A "viagem" de um inspetor de polícia e uma menina órfã (Domenica) pelas ruas de Nápoles no decorrer de um único dia. O inspetor, em seu último dia de trabalho, deve acompanhar a garota - que foi vítima de um ataque brutal cerca de um ano antes - para identificar o corpo do homem que a teria estuprado. A história se desenrola nas ruas estreitas e becos, em uma mistura confusa de eventos menores, tocantes, sórdidos e comoventes. A criança conduz o inspetor rude e pouco comunicativo em uma peregrinação por uma Nápoles pobre, secreta, inocente e malfadada: uma cidade "infantil" que, como Domenica, parece encarnar a vontade de continuar vivendo apesar de tudo a mágoa, a capacidade de criar um sonho dia após dia, para se sentir menos sozinho e amaldiçoado pelo destino. É a história dramática e comovente de duas pessoas solitárias: a filha que o inspetor nunca teve e o pai que Domenica perdeu. Um forte vínculo emocional surge entre os dois, pois o encontro oferece a ambos a chance de pronunciar um último "sim" à vida.