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Últimas opiniões enviadas

  • Mauricio Biscaia

    Seria uma sátira ou homenagem aos filmes e à estética de Yasujiro Ozu?
    Provavelmente um pouco de cada.
    Os enredos de dramas familiares, com casais conflituosos ou com filhas solteiras em dúvida se devem se casar ou não, são aqui subvertidos para um drama familiar quase pornográfico e quase incestuoso (com imagens até bem comportadas, na verdade, em comparação com outros filmes eróticos japoneses da época).
    Esteticamente, o filme não faz absolutamente sentido nenhum sem ter como refererência primordial os filmes de Ozu, parecendo até mesmo os atores estarem robotizados. Propositalmente, cada plano, cada enquadramento, cada encenação, cada movimento dos atores, é pensado pra fazer referência ao grande mestre do cinema clássico japonês, mas parecendo sempre no limiar entre o reverenciamento e a subversão.
    O enredo e as cenas de sexo são pouco empolgantes. O mais divertido e interessante mesmo é ver Ozu o tempo todo, com a cara dos anos 80.

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  • Mauricio Biscaia

    Visto fora de seu contexto, o curta pode parecer um mero registro de uma festa popular numa cidadezinha esquecida no interior de Santa Catarina. Mas é um registro grandioso da luta pela memória e pela busca de uma identidade construída a partir de baixo.
    Havia naquele momento um movimento de construção de uma identidade catarinense, pois como destaca o filme, existe no imaginário popular uma imagem consolidada de um "típico" gaúcho ou um carioca. Mas quem é o catarinense?
    Uma das vertentes, e que é valorizada pelo filme, reivindicava como representativa a cultura do povo camponês e caboclo outrora expulso de suas terras e massacrado na Guerra do Contestado.
    Poucos anos depois, contudo, vence e impõe-se a narrativa do imigrante europeu (especialmente alemão) e sua alegada cultura para o trabalho e empreendedorismo como símbolo maior da identidade catarinense, muitas vezes negando a diversidade, e silenciando movimentos de resistência.

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  • Mauricio Biscaia

    Primeiro longa-metragem ficcional produzido em Santa Catarina, em Florianópolis.
    Inspirado no neo-realismo italiano e em Rio 40 graus, de Nelson Pereira dos Santos, representava questões sociais, tendo a própria cidade como cenário.

    Mas devido à baixa qualidade ténica do som, o filme acabou não fazendo muito sucesso em sua época e, infelizmente, acabou por não ser preservado. Considerado perdido em quase sua totalidade, restam apenas 7 minutos da fita, trecho que pode facilmente ser encontrado no YouTube.

    O documentário "O filme que ninguém viu" conta a história de sua produção.

    Em 2008, foi feito o curta "Desilusão", um remake ambientado na Florianópolis contemporânea.

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