Thamires

Não li o livro, fui direto pro filme. O que reparei desde o começo era a insatisfação da madame Bovary com o tipo de vida que ela tinha, pensei muitas vezes que se fosse nos dias de hoje ela poderia simplesmente acabar com o casamento e tentar reconstruir a vida dela. Mas se isso já é mau visto em pleno século XXI, imagina no século XIX... Pelo que li de outras resenhas, ela não chegava nem perto de ser uma pessoa boa, o contrário do que eu entendi vendo o filme: ela chegou a negar o ato do adultério duas vezes, apenas cedeu quando percebeu que aquela seria a única forma dela ser feliz, logo, aquilo parecia mais um ato de desespero do que alguém que tramava uma grande artimanha para ser feliz.
Eu realmente não a culparia, já que se tivesse na mesma posição, desesperada por pelo menos alguns minutos de felicidade, naquela época, talvez fizesse até o mesmo... Mas só de pensar se fosse ao contrário, um homem dentro de um casamento buscando por amantes, me vem à cabeça que realmente não posso falar que seria "ok", muito pelo contrário; não há dois pesos, traição nunca tem justificativa. Ela errou bastante, talvez em sua mente havia ainda seus princípios, mas, pelo visto, sua felicidade era mais importante do que seguí-los. Um dia quem saiba eu leia o livro e tente entender mais a complexidade dessa personagem...

Odeio coisa fútil e estava esperando por isso. Um filme bobinho de distopia que eu resolvi dar uma chance por ter um ator que eu admiro demais. E não é que o filme é bom mesmo? Vejo pessoas discutindo da adaptação, da parte distópica, de que não tem profundidade... Vocês realmente sabem o que é profundidade?

Espero não ter sido a única a ver ALÉM, porque esse filme tem toda uma mensagem por trás do que as imagens em preto e branco que ele nos dá.

Cinco estrelinhas e vou dizer porque: não é todo dia que a gente vê um filme falando da importância das amizades na nossa vida. Fico realmente triste pelas pessoas que não entenderam esse filme, porque, sim, ele é ótimo. Ele mostra coisas do nosso cotidiano. As amizades de anos, as amizades que a gente cria do nada, nossos pais não estando legais um com outro, uma família fingindo ser uma família. Até aquele amigo gay tem. E o mais legal é que, no caso, ele é um dos protagonistas desse filme. Ele mostra que uma amizade não é só uma amizade quando o sentimento é grande o suficiente pra ser comparado com o quanto você ama sua mãe.
Bom, esse filme me tocou especialmente por causa disso, da amizade. Mas não posso deixar de falar dos atores maravilhosos, né? Então, eu entro no netflix com bastante frequência e já tinha visto ele lá. Até que descobri que o Matthew Daddario o fazia e sabia que não podia perder isso. E, olha! Encontro uma Victoria Justice que eu sempre não fui com a cara me deixando simplesmente babando, um Pierson que deu um show no papel do melhor amigo gay - preciso dizer que: esse é o primeiro papel dele num filme e OLHA O QUE ELE FAZ, NÉ, maravilhoso! - uma Monique Coleman que eu não via desde High School Musical sendo aquela amiga que te tira um sorrisinho quando está triste e, pra terminar, o tão maravilhoso Matthew Daddario, que só de olhar pra aquele rostinho eu tenho vontade de desmaiar - apesar de que, do lado dessas figuras, ele foi o que menos brilhou no filme.
Ótimo filme, ótima moral. Ás vezes aquele filme bobinho que te faz pensar no real valor de uma amizade é melhor do que ficar horas olhando pra tela de seu computador.

PS.: Felicíssima em ver que, a química do Pierson e da Victoria não é só no filme como na vida real também <3