Safe [1995] é um dos filmes nos quais o vazio se faz mais presente; de forma sufocante, até. O vazio da rotina, vazio de uma vida. Todd Haynes claramente é um diretor seguro do que faz. Com seu notável talento estético - grande direção feita aqui - ele confere atmosfera à um filme que facilmente poderia ter caído no insosso, no banal. Infelizmente, funciona muito mais na primeira metade, como um drama doméstico intimista e de crítica socio-cultural do que na segunda, quando o filme entra modo paranóia-ambientalista-século-XXI (que não chega a ser desinteressante). De qualquer forma, é um ótimo trabalho que só aumenta minhas expectativas pelos próximos do diretor.
Busca todo tempo ser provocativo, só que acaba na maioria das vezes tomando tons meramente discursivos. O rigor excessivo da direção e da fotografia traz, em princípio, boas imagens, mas resulta num filme cada vez mais distante, frio e cansativo de se assistir. Por mais que possua elementos interessantes, seu produto final não é muito mais do que um filme desgastante.
Filme interessante em seu argumento, porém covarde e por vezes até incoerente em sua execução. As imagens são bonitas, mas tudo é muito calculado e a direção acaba parecendo muito acadêmica na sua tentativa de ser artística. Um mal sucedido "wannabe" Michael Haneke da temporada.
"Manhattan abre com uma sucessão de belas imagens da ilha de Manhattan, fotografadas de forma nada menos que brilhante pelo grande Gordon Willis, permeadas tanto pelas melodias de Gershwin quanto pelo monólogo inicial de Isaac Davis (Woody Allen). Já nesse momento Allen vai além de simplesmente fazer um tão dito “tributo à sua amada cidade” (não sei por que insistem em classificar a obra como tal quando isso é apenas mais um elemento na mesma) e nos presenteia com um monólogo metalinguístico sutil, no qual ele (o escritor) pensa em maneiras diferentes de iniciar seu livro. É nesse belo jogo com a linguagem e suas palavras que começa Manhattan."
"O divertimento é inevitável durante a projeção de Kingsman, que já dá suas caras na primeira cena embalada pelo eletrizante riff da música Money for Nothing, de Dire Straits. O filme não mascara suas intenções em momento algum e se vende desde sempre como uma obra que sequer se leva a sério – coisa que, nessas circunstâncias, é uma virtude ausente na maioria da produção blockbuster da atualidade. Apesar de propor uma sátira ao gênero de ação, com enfoque nos filmes de espionagem, Matthew Vaughn não deixa de explorar os absurdos permitidos pelo seu material, desafiando as leis da física constantemente ao longo do filme. Numa obra que se propõe descaradamente ao absurdo, esses excessos em nada machucam, proporcionando ainda um ou outro bom momento, como a inesperada - para dizer o mínimo - cena da igreja, que desponta como ponto alto do filme."
"O cinema, enquanto arte, sempre pôde ser visto como uma ferramenta de fuga da realidade, uma desconstrução da mesma. Terror das Trevas, considerado por muitos a obra prima do mestre Lucio Fulci, é um atestado de insanidade criativa, de puro terror que desafia qualquer lógica ou explicação. Por esse motivo, é muito difícil assisti-lo pela primeira vez, uma vez que, como espectadores, somos treinados à buscar cuidadosamente explicações para todos eventos e trazer uma dose, mínima que seja, de racionalidade para o filme que assistimos. Nessa obra, isso é impossível."
"Os livros de história documentam os eventos do passado, guerras, tratados, leis e civilizações; apenas a arte, todavia, é capaz de dar vida a esses elementos, traduzindo-os numa comunidade viva, com todos seus charmes e idiossincrias. O Grande Hotel Budapeste é um filme sobre a passagem do tempo, sobre a mudança de eras. Wes Anderson adota um olhar nostálgico na criação dessa sua cativante fábula sobre a Europa nos anos 30, em contraposição ao olhar mais decadente para a mesma nos anos 60 e nos tempos atuais. O próprio tempo que provém o charme a uma época passada, uma vez que algo só se pode adotar um olhar saudosista sobre o que já passou, desvirtua-nos do mesmo, inevitavelmente."
"O que faz um herói? Adotando uma proposta menos radical do que a do clássico de Martin Scorsese (Taxi Driver, 1976), Clint Eastwood desconstrói o típico herói americano, puxando desde suas origens até o fim de sua trajetória, mostrando-nos uma ótica que nem sempre corresponde com a idealização feita sobre o ídolo popular. Clint pode ser uma personalidade pública de opiniões fortes e bem conhecidas (apoia totalmente a guerra do Iraque, por exemplo); durante sua carreira sempre se destacou, entretanto, por sua imparcialidade como diretor – sobre os mais diversos assuntos – e seu total respeito pelo ser humano e seus direitos, vide filmes como Invictus (2009), Gran Torino (2008) e Cartas para Iwo Jima (2006)."
Pessoas imperfeitas em situações extremas. Marion Crane (Janet Leigh) sempre fora uma jovem responsável, mas que começa a ser atordoada pelo fantasma do casamento, enquanto seu namorado Sam Loomis (John Gavin) está enterrado em dívidas, o que impossibilita o matrimônio. Norman Bates (Anthony Perkins) é um jovem dono de um pequeno motel de estrada que cresceu reprimido pela sua mãe controladora que o mantém preso à sua infância. Psicose mostra como qualquer pessoa, nas circunstâncias certas, pode ser levado à ações irracionais.
"Há quase 7 décadas atrás, um cineasta de ampla ambição e enorme ego adotou a controversa ideia de realisar um filme sem cortes, ou que parecesse como tal (uma vez que tal ato não era possível por causa do tamanho dos rolos de filme). Hitchcock podia até ser um diretor megalomaníaco, mas fato é que seu Festim Diabólico (1948) acabou se tornando uma obra-prima ímpar na história do cinema. Se Birdman terá essa longevidade, ainda não posso afirmar, mas sua relação com o filme anteriormente citado é inevitável – e sei que não sou o primeiro e nem serei o último a fazê-la. Iñarritu, como Hitchcock, é um cineasta egocêntrico e que busca a grandiosidade e o reconhecimento em todos os momentos. Com Birdman ele entrega uma obra à nível de suas pretensões."
"Polanski se mostra, novamente, um verdadeiro mestre do suspense, criando nesse filme uma atmosfera hitchcockiana como poucos, misturada, ainda, a toda sua marca pessoal como realizador, já bastante fixada ao longo dos anos. A começar pela ambientação, fria e envolvente. No isolamento de uma pequena ilha próxima a Washington D.C, Polanski cria um cenário que transpira mistério desde as primeiras cenas ali passadas. Os elementos que compõe o suspense vão sendo lentamente introduzidos desde o início do filme, plantando questionamentos na cabeça do espectador enquanto esse imerge na poderosa narrativa do diretor."
"John Ford faz de seu filme um honrável retrato do fim do velho oeste tradicional – ainda que não tenha sido, a rigor, o último. A evidente oposição entre leste (civilização como conhecemos) e oeste (lei do mais forte) é onipresente na obra e tem como símbolos bem definidos a dupla de protagonistas: James Stewart, o leste; e John Wayne, o oeste. Toda analogia feita por Ford em cima dessa lógica enriquece sua obra e dialoga com toda sua carreira, o que torna Facínora um épico último episódio de um gênero tão longevo."
"Ida é um filme de fantasmas, fantasmas que assombram o que restou de uma família, fantasmas de um país profundamente afetado pela guerra (a segunda guerra mundial, no caso). Pawlikowski constrói sua obra usando como alicerce as ruínas (emocionais) dessa família – e, de certa forma, da própria Polônia – e cria um drama sutil sem nunca apelar para o sentimentalismo oco. Pelo contrário, Ida é um filme seco, mas não necessariamente frio. O diretor conta a história de forma minimalista, explorando as emoções presentes sem escancará-las nem subestimá-las."
"O Abutre pode ser um filme com uma premissa nada original e com uma roupagem estilística também já conhecida; ele alia, todavia, os pontos positivos de suas referências num filme que, por mais que não traga nada novo, explora muito bem o material que tem, trabalhando de forma bastante eficiente temas pertinentes à sociedade atual. Dan Gilroy ataca o jornalismo sensacionalista fazendo do espectador uma espécie de cúmplice do mesmo, nos colocando constantemente no perturbado ponto de vista de seu engenhoso protagonista."
Show de metalinguagem de Assayas num dos filmes mais contundentes - sem incorrer em excessos - sobre a passagem do tempo e seus efeitos, principalmente dentro da indústria cinematográfica.
Marvel continua apostando na mesma fórmula de sempre: roteiros muitos fracos, personagens carismáticos, excesso de CGI, finais de destruição em massa descomunais e com soluções fáceis... As piadas carregam, até porque falta emoção nas cenas de ação. Divertido, ainda que excessivamente previsível e simplório.
Mario Bava extrai o máximo do terror Slasher. A atmosfera e a corrente de mortes são sensacionais. Mesmo com toda precariedade da produção, dá de 10 na maioria dos filmes de terror americanos.
Surpreendentemente bom, Redford foi inteligente por fugir de tudo o que se espera do filme antes de vê-lo. Um bom drama político, meio forçado chamá-lo de suspense ou thriller.
Segue o princípio criado por Hitchcock em Os Pássaros: algumas pessoas trancadas numa casa tentando se defender de uma ameaça constante e interminável. Mesmo assim foi um filme original em alguns pontos e criou a "formula" para os filmes de zumbis e estabeleceu suas regras. Romero se saiu muito bem mesmo num gênero tão limitado.
O título original é uma peça chave para o entendimento, já o título em português é ótimo para atrapalhá-lo (o entendimento). Filme excepcional no qual Bergman sintetiza tudo o que seu cinema representa.
Mal do Século
3.6 98 Assista AgoraSafe [1995] é um dos filmes nos quais o vazio se faz mais presente; de forma sufocante, até. O vazio da rotina, vazio de uma vida. Todd Haynes claramente é um diretor seguro do que faz. Com seu notável talento estético - grande direção feita aqui - ele confere atmosfera à um filme que facilmente poderia ter caído no insosso, no banal. Infelizmente, funciona muito mais na primeira metade, como um drama doméstico intimista e de crítica socio-cultural do que na segunda, quando o filme entra modo paranóia-ambientalista-século-XXI (que não chega a ser desinteressante). De qualquer forma, é um ótimo trabalho que só aumenta minhas expectativas pelos próximos do diretor.
Obs: Julianne Moore fenomenal, como de costume.
O Clube
3.9 146Busca todo tempo ser provocativo, só que acaba na maioria das vezes tomando tons meramente discursivos. O rigor excessivo da direção e da fotografia traz, em princípio, boas imagens, mas resulta num filme cada vez mais distante, frio e cansativo de se assistir. Por mais que possua elementos interessantes, seu produto final não é muito mais do que um filme desgastante.
Força Maior
3.6 241Filme interessante em seu argumento, porém covarde e por vezes até incoerente em sua execução. As imagens são bonitas, mas tudo é muito calculado e a direção acaba parecendo muito acadêmica na sua tentativa de ser artística. Um mal sucedido "wannabe" Michael Haneke da temporada.
Manhattan
4.1 595 Assista Agora"Manhattan abre com uma sucessão de belas imagens da ilha de Manhattan, fotografadas de forma nada menos que brilhante pelo grande Gordon Willis, permeadas tanto pelas melodias de Gershwin quanto pelo monólogo inicial de Isaac Davis (Woody Allen). Já nesse momento Allen vai além de simplesmente fazer um tão dito “tributo à sua amada cidade” (não sei por que insistem em classificar a obra como tal quando isso é apenas mais um elemento na mesma) e nos presenteia com um monólogo metalinguístico sutil, no qual ele (o escritor) pensa em maneiras diferentes de iniciar seu livro. É nesse belo jogo com a linguagem e suas palavras que começa Manhattan."
Texto completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2015/03/critica-manhattan-1979.html
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista Agora"O divertimento é inevitável durante a projeção de Kingsman, que já dá suas caras na primeira cena embalada pelo eletrizante riff da música Money for Nothing, de Dire Straits. O filme não mascara suas intenções em momento algum e se vende desde sempre como uma obra que sequer se leva a sério – coisa que, nessas circunstâncias, é uma virtude ausente na maioria da produção blockbuster da atualidade. Apesar de propor uma sátira ao gênero de ação, com enfoque nos filmes de espionagem, Matthew Vaughn não deixa de explorar os absurdos permitidos pelo seu material, desafiando as leis da física constantemente ao longo do filme. Numa obra que se propõe descaradamente ao absurdo, esses excessos em nada machucam, proporcionando ainda um ou outro bom momento, como a inesperada - para dizer o mínimo - cena da igreja, que desponta como ponto alto do filme."
Texto completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2015/03/critica-kingsman-servico-secreto-2014.html
Terror nas Trevas
3.6 132"O cinema, enquanto arte, sempre pôde ser visto como uma ferramenta de fuga da realidade, uma desconstrução da mesma. Terror das Trevas, considerado por muitos a obra prima do mestre Lucio Fulci, é um atestado de insanidade criativa, de puro terror que desafia qualquer lógica ou explicação. Por esse motivo, é muito difícil assisti-lo pela primeira vez, uma vez que, como espectadores, somos treinados à buscar cuidadosamente explicações para todos eventos e trazer uma dose, mínima que seja, de racionalidade para o filme que assistimos. Nessa obra, isso é impossível."
Texto Completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2015/03/critica-terror-nas-trevas-ladila-1981.html
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0K"Os livros de história documentam os eventos do passado, guerras, tratados, leis e civilizações; apenas a arte, todavia, é capaz de dar vida a esses elementos, traduzindo-os numa comunidade viva, com todos seus charmes e idiossincrias. O Grande Hotel Budapeste é um filme sobre a passagem do tempo, sobre a mudança de eras. Wes Anderson adota um olhar nostálgico na criação dessa sua cativante fábula sobre a Europa nos anos 30, em contraposição ao olhar mais decadente para a mesma nos anos 60 e nos tempos atuais. O próprio tempo que provém o charme a uma época passada, uma vez que algo só se pode adotar um olhar saudosista sobre o que já passou, desvirtua-nos do mesmo, inevitavelmente."
Texto completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2015/02/critica-o-grande-hotel-budapeste-2014.html
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista Agora"O que faz um herói? Adotando uma proposta menos radical do que a do clássico de Martin Scorsese (Taxi Driver, 1976), Clint Eastwood desconstrói o típico herói americano, puxando desde suas origens até o fim de sua trajetória, mostrando-nos uma ótica que nem sempre corresponde com a idealização feita sobre o ídolo popular. Clint pode ser uma personalidade pública de opiniões fortes e bem conhecidas (apoia totalmente a guerra do Iraque, por exemplo); durante sua carreira sempre se destacou, entretanto, por sua imparcialidade como diretor – sobre os mais diversos assuntos – e seu total respeito pelo ser humano e seus direitos, vide filmes como Invictus (2009), Gran Torino (2008) e Cartas para Iwo Jima (2006)."
Texto completo em:
http://criticpop.blogspot.com.es/2015/02/critica-sniper-americano-2014.html
Psicose
4.4 2,5K Assista Agora"We all go a little mad sometimes"
Pessoas imperfeitas em situações extremas. Marion Crane (Janet Leigh) sempre fora uma jovem responsável, mas que começa a ser atordoada pelo fantasma do casamento, enquanto seu namorado Sam Loomis (John Gavin) está enterrado em dívidas, o que impossibilita o matrimônio. Norman Bates (Anthony Perkins) é um jovem dono de um pequeno motel de estrada que cresceu reprimido pela sua mãe controladora que o mantém preso à sua infância. Psicose mostra como qualquer pessoa, nas circunstâncias certas, pode ser levado à ações irracionais.
Texto completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2015/02/critica-psicose-psycho-1960.html
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista Agora"Há quase 7 décadas atrás, um cineasta de ampla ambição e enorme ego adotou a controversa ideia de realisar um filme sem cortes, ou que parecesse como tal (uma vez que tal ato não era possível por causa do tamanho dos rolos de filme). Hitchcock podia até ser um diretor megalomaníaco, mas fato é que seu Festim Diabólico (1948) acabou se tornando uma obra-prima ímpar na história do cinema. Se Birdman terá essa longevidade, ainda não posso afirmar, mas sua relação com o filme anteriormente citado é inevitável – e sei que não sou o primeiro e nem serei o último a fazê-la. Iñarritu, como Hitchcock, é um cineasta egocêntrico e que busca a grandiosidade e o reconhecimento em todos os momentos. Com Birdman ele entrega uma obra à nível de suas pretensões."
Texto completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2015/02/critica-birdman-2014.html
O Escritor Fantasma
3.6 582 Assista Agora"Polanski se mostra, novamente, um verdadeiro mestre do suspense, criando nesse filme uma atmosfera hitchcockiana como poucos, misturada, ainda, a toda sua marca pessoal como realizador, já bastante fixada ao longo dos anos. A começar pela ambientação, fria e envolvente. No isolamento de uma pequena ilha próxima a Washington D.C, Polanski cria um cenário que transpira mistério desde as primeiras cenas ali passadas. Os elementos que compõe o suspense vão sendo lentamente introduzidos desde o início do filme, plantando questionamentos na cabeça do espectador enquanto esse imerge na poderosa narrativa do diretor."
Texto Completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2014/08/o-escritor-fantasma-ghost-writer-2010.html
O Homem Que Matou o Facínora
4.3 167"John Ford faz de seu filme um honrável retrato do fim do velho oeste tradicional – ainda que não tenha sido, a rigor, o último. A evidente oposição entre leste (civilização como conhecemos) e oeste (lei do mais forte) é onipresente na obra e tem como símbolos bem definidos a dupla de protagonistas: James Stewart, o leste; e John Wayne, o oeste. Toda analogia feita por Ford em cima dessa lógica enriquece sua obra e dialoga com toda sua carreira, o que torna Facínora um épico último episódio de um gênero tão longevo."
Texto completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2014/09/critica-o-homem-que-matou-o-facinora.html
Interestelar
4.3 5,7K Assista Agora“Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará. ” (Gênesis 3:19)
Crítica de Interestelar:
http://criticpop.blogspot.com.br/2014/11/critica-interestelar-interstellar-2014.html
Ida
3.7 439"Ida é um filme de fantasmas, fantasmas que assombram o que restou de uma família, fantasmas de um país profundamente afetado pela guerra (a segunda guerra mundial, no caso). Pawlikowski constrói sua obra usando como alicerce as ruínas (emocionais) dessa família – e, de certa forma, da própria Polônia – e cria um drama sutil sem nunca apelar para o sentimentalismo oco. Pelo contrário, Ida é um filme seco, mas não necessariamente frio. O diretor conta a história de forma minimalista, explorando as emoções presentes sem escancará-las nem subestimá-las."
Texto completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2015/01/critica-ida-2013.html
O Abutre
4.0 2,5K Assista Agora"O Abutre pode ser um filme com uma premissa nada original e com uma roupagem estilística também já conhecida; ele alia, todavia, os pontos positivos de suas referências num filme que, por mais que não traga nada novo, explora muito bem o material que tem, trabalhando de forma bastante eficiente temas pertinentes à sociedade atual. Dan Gilroy ataca o jornalismo sensacionalista fazendo do espectador uma espécie de cúmplice do mesmo, nos colocando constantemente no perturbado ponto de vista de seu engenhoso protagonista."
Texto completo em:
http://criticpop.blogspot.com.br/2014/12/critica-o-abutre-nightcrawler-2014.html
Acima das Nuvens
3.6 400Show de metalinguagem de Assayas num dos filmes mais contundentes - sem incorrer em excessos - sobre a passagem do tempo e seus efeitos, principalmente dentro da indústria cinematográfica.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraMarvel continua apostando na mesma fórmula de sempre: roteiros muitos fracos, personagens carismáticos, excesso de CGI, finais de destruição em massa descomunais e com soluções fáceis... As piadas carregam, até porque falta emoção nas cenas de ação. Divertido, ainda que excessivamente previsível e simplório.
A fala da grama é sensacional de tão absurda.
Banho de Sangue
3.5 124Mario Bava extrai o máximo do terror Slasher. A atmosfera e a corrente de mortes são sensacionais. Mesmo com toda precariedade da produção, dá de 10 na maioria dos filmes de terror americanos.
Sem Proteção
3.0 124 Assista AgoraSurpreendentemente bom, Redford foi inteligente por fugir de tudo o que se espera do filme antes de vê-lo. Um bom drama político, meio forçado chamá-lo de suspense ou thriller.
A Noite dos Mortos-Vivos
4.0 549 Assista AgoraSegue o princípio criado por Hitchcock em Os Pássaros: algumas pessoas trancadas numa casa tentando se defender de uma ameaça constante e interminável. Mesmo assim foi um filme original em alguns pontos e criou a "formula" para os filmes de zumbis e estabeleceu suas regras. Romero se saiu muito bem mesmo num gênero tão limitado.
Bang Bang
3.9 48Só sendo muito nacionalista para ver até o fim. Uma grande confusão propositalmente desregrada, um conjunto de cenas aleatórias. Anti-cinema.
A Gaiola das Loucas
3.6 223 Assista AgoraGene Hackman travestido com peruca branca cantando "We are Family" foi impagável! Filme divertido de Mike Nichols.
Killer Joe: Matador de Aluguel
3.6 880 Assista AgoraO final estraga bastante, mesmo assim o filme seria apenas bom. O que dá as duas estrelas são as atuações.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraO título original é uma peça chave para o entendimento, já o título em português é ótimo para atrapalhá-lo (o entendimento). Filme excepcional no qual Bergman sintetiza tudo o que seu cinema representa.