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Últimas opiniões enviadas

  • Josephine Joseph

    Eu acredito que a melhor maneira de se conhecer alguém é vasculhando sua lixeira. E o mesmo pode-se dizer sobre o cinema americano: é assistindo seus filmes Z, principalmente das décadas de 50, 60 e 70 que, de raspas em restos, entendemos seus hábitos e rotinas sociais. Lá, no lixo, entre segredos amassados que, muitas vezes, descambam em pudores bolorentos, há o reflexo de nós mesmos. Os filmes Z, querendo nada mais que a grana do espectador, acabam por desvendar anseios ocultos de e para uma sociedade doente. Não é à toa que o cinemão mainstream, geralmente, chafurda em hipocrisia. Principalmente hoje em dia. Mas esse já é outro papo.

    “No Tears for the Damned”, exploitation de 1968, é um filme Z por excelência. Coloque aí uma espécie de Psicose com “Blood Feast” e toques de “Carnival of Souls” com “go-go girls”. O tema do filme, que voa em torno de um “serial killer” oprimido por uma mãe narcisista, já é em si pegajoso como fita adesiva para moscas. A fotografia em p&b é pouco profissional. Granulada e, muitas vezes, grotescamente fora de foco acaba por, sem querer, muitas vezes contribuir para o aspecto sujo do filme. Sujeira suada que tem seu ápice na “mise-en-scène” ao mesmo tempo pobre, crua e carnavalesca dos assassinatos.

    Aliás, a crueza aqui é um fator chave. Especialmente ao considerarmos as (más) atuações do elenco como um todo. Das brechas dos erros aqui cometidos, é possível observar um mix de elementos que podem nos remeter tanto ao “cinéma vérité” quanto ao neorrealismo italiano. Destaque aqui para Robert Dix. Sua personificação de um Norman Bates afetado e mambembe, que mais parece um filho de James Stewart com Rock Hudson, deixaria Rossellini de queixo caído!

    E o passeio de minha mente por associações particulares ganha contornos oníricos quando o filme usa Las Vegas, com sua aura brega e artificial, como pano de fundo para um universo fraturado por um trabalho de continuidade desleixado. O longo take de um carrossel com mulheres de topless e uma artista que quando canta é uma pessoa ao passo que, quando dança, é outra completamente diferente, acabam por, involuntariamente, provocar uma certa sensação de irrealidade no espectador. E tal sensação prospera se notarmos os efeitos sonoros despejados sobre o filme de maneira avulsa, assim como despejo farinha sobre meu feijão, profusamente e com gosto. Irrealidade ou surrealismo? A trilha sonora, composta de um rock ‘n’ roll barato, não responde; mas certamente proporciona alívio cômico ao pretender emoldurar um comportamento transgressivo do qual o retrato transborda ingenuidade.

    Eu curti “No Tears for the Dammed”. Ao seu fim, me senti como que acordando de um “pesadelo molhado” de quinta categoria. Tanto que tomei um banho. Mas vocês já sabem minha opinião sobre filmes Z. Eu sou do tipo que sorri com filmes malditos. E do tipo que também derrama lágrimas por filmes malditos.

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  • Josephine Joseph

    Singela homenagem ao irretocável clássico "Freaks", de Tod Browning, escrita e produzida por David Friedman, um dos papas do cinema exploitation, fã declarado do filme de 1932 e de espetáculos itinerantes, "She Freak" é uma joiazinha tosca.
    Dirigida por Byron Mabe, não apresenta nudez ou violência mais explícita. Ponto negativo? Pois bem, apesar das evidentes restrições orçamentárias da produção, "She Freak" consegue passar sua atmosfera circense com sucesso. E mais, as maquiagens das aberrações são relativamente convincentes e um sentimento de doença e danação infecta todo o filme como que escondido por trás das distrações "inofensivas" do parque.
    Pra fechar,

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    a aparição da protagonista transformada em aberração

    é, no mínimo, inquietante. Vale.

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  • Josephine Joseph

    Ok. A recorrência constante à música de contorno oriental, às vezes, dá no saco; e se a narração em off e captação de imagens parecem datar o filme, por outro lado remetem à possível caracterização de formatos documentais cuja a pseudo-veracidade tanto fascinava os espectadores/voyeurs dos anos 60. Dito isto, "White Slave of Chinatown", primeiro filme da "série Olga", pode ser considerado a pedra fundamental dos "kinkies", vertente do exploitation mais centrada no caráter fetichista de libertinos em seu jogo sexual de dominação sadomasoquista. A obra de Mawra estabelece clichês que iriam marcar boa parte das posteriores produções conhecidas como w.i.p. (women in prision) e suas variações, muitas vezes exemplificadas pelos nazi e nunsploitation. É História.

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