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Últimas opiniões enviadas

  • Jonathan Silva

    Único longa metragem citado no excelente livro REALISMO CAPITALISTA, de Mark Fisher, que eu não tinha assistido de todos os muitos que o teórico inglês cita naquele livro. Valeu demais a pena e novamente a perspectiva do filme conforme descrito por Fisher o torno ainda mais pertinente.

    A década de setenta (o filme é de 1974) é uma etapa rica cultural e artisticamente nos EUA, inclusive na cultura de massa, mas ali já se fazia sentir uma desconfiança do neoliberalismo que se avizinhava a partir da década seguinte. O enredo envolvendo o personagem de Warren Beatty é uma espécie de PREMONIÇÃO - aquele terror de adolescente de shopping - só que mais adulto e politizado, dirigido pelo mesmo cineasta que pouco depois faria TODOS OS HOMENS DO PRESIDENTE. Beatty é perseguido por uma corporação sem rosto, fora do Estado e suas instituições (mas que afeta diretamente a política institucional), uma versão mais "profissa" do que costumam dizer sobre a maçonaria.

    O final é sem passada de pano.

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  • Jonathan Silva

    IRMÃOS KARAMAZOV NOS ANOS OITENTA

    Durante várias ocasiões do excelente e pouco divulgado GARRA DE FERRO lembrei do clássico Os Irmãos Karamazov, de Dostoievski. Ali está o peso implacável da hierarquia familiar engessada, sob o tacão de uma figura paterna canalha e individualista, que invariavelmente vai expiar os fantasmas dos natais futuros do que ele não aceita não ter vivido quando mais novo nos filhos.

    Como no romance de Dostoievski, ao que parece de fato atemporal, aqui temos uma história eminentemente masculina: o arcabouço da moral e da ambição se dá pelos vários homens, numa família cujos espermatozóides parecem só passar o cromossomo Y adiante. As mulheres são linhas auxiliares dos personagens que polarizam o dilema moral daqui e acabam por ajudar a entender como seus cônjuges lidam com afeto: no caso, a mãe e a esposa do irmãos mais velho vivo, brilhantemente interpretado por Zack Efron em performance que, de todas as lançadas no ano passado, só perde pra Emma Stone em POBRES CRIATURAS.

    Efron vive o filho que tem algum juízo e tenta como pode sair da estrutura duríssima criada pelo Fiódor Karamazov da luta livre, que passa como um moedor de carne detonando filhos que vão, querendo ou não, colher os frutos físicos e mentais da imparável sede de glória do pai. Sigmund Freud e Mark Fisher adorariam esse longa. O personagem de Efron é assombrado pelos fantasmas do que os irmãos poderiam ter sido, mas a castração cultural (na figura sobretudo do pai, com a omissão cúmplice da mãe) vetou.

    Tal como GUERREIRO (2011), é um filme de luta na embalagem e um drama familiar no conteúdo. A embalagem aqui se vale espertamente do mise en scene espalhafatoso e carnavalesco da luta livre, com toda a parafernália midiática feita pra vender audiência, com "provocações" em cima da desgraça da família alheia e todos os riscos do contato físico - o filme é incisivo em nós lembrar como a saúde de todo mundo aqui está em risco, mas ainda tem a inteligência de incluir especificamente a saúde mental no pacote.

    Ainda poderia rasgar mais um milhão de elogios para o longa aqui, cujas limitações são pontuais: faltou mais tempo de tela para os pais de Efron, para ampliar a polarização e sua densidade dramática e moral, por exemplo. Mas no todo é um filmaço que está entrando no radar de pouca gente. Como cinéfilo, faço aqui minha parte de divulgá-lo. Você merece assistir - e GARRA DE FERRO merece ser mais visto.

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  • Jonathan Silva

    NÉVOA DAQUI, CHUVA DALI, ESTILHAÇO ACOLÁ

    Quando eu achava que já tinha visto o pior possível no tratamento hollywoodiano ao gênero oriental kaiju, esse aqui mostra que eu estava errado.

    GODZILLA 2 - REI DOS MONSTROS é ainda pior que GODZILLA VERSUS KONG! O roteiro fica submerso num drama familiar do núcleo humano, com a atriz da Eleven de STRANGER THINGS à frente, que é um pé no saco e a gente nunca se importa. coloca uns atores japoneses pra fazer demagogia com a origem do Godzilla, que foi assimilada e rapinada pelo cinema estadunidense - ainda hoje há versões boas do monstrão filmadas em sua terra natal, como SHIN GODZILLA e sobretudo o recente GODZILLA MINUS ONE, que surpreendeu todo mundo pela qualidade dos efeitos visuais com pouca grana.

    Aqui, no entanto, as lutas de titãs estão mergulhadas em tudo quanto é nuvem, chuva, névoa, estilhaços e etc que é pra gente nem ver direito a deficiência dos (d)efeitos visuais que já estão datados.

    Uma pena, porque o GODZILLA de 2014 era bem diferente desse aqui e eu gostei bastante.

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  • Alexandre Auto
    Alexandre Auto

    Adicionar o nada de novo no front que ganhou 4 oscars na edição passada na sua lista de filmes com pelo menos 4 prêmios.

  • Alexandre Auto
    Alexandre Auto

    Esse filme foi retirado da lista dos indicados que está na sua lista de todos os filmes latino americanos que foram indicados ao oscar : https://filmow.com/um-lugar-no-mundo-t12772

    A explicação retirada do site :

    Uruguay. [Note: This is not an official nomination. After nominations were announced, information came to light that showed that this film was wholly produced in Argentina, and had insufficient Uruguayan artistic control. The film was declared ineligible and removed from the final ballot.]

  • Caio Victor Araújo
    Caio Victor Araújo

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