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41 years, Jundiaí (BRA)
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Cinéfilo, jornalista, ciclista nas horas vagas e amante de um bom papo entre amigos. Não bebe muito, nem dirige tão bem. Gosta de ler e rejeita livros de auto-ajuda. Ama os clássicos mudos, felizes ou tristes: Keaton, Vidor, Murnau. Também não resiste ao cinema moderno de Antonioni e Fellini.

Últimas opiniões enviadas

  • Rafael Amaral

    O ousado cineasta Alejandro Jodorowsky tentou realizar uma adaptação do livro de Frank Herbert, Duna, nos anos 1970, mas não obteve financiamento e o projeto naufragou. Mais tarde, os direitos do livro foram parar nas mãos da família De Laurentiis, que escolheu David Lynch para dirigir o épico interestelar.

    "E quando eu soube que David Lynch iria dirigi-lo… fiquei em pânico, porque eu admiro David Lynch. “Ele pode fazê-lo! Ele é o único, no momento, que pode, e ele vai fazê-lo!” Eu sofri porque era o meu sonho. Outra pessoa iria realizá-lo, talvez melhor do que eu. E então, quando o filme estreou aqui, eu disse que não ia ver, porque iria morrer. E meus filhos disseram: “Não, somos guerreiros. Você precisa assistir”. E me levaram como uma pessoa doente ao cinema. Pensei que ia chorar. Então comecei a assistir. E pouco a pouco, pouco a pouco, pouco a pouco… fui ficando feliz, porque o filme era péssimo! É um fracasso! Bem, é uma reação humana, não? Não é nobre, mas eu tive esta reação. Eu disse: “Não é possível. Não [foi] David Lynch [que fez], que é um grande artista”. Foi o produtor quem fez aquilo."

    O depoimento de Jodorowsky está no documentário Duna de Jodorowsky, de Frank Pavich, de 2013.

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  • Rafael Amaral

    "O que a limusine representa?

    O personagem criou um mundo para si mesmo dentro dela. Ele tem total controle do ambiente e, ao mesmo tempo, se isolou. É como se fosse uma prisão. É quase como um caixão, porque ele se desconecta da cidade, não a ouve, mal pode vê-la e força todos a virem até ele, seja para sexo, discussões, negócios. Gosto desse uso incomum do carro. Mas isso estava no romance de Don DeLillo, é invenção dele. Durante as filmagens, os caras do som ficaram nervosos: “Tem certeza de que não quer nenhum barulho da rua, da cidade?” E eu disse que não porque a ideia é justamente lidar com o isolamento da realidade. Então você pode ouvir tudo o que acontece dentro da limusine, mas nada de fora. E quando o protagonista sai do carro não sabe como se comportar, não sabe nem conversar com sua mulher. Ele diz a ela: “É assim que as pessoas conversam, não é?” E a resposta é: “E eu sei?” Porque ela é igual."

    David Cronenberg, cineasta, em entrevista à revista Bravo! (Editora Abril, setembro de 2012; pg. 90).

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  • Rafael Amaral

    "O cinema está muito mais próximo da literatura e da poesia do que do teatro. Concordo com você que muitas vezes o cinema é apenas a ilustração de uma história. Esse é o maior perigo que você enfrenta ao fazer um filme a partir de um romance. Esse foi o meu problema quando fiz O Conformista, que é baseado na história de Moravia. De qualquer forma, é um problema do dia a dia no cinema, porque muitos cineastas usam seus roteiros como se tivessem partido de um romance; eles simplesmente fazem um filme ilustrado a partir do roteiro. Por outro lado, eu também começo com um script muito preciso - mas apenas para destruí-lo. Para mim, a inspiração existe apenas no momento da filmagem real. Não antes. Para mim, o cinema é uma arte de gestos. Quando me encontro em um set, com atores e luzes, a “solução” que encontro para uma determinada sequência, uma determinada situação, não vem de uma ideia pré-concebida, mas da relação musical que existe entre os atores, as luzes, a câmera, o espaço ao redor deles - e eu movo a câmera como se estivesse gesticulando com ela. Sinto que o cinema é sempre um cinema de gestos - muito direto, mesmo se tiver cinquenta pessoas no elenco.

    (...)

    Eu realizei A Estratégia da Aranha imediatamente antes de O Conformista, mas, embora houvesse apenas alguns meses entre eles, minha situação psicológica era diferente. E é por isso que esses dois filmes são tão diferentes. Fiz A Estratégia da Aranha em um estado de felicidade melancólica e grande serenidade e O Conformista em um estado trágico de grande agitação psicológica.

    (...)

    O que me deu uma aparência meio diabólica é que eu sei que O Conformista é meu filme mais difícil e isso me diverte muito. Parece ser o meu filme mais fácil, mas na verdade é o mais difícil porque é o mais simples. Entra-se em um primeiro nível de “leitura” que faltava em Antes da Revolução: aquele filme tinha muitos outros níveis, mas não existia um primeiro nível de leitura assim que você o viu. Em O Conformista, existe esse primeiro nível, então todos entram nele e não colocam mais problemas para si mesmos. Em vez disso, o filme está cheio de outros níveis. Esse é o truque dos grandes diretores de Hollywood: na Europa, nós precisamos de trinta anos para que alguns jovens críticos franceses nos fizessem perceber que o cinema americano era algo mais do que se pensava até aquele momento."

    Bernardo Bertolucci, cineasta, em entrevista a Amos Vogel na revista Film Comment (1971).

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  • Mths Gonc
    Mths Gonc

    Oi Rafael

  • arthurdacostapalacio
    arthurdacostapalacio

    Onde você assistiu Pilgrimage (1933)? Não encontro em nenhum lugar :(

  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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