
4.2 162"Cante uma canção que te marcou e me diga por que ela é importante". Mestre Coutinho com uma ideia tão simples produziu este documentário tão simples, genial e extremamente emocionante. Cada uma das histórias contidas aqui fazem parte do nosso cotidiano, da nossa trajetória de vida, um retrato simples e singelo do nosso povo.
"É de você que vem a minha inspiração. Você é corpo e alma em forma de canção.
Você é muito mais do que, em sonhos, eu já vi. Você é dó, é ré mi fá, é sol lá si.''
"Tem os olhos cheios de esperança, de uma cor que ninguém mais possui; me traz meus passados e a lembrança, coisas que eu quis ser e não fui..."
"Olha! você tem todas as coisas que um dia eu sonhei pra mim..." e essa é a minha música"
"Eu perdi três mães num ano só."
"Eu queria saber como é que alguém que gosta de alguma coisa faz para lembrar dela sem gostar de música."
"As vezes eu boto no meu orkut: saudades de vc Luiz"
"Eu não sou o grande amor da vida dele mas ele é o grande amor da minha vida"
<3
Lulu, Nua e Crua
3.6 40Fugir de Hollywood nos proporciona além de roteiros fascinantes, conhecer novos lugares do que os que boa parte do cinema norte americano nos impõem.
A película francesa "Lulu, Nua e Crua" nos mostra que após uma entrevista de emprego que não é boa, Lulu decide não voltar para casa e parte deixando o marido e seus três filhos. Ela não premedita nada. Ela se concede alguns dias de liberdade sem outro projeto além de aproveitar plenamente. No caminho, ela cruza pessoas que também estão na beirada do mundo. Três encontros decisivos vão ajudar Lulu a reencontrar uma antiga conhecida que ela perdeu de vista: ela mesma.
A fotografia deslumbrante nos faz viajar por cidades pequenas e lindas da França !!!
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraSim, é possível fazer um blockbuster com muitos efeitos especiais e um roteiro interessantíssimo repleto de reflexões, “Planeta dos Macacos – O confronto” é uma verdadeira aula de como a tal da "racionalidade" inata do ser humano pode mudar a história de uma espécie. O filme questiona, e muito, nossos julgamentos como espécie de que "apenas" o ser humano é o vilão da história, e abre uma clareira gigantesca pra um debate muito mais complexo sobre o que é “ser humano” no sentido literal da palavra. Só não dou DEZ porque achei que o Matt Reeves junto com o roteirista poderiam ter explorado muito mais a forma como a Terra e as sociedades chegaram naquela situação caótica, foi mal construído e ganchos pra isso não faltaram ao longo da história. Pra quem não conhece a série original da década de 60, recomendo fortemente que assistam e se surpreendam com uma história fascinante repleta de surpresas e reviravoltas.
PS: Deletem a porcaria que o Tim Burton fez em 2001, porque isso sim é PLANETA DOS MACACOS !!!!
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KO filme mais necessário em muitos anos!! Desde a concepção do roteiro até as atuações magníficas !! Chorei copiosamente em muitos momentos !! Oscar nele por favor !!!!!
Philomena
4.0 920 Assista AgoraTudo em "Philomena" me cativou, desde o roteiro nada previsível e de uma sensibilidade ímpar, trilha sonora na medida certa, e uma Judi Dench FENOMENAL, poucas atrizes tem a capacidade de falar com o olhar como ela. FAVORITADO !!
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraE começa a corrida para o Oscar 2014 !!
Após 6 anos sem lançar nenhum filme, Alfonso Cuarón nos presenteia com essa obra prima.
Nunca a humanidade foi mostrada em posição de fragilidade tão gritante quanto nesta produção. Tendo a Terra sempre no horizonte, Cuarón mostra nossa inabilidade em se adaptar fora de nosso mundo. Sandra Bullock encarna o desespero de sua personagem com perfeição. Lançada à deriva, rodopia sem controle do corpo e sem ter ao que agarrar-se. Com ela, rodopia o espectador, que auxiliado pelo efeito 3D caprichado, sente a distância que está da Terra, uma personagem coadjuvante presente em quase 100% das imagens. Por mais que a situação seja desastrosa, a câmera se aproveita do silêncio do espaço para vagarosamente adentrar o capacete da astronauta e mostrar sua visão. Uma jornada cansativa pela sua salvação se inicia. Vivendo com um trauma adquirido anos atrás no planeta, a Dra. Ryan terá que lutar pela própria vida contra a imensidão do Universo. Bullock, com toda certeza será figura carimbada nas principais premiações da temporada, seja como indicada ou vencedora.
Gravidade é um filme curto, apenas uma hora e meia de duração, porém nesse período o espectador irá lidar com as mais variadas emoções que o ser humano pode sentir, e de forma bastante intensa. Além disso, o filme é recheado de metáforas que não posso lhes contar para não estragar a surpresa. Vale ressaltar o papel do nosso Planeta Terra, ali como coadjuvante da película, belo, imponente e distante.
Altamente recomendando para os amigos quem apreciam o cinema na sua melhor forma.
Como Sobreviver a uma Praga
4.2 22Existe algum link com legenda pra assistir?? O Tema me interessa demais !!!
E Aí... Comeu?
2.6 1,6KNada funcionada nesse filme: roteiro chulo com diálogos péssimos, atuações superficiais, direção terrível. Vergonha alheia.
Copacabana
3.8 78Assisti mais uma vez após 2 assistidas no cinema e ainda morro de rir e admiro o jeito Babou de viver a vida. O roteiro simples é a chave de tudo. Um tapa na cra pra quem leva essa vida a serio demais. Viva Babou !!!!!!!