Documentário autoral, feito de forma independente pelo diretor Valdecy Alves, para se livrar do controle ideológico da política de editais do Poder Público. O filme em linguagem digital mostra os campos de concentração das secas do Ceará de 1877/1879, 1915 e 1932 e demonstra que a matriz ideológica que embasou tais campos de concentração é a mesma que alicerçou os campos de concentração nazistas: o darwinismo social e a tese da eugenia. Assim os campos de concentração das secas do Ceará e os campos de concentração de Hitler contêm o mesmo DNA ideológico. Muitos sendo os pontos comuns: 1) aprisionamento dos concentrados; 2) utilização dos concentrados em trabalho escravo; 3) a comida através de ração diária que sequer alimentava com os calorias necessárias; 4) raspagem das cabeças; 5) Uso de trens para transporte de alimentos e prisioneiros (seca de 1915 e 1932); 6) Morte por frio ou calor; 7) morte por inanição; 8) morte por exaustão; 9) enterro em valas (depois os alemães adotaram crematórios); 10) O poder público como violador da dignidade humana; 11) racismo; 12) discriminação, 13) intolerância; 14) Destruição de documentos comprobatórios dos campos; 15) corrupção na distribuição dos alimentos; 16) epidemias; 17) banheiros fétidos e inadequados, falta de higiene; 18) enterros anônimos; 19) Destruição do patrimônio material e da memória pelo Poder Público; 20) História resgatada por fotos, depoimentos de sobreviventes, documentos que restaram e jornais da época, entre outros.