Jheny

Vi por indicação e sem pretensão alguma, mas que delícia de experiência. É uma cutucada na indústria do entretenimento com sarcasmo, revelando como a representatividade pode se tornar uma caricatura. O filme brinca com clichês, mostrando como até mesmo sua própria narrativa pode ser uma representação caricatural. Também é uma provocação inteligente sobre diversidade e como ela é banalizada hoje em dia. Enfim, muitas camadas.

Esse filme é um conto de fadas aos avessos: a princesa drogada que faz pornôs e o príncipe que não tem cavalo branco, mas entende de cavalgadas. O meio não é nem um pouco convencional, mas o final é feliz. Almodóvar e suas ironias...

"A pele que você habita, diz quem você é ou lhe aprisiona?"