Durante seu auge, muitos chegaram a comparar Jones com o jovem ator James Dean. Os dois tinham um ar de rebeldia, o mesmo tipo físico, estudaram na renomada escola de atores Actors Studio, trabalharam na Broadway, na TV e fizeram poucos filmes.
William Franklin Jones nasceu no dia 18 de agosto de 1941, em Jackson, Tennessee. Quando tinha 4 anos de idade sua mãe foi internada em um hospital psiquiátrico, e ele e seu irmão foram morar em um orfanato.
Aos 16 anos, Jones se alistou no serviço militar, mas desertou dois dias depois e foi para Nova York estudar artes plásticas. Lá, conheceu um grupo de artistas que o encorajou a seguir a carreira de ator, principalmente por causa de suas semelhanças físicas com James Dean.
Adotando o nome artístico de Christopher Jones, ele iniciou sua carreira em 1961, quando estreou na Broadway com a peça A Noite do Iguana/The Night of the Iguana, de Tennessee Williams. Nesta época, conheceu a atriz Susan Strasberg, que o levou a fazer um curso de arte dramática no Actors Studio, escola de seu pai, Lee Strasberg.
Em 1965 estreou na TV no seriado “The Legend of Jesse James”. A atração teve apenas uma temporada. No mesmo ano, ele se casou com a atriz Susan Strasberg. O casal teve uma filha, Jennifer Robin Jones (1966). O casal chegou a trabalhar junto na estréia de Jones no cinema, no filme “Pelos Mares do Mundo” (Chubasco, 1967). No entanto, o casamento foi efêmero, chegando ao fim com o lançamento do filme.
Em 1968 estrelou o cult Violência nas Ruas (Wild in the Streets), onde interpreta uma estrela do rock que se torna presidente.
Ele estrelou outro cult no mesmo ano, “Three in the Attic” (1968), fantasia de vingança, que misturava feminismo e sadomasoquismo.
Jones também protagonizou o thriller de espionagem “A Guerra no Espelho” (The Looking Glass War, 1969), ao lado do jovem Anthony Hopkins, e o romance italiano “Um Verão com Você” (Una Breve Stagione, 1969), antes de estrelar seu principal e derradeiro papel dramático. Nessa época viveu um romance com a atriz Pia Degermark.
Depois de ver o filme A Guerra no Espelho (1969), David Lean aprovou a escalação de Jones para o filme “A Filha de Ryan”(Ryan's Daughter,1970), romance inspirado no clássico literário “Madame Bovary”. O que o Lean não sabia era que a voz de Jones tinha sido dublada. Eventualmente, Lean foi forçado a ter os diálogos de Jones dublados, usando a voz do ator Julian Holloway.
Na trama, o ator vivia Randolph Doryan, um oficial britânico problemático que tinha um caso com uma irlandesa casada (Sarah Miles), durante a 1ª Guerra Mundial. Apesar de um subtexto político, que refletia os confrontos entre a Irlanda e o Reino Unido, o filme ficou marcado pelas cenas tórridas entre Jones e Miles. Na vida real, porém, os dois se odiavam.
Durante a produção de A Filha de Ryan, Christopher, iniciou um relacionamento com Olivia Hussey (Romeu e Julieta). Mas o ator demorou para pedi-la em casamento, o que levou a atriz a se envolver com Dino Martin, filho de Dean Martin, com quem se casou em 1971.
Na época, Jones esteve envolvido num caso de infidelidade real, com a atriz Sharon Tate, então casada com o cineasta Roman Polanski. Enquanto o ator filmava “A Filha de Ryan” no Reino Unido, Tate, que estava grávida de oito meses, foi assassinada a facadas por seguidores da seita de Charles Manson. O ator ficou tão devastado pela tragédia que decidiu se afastar de Hollywood, largando sua promissora e ascendente carreira. Christopher sequer compareceu à pré-estreia do filme.
Em 1974, ele se casou com Carrie Abernathy, com quem teve um filho, Christopher (1975). O casal se divorciou no início da década de 1980. Em 1984, o ator iniciou um relacionamento com Paula McKenna,. O casal teve quatro filhos: Seagen, Calin, Tauer e Delon.
Recusando trabalhos no cinema, entre eles o personagem Zed de Pulp Fiction, em 1994, Christopher seguiu carreira de pintor e escultor. Em 1996 ele fez uma rara participação como ator no filme Prazer em Matar-te/Mad Dog Time. Ele só topou o trabalho porque o diretor do filme, Larry Bishop, era seu amigo pessoal. Os dois trabalharam juntos em “Violência nas Ruas”..
Em um declaração dada ao programa E! True Hollywood Story, em 1999, Tarantino falou sobre Jones. “Ele parecia James Dean, mas Chris Jones não se levava a sério como James Dean. Ele era um grande talento – e com a pessoa certa lhe dirigindo, ele poderia ter se tornado um dos maiores astros de Hollywood.”

Cônjuge: Susan Strasberg (de 1965 a 1968)
Filhos: Jennifer Robin Jones, Christopher Jones, Jr.
Filiação: Robbie Jones, J.G. Jones