O longa é baseado no livro Denial, da historiara Deborah E. Lipstadt.
E em tempos tão sombrios, todos devemos assistir ao longa de Mick Jackson, e conhecer mesmo que por alto, a luta judicial entre a historiadora Deborah E. Lipstadt (vivida pela diva Rachel Weisz), contra David Irving, escritor inglês que afirma a negação do Holocausto, (vivido por Timothy Spall, com uma atuação digna, mas que ainda lembra seu trabalho na saga Harry Potter).
Negação é um filme que tem como temática básica o Holocausto, mas para mim, como historiadora ele é um “combate pela História”. Pois ele nos toca, e nos diz a importância do nosso trabalho, e da luta diária que é pesquisar com qualidade.
Precisa ser visto e refletido, principalmente nos dias de hoje com a ascensão de uma direita conservadora, e de nomes como: Bolsonaro e Donald Trump.
Obs: Tom Wilkinson nos brinda com uma atuação maravilhosa.
Noah Baumbach merece que demos mais atenção a seus filmes, ele é puro, desafiador, inteligente, denso. Seus filmes não falam à todos, falam aos mais sensíveis, aos sonhadores.
Greta Gerwig é um furacão, nos leva a amar seus filmes, a adorar suas personagens, é uma preciosidade em tempos não infrutíferos da indústria do cinema.
Juntos, Noah e Greta são poesia para quem ama ler, música aos ouvidos atentos. É simples, sutil, e ao mesmo tempo é muito complexo, é o retrato de uma sociedade, é a voz de mulheres de distintas gerações, de diferentes continentes, é um emaranhado de relações, é Frances Ha, e Mistress America.
Se em 2013 Frances Ha aqueceu nossos corações, em 2016 Mistress America, nos contará a história de Brooke (Greta Gerwig ) e Tracy (Lola Kirke), duas quase irmãs, de diferentes gerações que se encontram na Nova York contemporânea. O longa nos apresenta os dilemas de duas gerações, de duas famílias, de uma sociedade atual compartimentada e capitalista, e nos leva a refletir sobre nosso lugar no mundo, e principalmente, nos mostra que nem todos cabem em um compartimento, que somos singulares, únicos, complexos. E que cada um de nós amadurece de sua forma. Quando somos crianças, crescemos com a mentalidade de que precisamos seguir um padrão para nos estabilizar, ter casa, carro, formar família, ganhar dinheiro. Mas esse modelo fechado, não nos mostra a dificuldade de crescer, de ser adulto, de se enquadrar, de ter sucesso, não nos ensina a dor que é fracassar. Somos cobrados por coisas que deveriam ser mais do que resultados. Mistress America nos leva a essa reflexão, a partir das duas protagonistas, e em tempos aonde ser mulher ainda é tão mais complicado do que ser homem, o longa, merece ser visto, entendido e refletido.
É um filme com diálogos inteligentes, uma fotografia impecável, ótimas atuações. O início te cativa, o meio te confunde, você tem altos e baixos, mas o fim, justifica aquilo que pode ter ficado confuso.
“Meadow tornou mulheres gordas ricas, menos gordas, crianças chatas ricas, menos chatas, e homens aborrecidos ricos, menos aborrecidos. E ela queria tanto passar para o outro lado, ser gorda e chata, aborrecida e rica. Mas o que ela não via, mas do que a impossibilidade de abrir o restaurante, era que essas pessoas não eram nada compradas a ela. Eram lenha na sua fogueira. Ela era o último caubói, uma romântica fracassada. O mundo mudava, e não os como ela, não tinham lugar para ir. Ser uma luz de esperança para as pessoas infelizes é um trabalho solitário.”
Esse bla, bla, blá, de que mudou o livro, pois o longa criou a personagem da menina, é desnecessária. Pois a essência do livro de Antoine de Saint-Exupéry permanece totalmente.
Em questões técnicas, o filme arrasa: animação, música, fotografia. TUDO!
Se chorei, chorei bastante, pois “a gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.”
Não imaginava que era grande coisa, vi sem grandes expectativas. Mas o longa, mostrou uma delicadeza, uma força, uma peculiaridade incomum nos filmes românticos. Chris Evans estreou muito bem na direção.
Além de uma competente direção, tem uma atuação além da média. Sua química com Alice Eve, foi perfeita.
Before We Go, é bem dirigido, tem um bom roteiro, uma boa fotografia, e uma excelente trilha sonora. Além de ótimas atuações.
Before We Go é encantador!
Ps: Sim, há várias referências há outros filmes. Mas isso não é novidade.
Um assunto tão relevante trabalhado de uma forma tão suave, a Disney Pixar conseguiu levar para uma animação o funcionamento da mente humana, de uma forma brilhante. Coisa que muitos filmes adultos não conseguem fazer. (rs)
Christopher Nolan não é unanimidade, mas com certeza é, um dos maiores e melhores cineastas do presente. E Interestelar é seu apogeu. A crítica “especializada” não recebeu bem o longa, pois ele era audacioso demais, de acordo com eles, Nolan havia se perdido ao falar de buracos negros e de gravidade.
Mas, Nolan nos deu Interestelar, que é um filme que usa a terra, o espaço, a gravidade, como pontos importantes para o eixo fundamental do longa, que é a humanidade, a vida. É a jornada não linear da vida (por isso, o filme não é linear, pois a vida não é), que nos leva refletir, sobre aquilo que somos e principalmente aquilo que deixamos e cultivamos, sobre o amor, sobre a dor, e sobre a superação.
Com excelentes atuações de Anne Hathaway, Matthew McConaughey, Michael Caine, Jessica Chastain e com uma participação seca de Matt Damon, Nolan nos permite pensar em nós mesmos, em nossas escolhas, e entender que o tempo é diferente para cada um de nós, e que no fundo o que vale é a jornada, é o amor.
Interestelar é uma obra prima. Definitivamente, Nolan nos deixa inebriados ao sair do cinema, lembro-me de sentir exatamente assim, ao ver A Origem em 2010.
Frio, real, denso. O longa de Nagisa Oshima, não é sobre a falta limite e sim, sobre vontade, desejo, conceitualmente seria a vontade de potência Nietzschiana, a verdadeira humanidade, aquilo que cada um de nós esconde de si mesmo, da sociedade. O Império dos Sentidos, pode chocar por mostrar os limites e as vontades mais ocultas do homem. Além de todas as questões filosóficas presentes na narrativa, podemos enxergar um debate social e político sobre a relação homem/mulher, trabalhada de uma maneira ímpar. Uma frase não me sai da cabeça desde o fim do filme: "Vontade – eis o nome do libertador e mensageiro da alegria: assim vos ensinei eu, meus amigos." [Da Redenção. Friedrich Nietzsche, In: Assim Falou Zaratustra].
Praia do Futuro: Ímpar, Completo, Maravilhoso, Humano, e a prova da HIPOCRISIA da nossa sociedade Ficou nítido pelos absurdos de alguns cinemas no Brasil ao "avisarem" das cenas sexuais do longa e pelo comportamento do público ao sair das salas de exibição e pelos comentários preconceituosos, que o Brasil não está pronto para "Praia do Futuro". Apesar de nos considerarmos um país "acolhedor", liberal, grande parte de nossa sociedade é extremamente conservadora, e preconceituosa e digo, até homofóbica, o que é um paradoxo, pois o nosso cinema comercial é sexual, a nossa televisão idem, assim como nossa literatura. Mas ficou claro, com "Praia do Futuro", que o sexo tem que ser entre homem e mulher. Aceitamos o homossexualismo, carregado de comédia, de personagens caricatos que se perpetuam em nossa televisão. O conservadorismo de nossa sociedade é preocupante, afinal, além da aceitação que somos todos iguais, e que a opção sexual é livre de cada ser humano, a liberdade e o respeito devem ser inatas à todos. E vemos que não é, pesquisas acadêmicas comprovam que a intolerância de hoje é maior do que nos tempos Inquisitoriais da América Portuguesa, a caça as bruxas, aos ditos "infiéis" matou menos, do que o preconceito contemporâneo. Além de questões de cidadania, o brasileiro no geral (há exceções), é um público de cinema comercial, Hollywoodiano, de comédia ou de violência extrema, pouco refletimos sobre roteiros densos e complexos com o de "Praia do Futuro", o longa, é completo, vivo, sagaz, relata o ser humano e um amor real, que passa por barreiras, relata os dramas particulares de cada um e de suas famílias, as escolhas e as consequências delas. Pelo relacionamento de Donato (Wagner Moura, nos mostrando o seu melhor) e Konrad (Clemens Schick) pensamos em um amor cotidiano, vivenciamos as brigas e as reconciliações, encontramos a vida, a plenitude do ser, do viver e do amar. Donato e seu irmão Ayrton (Jesuíta Barbosa) são a base do tripé do longa, de um lado há o irmão Ayrton, a mãe, o Brasil, o trabalho de salva-vidas (Ato 1 do longa), do outro lado do tripé, temos Konrad, o novo, o amor, Berlim, e a nova vida de Donato (Ato 2 do longa) e o por fim temos o embate das escolhas tomadas, a culpa, a dor, o medo (Ato 3 do longa), com uma direção primorosa de Karim Aïnouz (do maravilhoso, Madame Satã), que fez a divisão do filme em atos, o que é uma prática pouco usada, mas é maravilhosa, que deu força ao longa. A atuação de Schick, é plena, assim como a de Wagner Moura, que mais uma vez prova que é um ator único, completo, essencialmente sensível. Independente de ser o capitão Nascimento ou Donato, suas atuações mostram a qualidade que nosso cinema e televisão podem chegar. Além de termos um público que aceita bem a violência extrema e o sexo entre homem e mulher (exemplos: Tropa de Elite e E aí comeu?), além dos muitos filmes importados, temos uma sociedade hipócrita, falsamente liberal e extremamente conservadora (vide polêmicas com filmes recentes como, Azul é a Cor Mais Quente e Ninfomaníaca), não há debates. E "Praia do Futuro" é único, raro, de uma sutileza ímpar. Já basta, o conservadorismo e hipocrisia na política, impregnado na sociedade de um forma geral, no cinema ele não cabe, a arte é livre, rompe barreiras e o cinema é vida, é amor, é humano, é como já nos ensinou Fellini, "um modo divino de contar a vida."
A magia Disney está de volta! Frozen é inovador, mágico, nos apresenta um verdadeiro "true love". É completo, perfeito tecnicamente, no roteiro e na trilha sonora. Um encanto, uma perfeição...Uma verdadeira história de amor! ♥
Um filme sobre uma vida, sobre o amor, sobre a dor que é viver, amar e resistir. Um filme verdadeiramente encantador...
"Eu sempre soube. Isso era muito bom para ser verdade. Que não podia durar. Que a vida não é assim, a vida não é generosa. Você não deve amar alguém. Você não deve se apegar a alguém. A vida tira isso. Leva tudo longe de você e ri na sua cara. Ela te trai."[Elise para Didier]
Clube de Compras Dallas, no original Dallas Buyers Club, do diretor Jean-Marc Vallée, tem história que foi escrita por Craig Borten e Mellisa Wallack, e conta a jornada de Ron Woodroof, um eletricista heterossexual de Dallas, que em 1986, no auge do HIV, descobre ser portador do vírus HIV. Além de atuações magníficas de Matthew McConaughey e Jared Leto. A história de Ron, nos mostra como o contexto social daquela sociedade o atingiu, percebemos o papel das companhias farmacêuticas, em uma história recente e dolorosa. Não caindo no preconceito e nem na banalização. É um filme ímpar, que da voz ao personagem e a sua história.
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Madame Teia
2.1 229 Assista AgoraÉ um filme mediano, de origem de personagens, mas este deixa várias brechas. Fato que já aconteceu em vários filmes.
Mesmo assim, é melhor do que os filmes do Thor, da Capitã Marvel, The Marvels, de Eternos, e do Dr. Estranho 2.
Apesar de ser fã da Marvel é preciso aceitar que a casa dos senhos andou perdendo a mão. Mas acho que o fandom não está preparado para essa conversa.
Vidas Passadas
4.2 716 Assista AgoraQue filme lindo! ❤️
De uma sensibilidade que tem faltado ao cinema atualmente.
Além de tudo, uma homenagem a Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças.
Crush no Arthur.
A Vida É Agora
1.9 33 Assista AgoraÉ tão ruim que dói.
Isabella: O Caso Nardoni
3.1 127Achei péssimo! Sem aprofundamento. Só o que salva é a emoção da mãe e dos avós da Isabella.
Argentina, 1985
4.3 334“Nunca mais!”
A Caverna
2.7 290 Assista AgoraUm tempo perdido na vida, é o tempo gasto com esse filme.
Negação
3.8 132 Assista AgoraFaltam palavras para descrever esse filme.
O longa é baseado no livro Denial, da historiara Deborah E. Lipstadt.
E em tempos tão sombrios, todos devemos assistir ao longa de Mick Jackson, e conhecer mesmo que por alto, a luta judicial entre a historiadora Deborah E. Lipstadt (vivida pela diva Rachel Weisz), contra David Irving, escritor inglês que afirma a negação do Holocausto, (vivido por Timothy Spall, com uma atuação digna, mas que ainda lembra seu trabalho na saga Harry Potter).
Negação é um filme que tem como temática básica o Holocausto, mas para mim, como historiadora ele é um “combate pela História”. Pois ele nos toca, e nos diz a importância do nosso trabalho, e da luta diária que é pesquisar com qualidade.
Precisa ser visto e refletido, principalmente nos dias de hoje com a ascensão de uma direita conservadora, e de nomes como: Bolsonaro e Donald Trump.
Obs: Tom Wilkinson nos brinda com uma atuação maravilhosa.
Snowden: Herói ou Traidor
3.8 411 Assista AgoraPrimoroso, bem dirigido, ótimas atuações.
E sim, Snowden, é um herói!
Creed: Nascido para Lutar
4.0 1,1K Assista AgoraO longa de Ryan Coogler, é PERFEITO!
Um sentimento: nostalgia!
As Sufragistas
4.1 778 Assista Agora"War is the only language men listen to."
As sufragistas (Suffragette) é um filme necessário, e ponto. Nada mais precisa ser dito
Mistress America
3.5 210A complexidade disfarçada de Mistress America:
Noah Baumbach merece que demos mais atenção a seus filmes, ele é puro, desafiador, inteligente, denso. Seus filmes não falam à todos, falam aos mais sensíveis, aos sonhadores.
Greta Gerwig é um furacão, nos leva a amar seus filmes, a adorar suas personagens, é uma preciosidade em tempos não infrutíferos da indústria do cinema.
Juntos, Noah e Greta são poesia para quem ama ler, música aos ouvidos atentos. É simples, sutil, e ao mesmo tempo é muito complexo, é o retrato de uma sociedade, é a voz de mulheres de distintas gerações, de diferentes continentes, é um emaranhado de relações, é Frances Ha, e Mistress America.
Se em 2013 Frances Ha aqueceu nossos corações, em 2016 Mistress America, nos contará a história de Brooke (Greta Gerwig ) e Tracy (Lola Kirke), duas quase irmãs, de diferentes gerações que se encontram na Nova York contemporânea. O longa nos apresenta os dilemas de duas gerações, de duas famílias, de uma sociedade atual compartimentada e capitalista, e nos leva a refletir sobre nosso lugar no mundo, e principalmente, nos mostra que nem todos cabem em um compartimento, que somos singulares, únicos, complexos. E que cada um de nós amadurece de sua forma. Quando somos crianças, crescemos com a mentalidade de que precisamos seguir um padrão para nos estabilizar, ter casa, carro, formar família, ganhar dinheiro. Mas esse modelo fechado, não nos mostra a dificuldade de crescer, de ser adulto, de se enquadrar, de ter sucesso, não nos ensina a dor que é fracassar. Somos cobrados por coisas que deveriam ser mais do que resultados. Mistress America nos leva a essa reflexão, a partir das duas protagonistas, e em tempos aonde ser mulher ainda é tão mais complicado do que ser homem, o longa, merece ser visto, entendido e refletido.
É um filme com diálogos inteligentes, uma fotografia impecável, ótimas atuações. O início te cativa, o meio te confunde, você tem altos e baixos, mas o fim, justifica aquilo que pode ter ficado confuso.
“Meadow tornou mulheres gordas ricas, menos gordas, crianças chatas ricas, menos chatas, e homens aborrecidos ricos, menos aborrecidos. E ela queria tanto passar para o outro lado, ser gorda e chata, aborrecida e rica. Mas o que ela não via, mas do que a impossibilidade de abrir o restaurante, era que essas pessoas não eram nada compradas a ela. Eram lenha na sua fogueira. Ela era o último caubói, uma romântica fracassada. O mundo mudava, e não os como ela, não tinham lugar para ir. Ser uma luz de esperança para as pessoas infelizes é um trabalho solitário.”
O Pequeno Príncipe
4.2 1,1K Assista AgoraÉ puro, é mágico. É apaixonante.
Esse bla, bla, blá, de que mudou o livro, pois o longa criou a personagem da menina, é desnecessária. Pois a essência do livro de Antoine de Saint-Exupéry permanece totalmente.
Em questões técnicas, o filme arrasa: animação, música, fotografia. TUDO!
Se chorei, chorei bastante, pois “a gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.”
Antes do Adeus
3.5 308 Assista Agora“Acho que era nosso destino nos encontrarmos. ’’
Não imaginava que era grande coisa, vi sem grandes expectativas. Mas o longa, mostrou uma delicadeza, uma força, uma peculiaridade incomum nos filmes românticos. Chris Evans estreou muito bem na direção.
Além de uma competente direção, tem uma atuação além da média. Sua química com Alice Eve, foi perfeita.
Before We Go, é bem dirigido, tem um bom roteiro, uma boa fotografia, e uma excelente trilha sonora. Além de ótimas atuações.
Before We Go é encantador!
Ps: Sim, há várias referências há outros filmes. Mas isso não é novidade.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraSimplesmente encantador!
Um misto de emoções ao ver o filme!
Um assunto tão relevante trabalhado de uma forma tão suave, a Disney Pixar conseguiu levar para uma animação o funcionamento da mente humana, de uma forma brilhante. Coisa que muitos filmes adultos não conseguem fazer. (rs)
Muito amor por, Divertida Mente!
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraChristopher Nolan não é unanimidade, mas com certeza é, um dos maiores e melhores cineastas do presente. E Interestelar é seu apogeu. A crítica “especializada” não recebeu bem o longa, pois ele era audacioso demais, de acordo com eles, Nolan havia se perdido ao falar de buracos negros e de gravidade.
Mas, Nolan nos deu Interestelar, que é um filme que usa a terra, o espaço, a gravidade, como pontos importantes para o eixo fundamental do longa, que é a humanidade, a vida. É a jornada não linear da vida (por isso, o filme não é linear, pois a vida não é), que nos leva refletir, sobre aquilo que somos e principalmente aquilo que deixamos e cultivamos, sobre o amor, sobre a dor, e sobre a superação.
Com excelentes atuações de Anne Hathaway, Matthew McConaughey, Michael Caine, Jessica Chastain e com uma participação seca de Matt Damon, Nolan nos permite pensar em nós mesmos, em nossas escolhas, e entender que o tempo é diferente para cada um de nós, e que no fundo o que vale é a jornada, é o amor.
Interestelar é uma obra prima. Definitivamente, Nolan nos deixa inebriados ao sair do cinema, lembro-me de sentir exatamente assim, ao ver A Origem em 2010.
O Império dos Sentidos
3.3 304 Assista AgoraFrio, real, denso. O longa de Nagisa Oshima, não é sobre a falta limite e sim, sobre vontade, desejo, conceitualmente seria a vontade de potência Nietzschiana, a verdadeira humanidade, aquilo que cada um de nós esconde de si mesmo, da sociedade. O Império dos Sentidos, pode chocar por mostrar os limites e as vontades mais ocultas do homem. Além de todas as questões filosóficas presentes na narrativa, podemos enxergar um debate social e político sobre a relação homem/mulher, trabalhada de uma maneira ímpar. Uma frase não me sai da cabeça desde o fim do filme: "Vontade – eis o nome do libertador e mensageiro da alegria: assim vos ensinei eu, meus amigos." [Da Redenção. Friedrich Nietzsche, In: Assim Falou Zaratustra].
Praia do Futuro
3.4 932 Assista AgoraPraia do Futuro: Ímpar, Completo, Maravilhoso, Humano, e a prova da HIPOCRISIA da nossa sociedade
Ficou nítido pelos absurdos de alguns cinemas no Brasil ao "avisarem" das cenas sexuais do longa e pelo comportamento do público ao sair das salas de exibição e pelos comentários preconceituosos, que o Brasil não está pronto para "Praia do Futuro".
Apesar de nos considerarmos um país "acolhedor", liberal, grande parte de nossa sociedade é extremamente conservadora, e preconceituosa e digo, até homofóbica, o que é um paradoxo, pois o nosso cinema comercial é sexual, a nossa televisão idem, assim como nossa literatura. Mas ficou claro, com "Praia do Futuro", que o sexo tem que ser entre homem e mulher. Aceitamos o homossexualismo, carregado de comédia, de personagens caricatos que se perpetuam em nossa televisão.
O conservadorismo de nossa sociedade é preocupante, afinal, além da aceitação que somos todos iguais, e que a opção sexual é livre de cada ser humano, a liberdade e o respeito devem ser inatas à todos. E vemos que não é, pesquisas acadêmicas comprovam que a intolerância de hoje é maior do que nos tempos Inquisitoriais da América Portuguesa, a caça as bruxas, aos ditos "infiéis" matou menos, do que o preconceito contemporâneo.
Além de questões de cidadania, o brasileiro no geral (há exceções), é um público de cinema comercial, Hollywoodiano, de comédia ou de violência extrema, pouco refletimos sobre roteiros densos e complexos com o de "Praia do Futuro", o longa, é completo, vivo, sagaz, relata o ser humano e um amor real, que passa por barreiras, relata os dramas particulares de cada um e de suas famílias, as escolhas e as consequências delas.
Pelo relacionamento de Donato (Wagner Moura, nos mostrando o seu melhor) e Konrad (Clemens Schick) pensamos em um amor cotidiano, vivenciamos as brigas e as reconciliações, encontramos a vida, a plenitude do ser, do viver e do amar. Donato e seu irmão Ayrton (Jesuíta Barbosa) são a base do tripé do longa, de um lado há o irmão Ayrton, a mãe, o Brasil, o trabalho de salva-vidas (Ato 1 do longa), do outro lado do tripé, temos Konrad, o novo, o amor, Berlim, e a nova vida de Donato (Ato 2 do longa) e o por fim temos o embate das escolhas tomadas, a culpa, a dor, o medo (Ato 3 do longa), com uma direção primorosa de Karim Aïnouz (do maravilhoso, Madame Satã), que fez a divisão do filme em atos, o que é uma prática pouco usada, mas é maravilhosa, que deu força ao longa.
A atuação de Schick, é plena, assim como a de Wagner Moura, que mais uma vez prova que é um ator único, completo, essencialmente sensível. Independente de ser o capitão Nascimento ou Donato, suas atuações mostram a qualidade que nosso cinema e televisão podem chegar.
Além de termos um público que aceita bem a violência extrema e o sexo entre homem e mulher (exemplos: Tropa de Elite e E aí comeu?), além dos muitos filmes importados, temos uma sociedade hipócrita, falsamente liberal e extremamente conservadora (vide polêmicas com filmes recentes como, Azul é a Cor Mais Quente e Ninfomaníaca), não há debates. E "Praia do Futuro" é único, raro, de uma sutileza ímpar. Já basta, o conservadorismo e hipocrisia na política, impregnado na sociedade de um forma geral, no cinema ele não cabe, a arte é livre, rompe barreiras e o cinema é vida, é amor, é humano, é como já nos ensinou Fellini, "um modo divino de contar a vida."
[/spoiler]
[spoiler]
[spoiler][/spoiler]
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraA magia Disney está de volta!
Frozen é inovador, mágico, nos apresenta um verdadeiro "true love". É completo, perfeito tecnicamente, no roteiro e na trilha sonora.
Um encanto, uma perfeição...Uma verdadeira história de amor! ♥
Alabama Monroe
4.3 1,4K Assista AgoraUm filme sobre uma vida, sobre o amor, sobre a dor que é viver, amar e resistir. Um filme verdadeiramente encantador...
"Eu sempre soube. Isso era muito bom para ser verdade. Que não podia durar. Que a vida não é assim, a vida não é generosa. Você não deve amar alguém. Você não deve se apegar a alguém. A vida tira isso. Leva tudo longe de você e ri na sua cara. Ela te trai."[Elise para Didier]
Nebraska
4.1 1,0K Assista AgoraUm belo filme sobre família e as dificuldades de envelhecer e viver. Nostálgico, original e puro. Nos convida a uma reflexão sobre a vida.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraClube de Compras Dallas, no original Dallas Buyers Club, do diretor Jean-Marc Vallée, tem história que foi escrita por Craig Borten e Mellisa Wallack, e conta a jornada de Ron Woodroof, um eletricista heterossexual de Dallas, que em 1986, no auge do HIV, descobre ser portador do vírus HIV. Além de atuações magníficas de Matthew McConaughey e Jared Leto. A história de Ron, nos mostra como o contexto social daquela sociedade o atingiu, percebemos o papel das companhias farmacêuticas, em uma história recente e dolorosa. Não caindo no preconceito e nem na banalização. É um filme ímpar, que da voz ao personagem e a sua história.