Líbero Luxardo era filho de Clarisse Apolônio Luxardo e do também cineasta Júlio Luxardo, que tinha um estúdio em Sorocaba (SP), onde Líbero aprendeu a manusear os equipamentos de filmagens. A primeira experiência cinematográfica de Líbero foi a direção de uma seqüência do filme “O Crime da Mala”, dirigido por Francisco Campos, em 1929.
Líbero Luxardo fixou-se no início dos 30 em Campo Grande, trabalhando como jornalista e professor. Lá conheceu o fotógrafo Alexandre Wulfes, com quem se associou e filmou "A Retirada de Laguna", baseando-se no conhecido livro de Visconde de Taunay sobre o episódio ocorrido na Guerra do Paraguai, surgindo daí o filme "Alma do Brasil" lançado em 1932. O filme fez muito sucesso por parte do público onde foi exibido, São Paulo e Rio de Janeiro.
Luxardo foi também escritor, tomando-se membro da Academia Paraense de Letras. Entre seus livros publicados estão os romances “Marabá” (1959), “Purus, Histórias de ontem, Estórias de Hoje” (1973), “Um dia qualquer” (1964) e “Maldição” (1978).
O artista também escreveu os roteiros de “Alma do Brasil” (1931), “Caçando Feras” (1936), “Aruanã” (1937), “Um diamante e cinco balas” (1967), “Brutos Inocentes” e “A Promessa” (1975), além de uma pesquisa chamada “Marajó, terra anfíbia” (1977) e um roteiro de documentário com o nome de “Sob o céu da Amazônia”.
Ao fixar residência em Belém do Pará começou a trabalhar com o Magalhães Barata, então governador do Estado do Pará, gravando vários documentários encomendados pelo interventor. Sua relação com o governo levou a vida política tornando-se deputado estadual. Líbero Luxardo foi um amante da sétima arte e um dos pioneiros do cinema na Amazônia.