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Últimas opiniões enviadas

  • Polyana

    Dou nota 2 talvez pelo fato de minha expectativa, erroneamente, esperar mais do que o filme poderia entregar. Eu esperava algo mais disruptivo por se tratar de "Alice no país das maravilhas" e, nesse caso, mesmo pretendendo ser uma história posterior - um acontecimento após a visita da Alice (criança) no país das maravilhas - ao que parece ela já tinha 20 anos, o filme é muito unidirecional e tem apenas a perspectiva da personagem principal.
    A animação trazia algo imersivo de uma experiência menos diretiva, não havia ali, naquele lugar, nos contextos e nas personagens, uma urgência ou uma única direção a ser explorada. Também não havia esse elemento de uma narrativa linear tão bem colocada, assim como Alice e o país das maravilhas não eram objetos tão bem definidos assim.
    Explico: nesse filme é como se Alice fosse autônoma, pensasse as próprias coisas, tivesse sua personalidade e não se afetasse tanto, emocionalmente, no país das maravilhas, enquanto que, na animação, havia mais uma mistura em que não sabíamos ao certo o que era Alice, o que fazia parte de sua fantasia - sendo, portanto, ela também - e quais objetos tinham autônomia em relação a ela.
    Isso talvez tenha criado uma espécie de ambiente lúdico que fazia do expectador não tão passivo ou não necessariamente "torcendo" para um dos lados. Ora, isso indica que não havia, na animação, uma polarização maniqueísta bem delimitada, bem como a temporalidade apresentava uma distorção, representada pelo coelho e pela forma como o expectador experimenta a obra: se identificando, sem pressa, passando o olho pelo ambiente, conhecendo personagens peculiares, provando da comicidade das situações, etc.
    Tinha algo de muito rico e valioso em experimentar essas indeterminações.

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  • Polyana

    Gosto da proposta da série e, principalmente, do aspecto dos episódios de sempre fluir para uma dimensão da fantasia de cada um - mesmo de modos inusitados. É divertida!
    Os episódios não se comprometem a dar explicações acerca dos fenômenos, aliás, o que parece importar mais é a discussão moral e ideológica que começa como plano de fundo dos personagens e passa a ter centralidade diante da particularidade de cada enredo.

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  • Polyana

    Uma experiência envolvente, misteriosa e perturbadora, sobretudo, difícil de colocar em palavras. Mas, apesar de toda polêmica em torno da narrativa, os personagens vão se desenvolvendo, no decorrer da trama, de forma sutil e complexa.

    Nesse ponto, fiquei com a sensação de que cada personagem se porta de forma muito independente, até mesmo aquelas que estão à mercê dos cuidados dos outros, mas nem por isso submetido a eles. E é aí que o imperativo de Benigno tem seu valor, "fale com ela" representa uma forma de aposta no vazio, na incerteza e, principalmente, no fato de reconhecer a alteridade na sua radical distância imanente.

    Além de outras esferas, o filme trata da impossibilidade do encontro - determinada ora pelo acaso (contingencias acidentais ou não) ora pela escolha (como é o caso da separação de Marco) ora pela transgressão (como com Benigno) -, e da consequente solidão das personagens.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Como que dando uma pista, o diretor, logo no início do filme brinca com esse aspecto: a toureira corajosa se assusta com a cobra como tática para estar junto a um outro. Esse último, no entanto, apesar de estar ali apenas com fins profissionais acaba transpondo muitas barreiras, inclusive afetivas, já que, em determinado momento, percebemos que Lydia já havia voltado para o ex-namorado e Marco fazia questão de não a ouvir, preenchendo toda a conversa.

    É interessante, também, perceber que o prisma moral trabalhado denota como "culpado" um personagem apesar dos fins de seu ato - que não sabemos intimamente, ao certo, pela perspectiva de Alicia, ou seja, não é possível ter acesso ao que ela o experienciou -, mas, fica a certeza de que o que existe de repulsivo é de responsabilidade coletiva, sendo o personagem principal um portador daquilo que é moralmente rejeitado.

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