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São Paulo - (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Mônica de Almeida Dias 💕

    É um bom filme, realmente é bem longo, mas possui história suficiente para ocupar este tempo.

    Lembra o filme "Tarde Demais" (1949), com a Olivia de Havilland, inclusive a atriz Lily Gladstone é parecida com ela, ambas possuem o mesmo olhar e as cenas finais das duas são semelhantes nos dois filmes. Gostei da escolha dessa atriz.

    Em contrapartida, o filme possui problemas de edição. A primeira parte do filme é interessante, pois descreve o contexto histórico das famílias e de toda a situação criminosa que ocorria no local que necessitava de investigação.

    Entretanto, a segunda parte é muito extensa e poderia ter sido reduzida, pois deu um grande foco nos diálogos e planos dos assassinos. Acredito que a maioria das pessoas já tinha entendido a intenção deles desde os primeiros minutos, inclusive a personagem feminina principal: interesse no dinheiro deles.

    Na segunda parte do filme, o protagonismo indígena se torna secundário, eles perdem tempo de tela e só aparecem para serem manipulados e sofrer. Não gostei dessa parte, pois mostrou muito abuso e poucas cenas de indignação, parecia mais um filme de máfia do Scorsese.

    A terceira parte, envolvendo o surgimento do FBI e as cenas de julgamento, retoma o ritmo do filme. O nome do J. Edgar Hoover, primeiro diretor do FBI, foi citado várias vezes, mas ele não aparece em nenhuma cena.
    Coincidentemente, o ator Leonardo DiCaprio fez um filme sobre ele, em que ele era J. Edgar Hoover, o nome do filme é "J. Edgar" (2011), o diretor foi o Clint Eastwood.
    Além disso, o aparecimento dos atores Brendan Fraser e Jesse Plemons melhora o andamento do filme.

    O final do filme é corrido, gostei da homenagem ao rádio, mas acredito que era necessário ter dado mais atenção para o desfecho mostrando as cenas, pois ficou meio "Orson Welles narrando Guerra dos Mundos", isto é, o assunto ficou meio teatral, como se a história do filme fosse baseada em ficção, sendo uma radionovela. Assim, apesar do diretor aparecer no final, a cena poderia ter sido mesclada com cenas que retratassem os fatos narrados, elas poderiam ser narradas só por ele.

    O roteiro é bom, é adaptado de um livro de mesmo nome, mas o filme passou a mensagem que estava mais interessado em mostrar os assassinos ambiciosos e as interpretações de Leonardo DiCaprio e Robert De Niro do que defender os indígenas, pois a maior parte do tempo de tela é ocupada por eles, os indígenas são mostrados como pessoas extremamente ingênuas e manipuláveis, que aceitavam as injustiças de forma passiva a maior parte do tempo.

    A trilha sonora é sombria e é utilizada como um "Bolero de Ravel", mas acredito que eles poderiam ter utilizado mais músicas folk indígenas, pois com certeza existiam centenas e isto evitaria a utilização da mesma música várias vezes. Visto ser um filme que fala dos indígenas, seria legal ter utilizado as músicas folclóricas dos indígenas.

    Em resumo, é uma história triste, pesada, como citado, chegou um momento que parecia mais um filme de máfia que o Scorsese fez no passado, mas acredito que realmente foi um problema de edição.

    Dessa forma, este filme retrata uma história importante e que precisava ser contada.

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  • Mônica de Almeida Dias 💕

    "Vidas Passadas" é do tipo de filme que abre muitas ilusões nas pessoas, mas também pode ajudar a fechar.

    "Almas Gêmeas", no sentido amoroso, são aquelas pessoas que escolhem ficar juntas e são felizes juntas, porque elas se complementam.

    O casal de amigos mostrado neste filme vive se separando e por longos períodos de tempo, é uma vida de ausência, tão ausente que é possível construir uma vida dentro desta ausência, e foi o que aconteceu.

    Logo, eles não eram "almas gêmeas" no sentido amoroso, pois é impossível ter um relacionamento estável assim. A amizade deles era alimentada por memórias e muitas suposições, que geravam estagnação mental e depois causaram sofrimento em ambos.

    O filme mostra a história de amigos que vivem só de memórias da infância e projeções do passado, que idealizam como a vida poderia ter "sido", mas não foi e não é.

    As pessoas possuem uma inclinação para romantizar e idealizar amores passados não concretizados, mas muitas vezes é necessário se curar e seguir em frente. É fácil falar isso e complexo de exercer, mas é a verdade.

    Aceitar fins de ciclo é difícil, mas cada pessoa que passa pela nossa vida tenta ensinar algo, mesmo que de forma inconsciente, mesmo que ela não saiba que ensinou, são poucas as que conseguem fazer isto, por isto elas ficam na nossa memória e se a presença delas foi intensa, talvez vamos lembrar com detalhes da sua passagem.

    O homem que casou com ela e a escutou falar de pessoas do passado era o verdadeiro "destino" dela, pois só uma pessoa que ama a outra tem paciência suficiente para aguentar este tipo de situação e não ir embora.
    Além disso, ele nunca se esquivou de responsabilidades e prestou atenção em detalhes importantes, se esforçando para manter o relacionamento, como aprender o idioma dela. Enquanto o amigo, quando questionado sobre a possibilidade de visitá-la elencou uma lista de prioridades pessoais, sendo que a primeira não incluía vê-la.

    Desde o início do filme o amigo disse que só estava com "saudade", depois estabeleceu um prazo muito grande para vê-la e por fim disse que estava de "passagem". Essas não são atitudes muito firmes e nem que conferem a ideia de "permanência".

    Acredito que o filme quis ensinar a ficarmos com as pessoas que permanecem conosco.

    Se duas pessoas não ficam juntas, nem por todo diálogo, memória afetiva ou esforço do mundo, elas não são almas gêmeas, no sentido amoroso. Se elas se afastam, mas realmente é "destino", elas se reencontram e ficam juntas sem muito drama, é simples.

    Ficar pensando em amores do passado não concretizados gera estagnação, alimenta ilusões, é desrespeitoso com os parceiros atuais, mesmo que eles sejam compreensivos, e não torna aquela situação "destino", isto não faz nem sentido, porque o "destino" da protagonista direcionou ela para outros caminhos.

    O passado pode ser consultado nos momentos certos, mas não pode dirigir a vida das pessoas, pois é o presente que determina o futuro e não o passado. O final do filme foi coerente.

    O roteiro não é original, mas é bem feito e tenta ser sensível ao mesmo tempo que é realista.

    Na verdade, parece uma junção dos filmes da franquia "Antes do Amanhecer" com "Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo", em que a protagonista ficava criando realidades diferentes da que ela tinha e verificando em qual delas seria mais feliz, só foi tirada a parte da fantasia e ao invés da filha é um amigo.

    A fotografia do filme é bonita. É um dos melhores filmes atuais que conseguiu captar a grandeza e a beleza de New York.
    A trilha sonora é sutil e combina com o filme. A duração do filme é adequada.

    Em uma análise aprofundada é um filme mediano, mas nesses aspectos que mencionei é bom.

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  • Mônica de Almeida Dias 💕

    É um filme regular. A diretora deu bastante ênfase na parte de arte do filme, principalmente nos quesitos de figurino, maquiagem e produção de arte. Dessa forma, é um filme tecnicamente bem trabalhado e ambientado nestas áreas.

    Exceto pela escolha das músicas ter ficado um pouco repetitiva, pois os estilos de músicas utilizados neste filme já foram aplicados em outros filmes biográficos dirigidos por ela, principalmente em "Maria Antonieta" (2006).
    Isto não é um problema, mas demonstra uma certa "zona de conforto" por parte da diretora, no sentido que não são músicas ruins, só a aplicação delas não é mais nenhuma novidade, se tornando uma espécie de assinatura.

    Além disso, apesar do filme ser sobre a Priscilla Beaulieu e expor a visão dela em relação ao relacionamento dela com o Elvis, a falta de canções do Elvis, principalmente no final, nas cenas de shows dele, deixou a experiência imersiva da história um pouco incompleta e até mesmo trouxe uma sensação de vazio e silêncio.

    Vale ressaltar, que muitas partes ficaram um pouco exageradas, como tentar retratar a Priscilla, o tempo todo, desde a primeira cena, como uma "boneca", vestindo ela como uma boneca, colocando e retirando os cílios toda hora, pintando as unhas, penteando o cabelo e trocando de roupa o tempo todo. Antes mesmo de qualquer pedido do Elvis e depois intensificando com as exigências. Isto deixou tudo artificial.

    A relação dos dois é mostrada de uma forma idealizada e turbulenta, contudo, em alguns momentos, sinceramente, parecia que estava assistindo o filme "Lolita" (1997).

    Isto gerou um sentimento de incômodo, não sei se foi esta a intenção da diretora, mas foi o que senti. Em alguns momentos, mesmo com toda aquela atmosfera de "arte", parecia um pouco perturbador e doentio, principalmente quando inseriram drogas alucinógenas e para dormir.

    Em outros momentos, lembrava a série "Euphoria", inclusive o Jacob Elordi que interpreta o Elvis participa dessa série, ou um clipe da cantora Lana Del Rey, que já utilizou a obra "Lolita" e a Priscilla Presley como inspirações.
    Assim, a intenção de algumas cenas é um pouco incerta, visto que a obra "Lolita" retrata um crime, apesar dos diálogos deste filme sugerirem o contrário. Então, fica um questionamento do que é realmente uma crítica e do que é uso intencional romantizado.

    Bom, fora esses pontos. Gostei de como o filme mostrou que apesar do tratamento que ela recebeu, do desrespeito e das traições que ela sofreu a Priscilla conseguiu seguir em frente, desenvolveu uma carreira de sucesso no cinema como atriz, se tornou uma escritora e uma grande empresária. Essas partes não passam no filme, mas foi legal ver a partida.

    Gostei mais da interpretação desse ator, Jacob Elordi, como Elvis e gostei mais desse filme sobre parte da vida dele com a Priscilla Beaulieu do que do filme "Elvis" lançado no ano passado, pois este é um filme menos frenético, a atriz que interpretou a Priscilla foi mais competente e a aparência desse ator e sobretudo a voz dele é mais parecida com a do Elvis e é mais agradável.

    Em resumo, é um filme interessante que mostra o crescimento e amadurecimento da Priscilla Beaulieu da adolescência na Alemanha até a independência na fase adulta. No final, temos Dolly Parton.

    Não é um filme muito longo, então não é cansativo. Baseado em um livro escrito pela própria Priscilla Beaulieu, que inclusive auxiliou a produzir o filme, ele é basicamente um resumo da história de vida dela e da relação dela com o Elvis.

    Assim, algumas cenas podem ser meio incômodas, mas, como a própria Priscilla Beaulieu auxiliou a produzir este filme, ele é baseado no livro que ela escreveu sobre a relação dos dois, os atores são maiores de idade e ele foi aprovado para exibição, ele deve ser o material mais "fiel" que temos sobre esta história e pelo menos serve para refletir sobre a vida.

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