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I'm not afraid of dying, i'm afraid of not living.

Últimas opiniões enviadas

  • Lois Mendes

    O texto ficou gigantesco, mas quando eu decido falar sobre algo, não tem como ser de outra maneira.

    É uma série necessária. Acredito que disse isso sobre a primeira temporada e mantenho essa posição. Essa temporada vai continuar tratando de assuntos delicados e importantes de uma maneira super leve e divertida. São aqueles tapas na cara extremamente necessários, mas dados com um pouco mais de carinho. E provavelmente assim funcione melhor para algumas pessoas.

    A série ainda carrega uma tentativa de quebra de tabus que a nossa sociedade carrega até hoje, o principal sendo, obviamente, sobre sexo. Algo que até hoje, as pessoas levam como se fosse uma coisa extremamente complicada ou vergonhosa. A gente vê bastante isso na falta de habilidades que a escola tem de tratar e orientar os alunos sobre esse assunto, levados até mesmo pelas opiniões pessoais do diretor e de que como na adolescência é muito necessário que haja uma orientação adequada e que os adolescentes se sintam confortáveis para conversar sobre isso. Essa abertura evita muitos problemas futuros, evita que se faça algo sem conhecimento ou que alguém acabe se considerando estranho ou errado em relação aos seus desejos pessoais.

    Essa temporada tratou ainda mais das questões sexuais, das preferências, desejos, fetiches, particularidades e isso foi incrível.

    Outro ponto especialmente positivo de Sex Education é a diversidade que a série traz. A representatividade aqui é real, não é uma desculpinha de casting, por exemplo. E quando digo representatividade me refiro a tudo, não somente a etnias ou orientações sexuais, mas também de diferentes crenças, nacionalidades e principalmente de diferentes realidades econômicas e vivências pessoais. E aqui, é muito fácil você se enxergar nos personagens porque além da sua diversidade, eles são muito humanos. A gente não tem dificuldade em se enxergar um pouco na história de cada um, nas dificuldades e nos defeitos de cada um. Na série os personagens são como as pessoas reais: complexas. Por isso, não adianta esperar que elas irão agir da maneira mais "correta", porque elas irão lidar com as situações da maneira mais humana possível, que é errando, até aprender.

    Algumas pessoas amadurecem antes. Outras amadurecem depois. O importante é sempre tentar continuar evoluindo. Errar todo mundo erra, o que importa é o que você vai fazer a partir daquele erro. Aprender a reconhecê-lo, pedir desculpas e seguir em frente ciente da lição que ele lhe trouxe.

    Senti que essa temporada também foi mais completa por mostrar não só problemáticas adolescentes, mas adultas também. Mostra que todo mundo tem problemas, independente da idade. Sempre teremos questões, seja na infância, na adolescência ou na vida adulta. Essas questões apenas mudam com o tempo. Crises não são só na adolescência, pois mesmo durante a vida adulta ainda estamos nos descobrindo, descobrindo não só quem somos, mas o que queremos e gostamos.

    Bem, antes de falar dos personagens e das suas tramas, eu preciso comentar que a fotografia da série continua lindíssima. Eu sinto como se todo o verde que aquela cidade possui, nos mostrasse que tá tudo bem, que vai ficar tudo bem. Pra mim, a fotografia transmite paz.

    Agora começarei a falar dos personagens e das tramas, sendo assim, daqui pra frente estará repleto de SPOILERS.

    SPOILERS A SEGUIR.

    O arco do Jackson é importantíssimo dentro da série. Na primeira temporada, eu culpava muito a mãe dele por pressionar tanto as suas próprias expectativas nele, por obrigá-lo a fazer algo que ela gostaria de estar realizando. Durante as duas temporadas nós vimos que sim, era algo que ele adorava fazer, mas toda essa pressão acabou criando uma barreira entre ele e a natação e o quanto isso estava destruindo o psicológico dele. E infelizmente isso é muito comum. É muito comum os pais colocarem expectativas de carreiras que eles seguem ou gostariam de ter seguido nos próprios filhos e privá-los de fazer as próprias escolhas. E na fase da vida que ele está, é exatamente o momento em que ele tem explorar todas as possibilidades, é o momento em que ele pode explorar outras possibilidades pra descobrir algo em que não só é bom, mas que também sente prazer em fazer. No final da segunda temporada vemos que esse era sim um dos motivos pelo qual ela o forçava nessa direção, mas também era por conta da sua insegurança enquanto mãe. Era o laço que ela acreditava fortalecer o relacionamento deles já que ela acreditava que a cor da pele poderia não fazer isso. Mostra o quanto é perigoso colocar nossas expectativas e inseguranças em cima de qualquer outra pessoa, seja filho, pais, amigos ou namorados. E a relação dele com a Viv foi um presente incrível que a série trouxe e espero que desenvolvam melhor a história dela na terceira temporada porque ela é incrível e claramente enfrenta muitas questões também.

    Antes de entrarmos no arco entre Adam, Eric e Rahim, preciso apontar sobre a Maureen, a mãe do Adam, que finalmente se libertou de casamento horrível, que estava sugando tudo o que ela era. Como eu gostaria que muitas mulheres, incluindo algumas ao meu redor, conseguissem ter a coragem de tomar a mesma decisão e entender que elas merecem ser felizes. E pra ser feliz, você não precisa estar com alguém ou sustentar um casamento só porque ele já aconteceu. Nada precisa ser eterno. Mas é claro, eu sei, isso não é algo tão simples, além de muitas outras questões, isso também depende do apoio das pessoas ao redor, que nem sempre, essas mulheres tem.

    Agora, um dos personagens mais complicados de falar, pra mim, é o Adam. Vamos começar dizendo que é compreensível ele ser como é, levando em consideração a criação e a relação que ele sempre teve com os pais, principalmente com o pai, que é extremamente opressor. Logo, eu acho que ele retrata muito bem como nós precisamos ter empatia pelo outro, mesmo que às vezes, essa pessoa aja de forma escrota. Pois não conhecemos a realidade e os problemas das outras pessoas. Não sabemos quais são as batalhas que elas lutam diariamente, então, o Adam serviu pra me relembrar disso. Não adianta ficar com raiva por ele não agir da maneira certa (ou pelo menos da maneira como "eu" acho certa), na hora que eu quero. As pessoas tem seus próprios tempos e a gente precisa respeitar isso. Desde que elas estejam tentando ser uma pessoa melhor, a gente precisa respeitar isso. E talvez esse seja o motivo pelo qual eu tive tanta dificuldade em aceitar e apoiar o Adam, porque eu não estava conseguindo enxergá-lo tentando. Porém, às vezes, nós precisamos tentar enxergar a situação com os olhos do outro.

    Na primeira temporada eu tive muita resistência quanto a relação dos dois. Porque eu vejo o Eric como uma pessoa tão boa que eu não queria que ele se envolvesse com alguém que não o valorizava o suficiente. E por isso fiquei tão feliz com a chegada do Rahim porque ele era tudo o que eu desejava que o Eric tivesse: sinceridade, honestidade, respeito, carinho e acima de tudo, não tinha vergonha de quem era.

    Por isso, apesar do que falei lá em cima e ainda correndo o risco de me contradizer, eu sinto que o Adam deveria ter feito mais. Eu gostaria de tê-lo visto tentando com mais vontade, afinal, ele foi sim uma pessoa horrível no passado, principalmente com o Eric, pra que apenas aquela declaração em público apague todos os seus erros. Então, eu espero que agora o Adam tenha quebrado essa barreira enorme e que finalmente consiga sentir, falar e fazer o que ele quer. E que ele se liberte porque viver preso, sem aceitação própria, é terrível.

    Por fim, eu espero que na próxima temporada essa relação seja melhor trabalhada. Porque se eles simplesmente ignorarem tudo o que aconteceu antes do último episódio a partir do momento em que eles fizeram "as pazes", eu vou ficar muito chateada, pois dependendo de como a série seguir daqui pra frente, o sentimento do Eric pelo Adam pode se tornar dependente de uma relação possivelmente abusiva.

    Espero também que eles continuem dando atenção ao Rahim na próxima temporada, pois ele merece um arco bem trabalhado, com bons momentos, pois ele é mesmo especial. Mas, no final das contas, o que manda mesmo é o amor. Às vezes as pessoas que queremos pra gente, não foram feitas pra gente. Pelo menos não no momento que as queremos.

    Outra parte muito legal foi ver pessoas que já pareciam desconstruídas lidando com novas descobertas, como a Ola e a Lily. Enquanto a Ola abraça com tudo a nossa descoberta, a Lily ainda tem dificuldade em se aceitar. Essa situação mostra como nós não temos que nos manter numa relação que não nos está fazendo bem e que devemos sim buscar aquele "that's how it's suppost to be".

    Diferente de algumas opiniões que eu vi, gostei muito que a temporada não focou somente na relação entre o Otis e a Maeve. Acho que os personagens precisavam se desenvolver separadamente e isso permitiu que eles evoluíssem como indivíduos, independente de relação amorosa. O Otis precisava se desvincular da imagem do pai, a qual ele inconscientemente tentava fugir. Ele precisava disso pra realmente conseguir agir de forma legal, descobrir quem ele quer ser e até aprender a ser menos egoísta e a valorizar a mãe maravilhosa que ele tem. Aliás, a Jean é mesmo maravilhosa e foi incrível ver outros lados da personagem nessa temporada. Ver que alguém que se mostrou tão forte e imponente na primeira temporada, também possui fragilidades, medos e inseguranças e que nem por isso, é menos forte.

    Depois do Eric, a Maeve é definitivamente a minha personagem favorita. Vendo a realidade que ela vive, a gente sente tristeza, revolta e injustiça. Ela se tornou alguém extremamente forte, sua força é invejável porque eu nem consigo imaginar todas as dificuldades que ela passou desde a infância. Eu não consigo imaginar porque por mais dificuldades pessoais e familiares que eu já tenha passado e esteja passando, dificuldades foi só o que a Maeve teve durante a vida. Sem um momento de descanso. E ela continuou sendo estudiosa e verdadeira ao que ela acredita e ao que ela é. Não só sendo, mas lutando pelo o que acredita. A garota que ela é e a mulher que ela provavelmente vai se tornar é uma inspiração pra muitas de nós. E é por isso que a gente torce, torce mesmo, pra que dessa vez seja diferente e que ela finalmente tenha uma família estável e consiga ser feliz em um ambiente familiar. Não tem como nós não nos sentirmos destruídos a cada decepção que ela tem.

    E por isso tudo eu fiquei tão chateada com o personagem do Isaac. Porque definitivamente, a Maeve não merece outra pessoa tóxica na sua vida. E até agora foi isso o que ele mostrou ser, principalmente com a atitude do final. Não é justo você omitir coisas pra que alguém goste de você. Essa pessoa tem que gostar de você, apesar de todas as outras coisas. E não por não saber delas. É isso que se chama escolha e você não pode privar isso de ninguém. Não a deixar fazer as próprias escolhas é egoísta demais. Espero mesmo que ele não se torne mais uma pessoa manipuladora na vida da Maeve. Ela precisa de suporte, de honestidade, de alguém estável que ela possa contar e não de mais manipulação. Porém, mais uma vez a série monta um personagem humano, o Isaac erra, mas ele é humano, ele tem suas inseguranças e às vezes agimos de má fé por causa delas. E eu verdadeiramente espero que o Isaac consiga reconhecer seu erro e se redima. Ele também é alguém que carrega muitas dificuldades e torço pra que ele seja o melhor que ele possa ser, pois eu realmente gostaria que ele fosse uma boa pessoa na vida da Maeve. Na verdade, que os dois pudessem ser bons um para o outro, apesar das suas dificuldades.

    E eu preciso MESMO destacar o penúltimo episódio e tudo o que aconteceu com a Aimee. Porque é tão, tão real. E a série não tratou disso de forma superficial ou rápida, ela mostrou como isso foi afetando a personagem, dia a dia, pouco a pouco, até atrapalhar toda a sua vida e os seus relacionamentos. A Aimee mostra como a mulher dentro da nossa sociedade está tão acostumada a ter que relevar certos abusos e encará-los como sendo normais que ela tenta ao máximo aceitar esse tipo de comportamento como sendo "nada demais". Quando no fundo, isso traumatiza e nos machuca de formas nada normais. Doeu por saber o quão real é e como todas nós, mulheres, já passamos por algo parecido e fomos obrigadas, pelas pessoas ao nosso redor, a deixar pra lá ou seríamos tidas como estéricas ou dramáticas. E esse episódio tocou meu coração por mostrar como é extremamente importante poder falar sobre isso e receber APOIO. O diálogo e apoio é fundamental para que a gente enxergue que isso não é aceitável. Por isso é importante que você leve em consideração a mulher que está ao seu lado, no seu trabalho, na sua casa, no bar, seja onde for, pois todas elas guardam pequenas ou grandes feridas como essa. E é por isso que o feminismo luta, pra que a gente não precise mais se sentir assim, vulneráveis ao que a sociedade estipula que a mulher deva ser ou aceitar. Guardarei esse episódio e a cena do ônibus com muito carinho.

    Agora, as últimas considerações: acho todos os atores incríveis, mas o que o Ncuti Gatwa (que faz o Eric) e a Emma Mackey (que faz a Maeve) fazem na série é excepcional. Eles dão uma veracidade pros seus personagens que é incrível. Simplesmente adoro os dois! Outra coisa importante e legal que a série fez foi colocar um cadeirante de verdade para o personagem do Isaac. Isso sim é inclusão e não retratar um personagem cadeirante com um ator que não é. O George Robinson, que faz o Isaac, até comenta sobre isso em uma entrevista, dizendo que existe um histórico de personagens em cadeiras de rodas não serem interpretados por pessoas que realmente usam cadeiras de rodas. Então, mais um ponto positivo e relevante para a série.

    Espero que a série não perca essa essência nas próximas temporadas porque essa definitivamente foi incrível e na minha opinião, ainda superior à primeira.

    (Quantas vezes eu repeti a palavra "incrível" nessa resenha? Haha)

    Nota: 5.0 ♥

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  • Lois Mendes

    Seria impossível julgar a série separadamente por temporadas porque a assisti tão rapidamente que todas as temporadas se tornaram uma só coisa.

    E agora, eu fico me perguntando como não assisti essa série anos antes? Sempre ouvi as pessoas comentando sobre ela, o quanto era boa, o quanto marcou suas vidas, mas nunca realmente me interessei em assistir. Gostaria muito, sim, de tê-la assistido antes. Acredito que faria tanto sentido, provavelmente até mais do que fez agora, há alguns anos atrás na minha vida.

    É uma série que traduz aquele "sentir um quentinho no coração" porque nos sentimos compreendidos, nos vemos nos acertos e nos erros dos personagens, enxergamos a humanidade das pessoas. É muito fácil apontar para a TV e dizer o que eles deveriam fazer ou não fazer quando nas nossas vidas reais, muitas vezes simplesmente tapamos os olhos pra não enxergar certas coisas e não precisarmos tomar certas atitudes.

    É uma série extremamente realista e extremamente verdadeira. Não é um simples "felizes pra sempre", mas nos dá aquele sentimento de esperança. De força. De busca pela mudança, pela melhoria. Nos mostra o quanto a jornada é importante, cada pedacinho dela. Pois é entre o começo e o fim que aprendemos, crescemos e amadurecemos.

    É impossível não questionarmos a relação que temos com as nossas famílias. Não reviver as mágoas. Não se arrepender de palavras ditas e não ditas. Principalmente quanto à relação com as nossas mães. Seria ótimo se todos os relacionamentos entre mães e filhas fossem como o da Lorelai e da Rory, mas a gente sabe que a realidade na maioria das vezes é muito diferente. Pelo menos a minha é. E sabe por quê? Porque é difícil. É difícil conviver grande parte da nossa vida, durante fases difíceis e inconstantes, com alguém que é completamente diferente da gente. Porque muitas vezes sua mãe vai ser. Ela teve outra realidade, outra educação e outras experiências. Talvez ela tenha ideais completamente diferentes dos seus. Uma visão de mundo completamente diferente da sua.

    E bem, no final das contas, pensamos: é nossa mãe. Ela tem a "obrigação" de estar ali. De ser quem ela é. Então, muitas vezes, não nos esforçamos em nada nessa relação. E se ela não é como ela deveria ser ou como você idealiza que ela deveria ser, provavelmente a culpa é única e exclusivamente da sua mãe, que não te entende... E a verdade não é essa.

    Precisamos fazer a nossa parte. Através de todas essas temporadas, eu passei por momentos em que pensei "como eu gostaria que minha mãe fosse assim", mas depois passei por momentos em que enxerguei a importância da singularidade da minha própria mãe e do quão importante foi ela ser quem ela é pra que eu me tornasse quem eu sou hoje. Além de, em vários momentos, enxergar o quanto EU negligenciei a nossa relação. O quanto EU deveria ter feito mais. Um relacionamento, seja de que natureza for, não funciona se só um dos lados trabalhar. Um relacionamento funciona se os dois lados estiverem operando. Quando você não trabalha por ele, o peso fica muito grande para a outra pessoa.

    Às vezes a gente precisa se esforçar pra criar relações, pra mantê-las, pra consertá-las e nem sempre isso é fácil, mas É necessário. Não existe coisa mais dolorosa do que o arrependimento, do que a consciência pesada. Principalmente quando sabemos que seria impossível voltar atrás pra consertar e enxergamos o quanto nosso orgulho bobo, completamente bobo, nos impediu de fazer tantas coisas. E cara, NADA é pra sempre. Não espere pra fazer algo amanhã, você não sabe COMO o amanhã vai chegar pra você. Não enxergue sua mãe ou seus amigos como pessoas que sempre estarão ali e que por causa disso você pode "deixar pra se esforçar depois". Ninguém tem a obrigação de permanecer na vida de ninguém, isso é óbvio. Então, se alguém ESCOLHEU estar na sua vida, valorize essa pessoa.

    A verdade é que a gente para de se esforçar nos nossos relacionamentos, sabe? A gente para de dar importância pra coisas e pessoas tão importantes simplesmente porque nos acomodamos. Achamos que elas estarão sempre ali porque sempre estiveram. Mas não é assim que funciona. Nós cometemos o erro de "deixar pra lá" quando se torna difícil demais. E a grande verdade, a que sabemos e estamos cansados de ouvir, é que não podemos perder tempo porque por mais que nunca seja tarde demais, o tempo que a gente perde, não volta.

    E nem sempre todas as pessoas que começaram com a gente vão ficar até o final. Nem sempre as pessoas que encontramos no caminho irão ficar com a gente até o final. Mas ainda assim, temos que saber compreender a importância de cada uma delas. Nos faz enxergar o quanto nossas batalhas não precisam ser enfrentadas sozinha. E que o apoio muitas vezes está ali, só depende de nós ir buscá-lo.

    Percebi agora o quanto é difícil falar dessa série. Acho que foi por isso que enrolei tanto tempo pra tentar escrever algo sobre porque inconscientemente eu sabia o quão difícil seria e que dificilmente eu conseguiria expor tudo o que eu gostaria. Mas bem, é melhor dizer algo, mesmo que não seja tudo, do que não dizer nada, certo?

    Foram muitos sentimentos e muitas reflexões nessas sete temporadas. Cada um desses personagens tem um lugarzinho ocupado aqui dentro agora. E cada um deles me ensinou ou me fez tirar as mãos dos olhos pra enxergar alguma coisa. Tenho certeza que cada um de nós tem um dos meninos como preferido, né? Eu sei que eu tenho, haha. Mas acredito que todos eles tiveram a sua importância e bem, a vida dos outros não é nossa escolha, certo? A Rory é uma personagem que eu me identifiquei demais. Principalmente pelo amor ao conhecimento, à leitura e ao aprendizado. Foi inspirador poder enxergar tudo isso através dela. Me vi muitos momentos na Lorelai também, em certas atitudes suas. Mas no fim das contas, tenho certeza que nos vimos um pouco em cada um dos personagens, de alguma forma.

    Com certeza guardarei Gilmore Girls no fundinho da minha alma e do meu coração e ainda reassistirei várias vezes. Sempre que me sentir sozinha.

    Essa é uma série que não envelhece. Porque certas coisas simplesmente não envelhecem, certas coisas fazem parte da nossa vida sempre.

    Tenho certeza que todos nós, em algum momento, desejamos viver em uma cidadezinha como essa. Onde apesar das "confusões", a paz, o companheirismo e a alegria sempre se sobrepõem.

    Outro ponto importantíssimo dessa série: a trilha sonora e as referências musicais! Que coisa simplesmente maravilhosa! Pra mim, que tenho o coração e a alma dentro do universo Rock and Roll, tornou a experiência ainda mais gostosa. Fora a participação do nosso querido Sebastião, que foi simplesmente fantástica! E completamente inesperada, pelo menos pra mim.

    Agora, nesse momento, ainda estou vivenciando aquela sensação em que eu não quero deixar essa história pra trás. Ainda não. Por isso não consegui assistir ao filme até agora. Pra manter aquela sensação de saber que ainda não acabou, que ainda existe algo inédito pra ver.

    Uffa, acho que é isso, finalmente. É uma série que vale muitíssimo a pena ser assistida, se vocês puderem, deem uma chance. ♥

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