Os expoentes de uma geração “desbundada” assistem e comentam, 40 anos depois, o filme manifesto mais oblíquo, suingado e debochado dentre vários outros que essa geração produziu contra a falsa moral e bons costumes do autoritarismo vigente. “Vai trabalhar vagabundo” criou para o censores da época uma dificuldade a mais ao censurar uma expressão da alma carioca encarnada no genial personagem Secundino Meireles, o Dino , eternizado na interpretação de Hugo Carvana. O ator formado na chanchada é também diretor estreante e realiza um filme emblemático que representa o renascimento da comédia carioca, como seus amigos contam nos depoimentos, trazendo descontração em tempos sisudos, assim como fez na sua vida e no trabalho, durante as filmagens de 1972.