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Djenane Machado

Nomes Alternativos: Djeane Machado | Djenane Vasconcelos Machado

4Número de Fãs

Nascimento: 10 de Junho de 1951 (70 years)

Falecimento: 23 de Março de 2022

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - Brasil

Djenane Vasconcelos Machado, foi uma atriz brasileira.
Filha de Carlos Machado, o rei da noite carioca nos anos 50 e 60, ela cresceu entre a produção de shows e espetáculos de teatro, já que sua mãe também era membro ativo da companhia como figurinista.
Na TV, onde faria a maior parte da sua carreira, Djenane estreou em junho de 1968, na Rede Globo, com a novela Passo dos Ventos de Janete Clair com supervisão de Gloria Magadan, vivendo a personagem Hannah. Era uma daquelas trágicas histórias de amor com toques de magia negra e estrelada por Carlos Alberto e Glória Menezes.
No ano seguinte, 1969, Djenane faz três telenovelas na Rede Globo: Rosa Rebelde, A Ponte dos Suspiros e Véu de Noiva e um filme, A Penúltima Donzela. Em Rosa Rebelde, estrelada pelo casal Glória Menezes e Tarcísio Meira e a última novela estilo dramalhão mexicano ou cubano da TV Globo, ela viveu a personagem Conchita; já em A Ponte dos Suspiros, a estréia de Dias Gomes como autor de novelas, Djenane viveu Branca e a dupla central era Yoná Magalhães e Carlos Alberto. Em Véu de Noiva, a novela de Janete Clair que marcou a estréia de Regina Duarte na Globo e um novo período dramatúrgico na emissora com textos mais atuais e arejados, Djenane conquistou o público com sua Maria Eduarda.
No cinema, onde marcou presença constante também, Djenane estreou em A Penúltima Donzela, uma fita dirigida por Fernando Amaral e com Paulo Porto, Adriana Prieto, Carlo Mossy e ela nos principais papéis.
A telenovela seguinte foi em julho de 1970, também de autoria de Dias Gomes e ainda na TV Globo, Assim na Terra como no Céu, a estréia de Francisco Cuoco e Renata Sorrah na emissora. Ela interpretou Verinha, nesta que foi uma novela que conquistou a crítica e o público, que se acostumou a partir dela a ver telenovelas às 10 da noite.
Mas a consagração chegou em 1971 com a Lucinha Esparadrapo de O Cafona, novela de Bráulio Pedroso. Ela foi inclusive tema de uma das principais músicas da trilha da novela, cantada por Betinho. A personagem de Djenane era uma hippie e vivia em uma comunidade ao lado de Ary Fontoura, Carlos Vereza e Marco Nanini.
Em 1972, Djenane vive a irrequieta Glorinha de O Primeiro Amor, novela das 19h da Rede Globo que ficou famosa por ter sido o último trabalho do ator Sérgio Cardoso e por ter lançado a dupla Shazam Paulo José e Xerife Flávio Migliaccio. A personagem de Djenane era justamente do núcleo da dupla e a atriz pôde colocar sua veia cômica em funcionamento. No mesmo ano ela também teve papel de destaque no especial Somos Todos do Jardim da Infância.
A participação no seriado A Grande Família vivendo Bebel na primeira temporada (73/74) fez com que Djenane ganhasse projeção nacional mas também se tornou seu primeiro problema com a Rede Globo. Afastada das novelas nesse período, Djenane acabou se cansando do seriado, começou a chegar atrasada às gravações e desistiu de fazer a segunda temporada, sendo substituída de um dia para outro por Maria Cristina Nunes. A atitude da atriz não caiu bem na direção da emissora e ela ficou por dois anos na "geladeira".
Nesse período, aproveitou para fazer cinema mais uma vez e estrelou duas comédias no estilo pornochanchada. A primeira foi As Alegres Vigaristas, de Carlos Alberto de Souza Barros com Luiz Armando Queiróz, Elza Gomes, Amândio, José Lewgoy e Íris Bruzzi, e a segunda, uma sucesso de bilheteria, foi Já Não se Faz Amor como Antigamente uma comédia formada por três episódios dirigidos por Anselmo Duarte, John Herbert e Hélio Souto. Djenane tem uma sequência na praia no episódio "O Noivo" com John Herbert, que interpreta um eterno noivo que sempre desiste do casamento na hora H. Ela faz uma das noivas dele e que não para de falar um instante, deixando-o completamente aturdido.
Sua volta à TV se dá em 1976, em um papel escrito sob medida por Mário Prata para ela, na novela Estúpido Cupido, um grande sucesso das 19h da TV Globo. Djenane vivia mais uma Glorinha, a agora louca integrante da turma de jovens rebeldes da pequena cidade de Albuquerque, filha do delegado local, mas muito namoradeira e cheia de arrumar confusões com a turma e o namorado Caniço, interpretado por João Carlos Barroso. Para o grande público esse talvez tenha sido o seu papel mais marcante na TV.
Entre uma novela e um filme, Djenane participava de espetáculos montados pelo pai Carlos Machado como o show Hip Hip Rio. Boa dançarina, ela também se arriscava como cantora fez uma incursão na televisão como apresentadora do programa Saudade Não Tem Idade, ao lado do ator Ney Latorraca, ainda na Rede Globo.
Na emissora carioca ela ainda faria duas novelas: seria a Lenita Esper, filha de um palhaço decadente na novela Espelho Mágico de Lauro César Muniz, fazendo uma dupla perfeita com Lima Duarte, em 1977, e a personagem Guiomar de Ciranda de Pedra, uma adaptação de Teixeira Filho para a obra de Lygia Fagundes Telles, em 1981.
Com problemas para se afastar das drogas, Djenane perdeu espaço na TV Globo e teve que procurar trabalho em outras emissoras. Entre uma novela e outra, ela ainda fez o filme Sábado Alucinante de Cláudio Cunha ao lado de Sandra Bréa, outra atriz que começava a enfrentar problemas parecidos, também com a direção da TV Globo.
Em São Paulo, Djenane teve a oportunidade, em 1982, de participar com atriz principal do telerromance Música ao Longe, adaptado para a TV Cultura por Mário Prata da obra de Érico Veríssimo.
Com dificuldades para voltar à televisão, por falta de convites, ela faz dois filmes nacionais de repercussão, mas em papéis menores. O primeiro foi Águia na Cabeça de Paulo Thiago, em 1984, contracenando com Christiane Torloni e Nuno Leal Maia e dois anos depois, Ópera do Malandro, sucesso de Ruy Guerra no cinema com Edson Celulari e Cláudia Ohana. Neste ela vive Shirley Paquete, uma das meninas do bordel de Otto Struedel, personagem vivida por Fábio Sabag.
A carreira da atriz se encerra na TV Manchete onde ela participou das novelas Tudo em Cima, de Geraldo Carneiro e Bráulio Pedroso defendendo uma das principais personagens femininas, a Marilu; e depois, em 1986, como a Laureta de Novo Amor, novela de Manoel Carlos. A partir daí, Djenane se retira da carreira a fim de se submeter a tratamentos contra a dependência de álcool e anfetaminas. Ao mesmo tempo, dedicou-se a escrever um livro de poesia. Djenane foi casada duas vezes mas não teve filhos. Viveu de maneira simples e discreta, em seu apartamento, no Bairro Peixoto, Rio de Janeiro, em companhia de uma cuidadora. Morreu aos 70 anos de causa não revelada.

Pais: Carlos Machado

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