Shao

Houve uma identificação. Como romance contemporâneo, acredito que esta seja a veia com uma surpreendente trilha sonora. Quanto ao final -

Por favor, quem acha que esse filme é sobre paisagem e trekking. A personagem principal é uma amadora despreparada psicologicamente que completa sua caminhada e encontra uma resolução para seus problemas.

Cheryl Strayed não é Alexander Supertramp, não somente por ela ter sobrevivido, mas também porque mesmo inexperiente, ela tinha como sobreviver. Comparar Wild com Into the Wild e com The Way por algumas similaridades é tão passé, porque um mal tem a ver com o outro - exceto pela mesma palavra em dois dos títulos.

E todo mundo esquece que a Reese é competente, que já tem seu Oscar por Walk the Line. Que tal relembrar?

Quem vê título não vê conteúdo. Assisti ao filme e então li a série de livros; adoro a temática infanto-juvenil, e sinto pena por aqueles que não conseguem fazer uma leitura mais aprofundada dos temas presentes na adaptação. Talvez por ter lido todos os livros, inclusive o quinto que se passa na vida adulta das protagonistas, que eu tenha uma visão tanto mais ampla quanto parcial. Hoje nota-se o peso dos nomes; Alexis e Amber tinham mais destaque na época, por Gilmore Girls e Joan of Arcadia, mas então America e Blake protagonizaram Ugly Betty e Gossip Girl. Claro, cada um vê como quer, mas acho difícil não ter um momento de identificação, mesmo que pequeno - taí o propósito das personagens diferentes, da amizade. Há depressão e abandono, conflitos, mas acima de tudo: muito amor. Eu vejo o valor da obra, mesmo sendo "boba" em toda sua simplicidade.