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31 years, São José/Santa Catarina (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Heitor

    Brutal. Tem um dos melhores trabalhos de direção que vi em um filme recente. Consegue constantemente manter a dubiedade acerca da real personalidade do protagonista, dando vislumbres de um possível monstro escondido por trás da persona do jovem prodigioso. A crítica incisiva que faz sobre a fragmentação identitária da América é das mais pujantes, atacando a politização exacerbada de cada aspecto da vida em sociedade que transforma a experiência humana em um grande tratado político.

    O filme fica ainda mais assustador se pensarmos na América, outrora vista como terra da liberdade e prosperidade, transformada em terra fértil para a proliferação de psicopatas, que escondem seus rastros de destruição através do sucesso que alcançam em meio a sociedade.

    Nós até podemos proteger os nossos de serem despedaçados pelo mundo, mas não somos capazes de nos mantermos inteiros quando a verdade sobre eles nos é revelada. Seríamos os mesmos sabendo que povoamos o mundo com monstros? Dificilmente, porém, somos nós mesmos tão diferentes dos monstros que tememos?

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  • Heitor

    Apesar do título emprestado da obra de Erich Maria Remarque, o diretor Edward Berger pouco se utiliza da ideologia pacifista da obra escrita e desvirtua da trama em diversos momentos. É bem verdade que o filme ainda mantém o seu teor, mas Berger parece mais interessado em recriar uma experiência imersiva do horror da guerra, transmitindo através das reações causadas pela carnificina visual o que a obra de Remarque expõe através da lógica filosófica do pacifismo.

    Sendo fã confesso do livro e da adaptação de 1930, admito que senti falta de três passagens icônicas de ambas. A primeira ausência sentida foi a da passagem do professor que incentiva os seus alunos a se alistarem na guerra, passagem essa completamente suprimida na adaptação de 2022. A segunda, diz respeito ao par de botas que dura mais que os jovens soldados, elementos esse que foi ressignificado na nova versão. E a última ausência diz respeito ao final, que é muito mais lírico e significativo no livro e no filme de 30 do que nessa nova versão.

    Como a proposta dessa nova versão é a do hiper-realismo, é compreensível que os elementos mais poéticos sejam ceifados ou suprimidos, dando lugar a uma malícia irônica e niilista, pois não há lugar para a beleza na guerra, não há tempo para a contemplar o bater de asas de uma borboleta ou para se distrair com o canto dos pássaros.

    Essa nova versão, ainda que aquém do filme de 1930, possui imagens poderosas e não teme desviar da obra base para contar sua própria história. A imersão alcançada nas cenas nas trincheiras impressionam, porém, são os close-ups do ator Felix Kammerer, com seu “olhar de mil jardas”, que deixam a marca mais profunda.

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