Na contramão do imaginário socialmente estratificado em torno da epidemia da AIDS no Brasil, e da sorofobia cotidiana direcionada às pessoas que vivem com HIV, o documentário se lança no gesto de remodelar e se apropriar desses termos e imagens tão codificados, voltando-se para o olhar de sete artistas e um médico ativista sobre suas trajetórias, seus desejos e percepções. Junto às entrevistas que ancoram o filme, reverberando a provocação presente no título, reside a aposta nas formas e discursos artísticos como possibilidade de elaboração crítica e afirmação de vida no presente.