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Lista criada por Jordison jordisonfrancisco
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As dez maiores séries da televisão e por que você deve assisti-las

10 séries que merecem ser vistas por todos aqueles que entendem que a televisão também é um lugar para a arte.

Listas são sempre polêmicas, nós sabemos. Por mais que a intenção seja nobre, é sempre a opinião de alguém tentando influenciar o gosto do outro. Quando falamos em séries, essas listas ficam ainda mais complicadas.

Enquanto eu penso que o humor de Friends já não cabe no atual modelo de comédias da TV, outros ainda defendem com unhas e dentes que a série sobre os seis amigos morando em Nova York é a melhor comédia já feita e que nada vai superá-la.

Enquanto eu afirmo que Six Feet Under é a produção mais sensível e bela já produzida, outros não conseguem passar do primeiro episódio. Essa é a beleza da diversidade nas produções seriadas, que andam, cada vez mais, abrindo seu leque de temas e arriscando em narrativas ousadas e provocativas.

Mas existem algumas séries obrigatórias na vida de qualquer pessoa que deseja entender por qual motivo a televisão vem superando o cinema em questões como roteiro e liberdade criativa. Obviamente que você não é obrigado, mas é sempre saudável abrir a mente para o novo.

Nem sempre essas séries “obrigatórias” foram um fenômeno de audiência, justamente por quebrar com o modelo padronizado, mas podem fazer você experimentar o que há de melhor na TV. E você não irá se arrepender.

Abaixo, você confere as séries que todos deveriam assistir em algum momento na estrada dessa vida (na minha opinião, é claro):

10. Friday Night Lights (2006-2011)
Exemplo de série com uma sinopse pouco atraente e com muita chance de ser desinteressante, clichê e esquecível. Felizmente, a série adolescente se transformou em uma daquelas produções que alcançam níveis absurdamente bons, seja em atuação, direção, roteiro ou fotografia.

Friday Night Lights é baseada em um filme homônimo de 2004 e se passa na cidade rural de Dillon, no Texas, onde os campeonatos de futebol americano são de extrema importância para aquela comunidade.

Assim, o time da cidade, os Dillon Panthers, e seu técnico Taylor (Kyle Chandler, em excelente atuação) vivem em constante pressão para trazer o orgulho e honra para aquele povo. Tudo na série vai encontrando seu tom com o tempo.

Os personagens são vulneráveis, imperfeitos, a direção é ágil, a câmera é nervosa e é impossível não se emocionar com toda a intensidade vista na tela. Embora aclamada pela crítica, a série nunca chegou a ter uma audiência satisfatória. Ainda assim, durou cinco temporadas e foi indicada ao Emmy de melhor série dramática em 2011.

9. ER/Plantão Médico (1994-2009)
Algumas séries fazem um sucesso estrondoso, mas ao longo do tempo vão perdendo sua relevância, ainda que mantenham sua qualidade. ER/Plantão Médico é o drama médico de maior duração na história e que fez um sucesso monstruoso em suas oito primeiras temporadas, algo difícil em uma produção tão longa.

Facilmente, a série conseguia uma audiência de 30 milhões de pessoas. Ainda que fosse outro tempo, sem internet ou TV a cabo, os números impressionam. ER/Plantão Médico foi além de outros dramas com a mesma temática, mostrando um hospital caótico, sujo, com pacientes sendo tratados nos corredores por falta de leitos, escancarando a ineficiência do sistema de saúde americano, o problema dos imigrantes mexicanos que não têm seguro, entre diversos outros temas que continuam relevantes até hoje, como os Médicos sem Fronteira.

ER/Plantão Médico, ainda que tenha durado tempo demais e tenha terminado com bem menos da metade de sua audiência original, apresentou diversos episódios memoráveis e não teve medo de arriscar em seus roteiros durante anos.

Exemplos não faltam: Love’s Labor Lost mostrou que até mesmo o melhor dos médicos podia cometer um erro fatal, All in the Family inaugura a primeira tragédia acontecida no hospital por um paciente e até hoje faz inúmeras pessoas chorarem, assim com os incríveis episódios finais da oitava temporada, On the Beach e Lockdown, que mostram, respectivamente, a despedida do personagem mais importante da série e uma suspeita de varíola, que acaba deixando todos no hospital em quarentena.

Ainda, ER/Plantão Médico arriscou ao colocar no ar um episódio ao vivo, com uma equipe de documentário gravando a rotina do hospital. A produção precisou gravar o episódio duas vezes, três horas mais tarde, para que o programa também fosse ao vivo na Costa Oeste dos Estados Unidos. Além disso, ER é a série com maior número de indicações da história do Emmy, com um total de 123 nomeações.

8. The Killing (2011-2014)
Adaptada de uma série dinamarquesa chamada Forbrydelsen, The Killing subverte as séries de suspense policial e apresenta uma trama lenta, com personagens complexos, depressivos e um roteiro que vai entregando tudo aos poucos, exigindo do público uma paciência que nem todos estão dispostos a conceder.

Talvez, por isso, mesmo a série tendo sido exibida por um canal fechado, a audiência sempre foi baixa, sendo cancelada após sua terceira temporada e salva pela Netflix, terminando em sua quarta temporada. Situada em Seattle, Washington, a série segue a investigação sobre o assassinato da adolescente Rosie Larsen, com cada episódio cobrindo, aproximadamente, um dia de investigação.

A primeira temporada cobre as duas primeiras semanas e tem três histórias principais: a investigação policial sobre o assassinato de Rosie, as tentativas de sua família de lidar com a dor da perda e uma campanha política que pode ter ligação com o caso.

O mais interessante é que o assassino de Rosie é o que menos importa, mas toda a consequência que a morte da garota traz. Lembrando um pouco Twin Peaks, a série vai ganhando identidade própria e conclui sua história principal de maneira dramática, crua e extremamente chocante.

Ainda, a terceira temporada consegue ser bem mais regular que suas duas primeiras e apresenta um dos episódios mais impactantes da televisão, quando mostra as últimas horas de um condenado à morte. The Killing é aquela série que poucos viram e que poucos conseguem estabelecer uma conexão, mas que entrega um dos melhores roteiros policiais dos últimos tempos.

7. Damages (2007-2012)
Assim como The Killing, Damages sofreu com uma audiência baixa, sendo cancelada após três temporadas e salva pelo canal DirecTV (mesma emissora que salvou Friday Night Lights). Se o nome Glenn Close já é motivo suficiente para assistir, Damages entrega uma trama extremamente tensa, com finais de temporada capazes de deixar o público de queixo caído.

Após iniciar um processo contra o empresário Arthur Frobisher (Ted Danson), a advogada Patty Hewes (Glenn Close) está determinada a destruí-lo por meio de uma ação coletiva depois de ele sair imune de um escândalo. Enquanto isso, Ellen Parsons (Rose Byrne), sua mais nova protegida, começa a se envolver cada vez mais no caso – com a ajuda do sócio da firma, Tom Shayes (Tate Donovan) – e descobre que nada é o que parece ser.

Ainda que pareça apenas mais um suspense jurídico, Damages se utiliza de recursos de linguagem que fazem da série um quebra-cabeças extremamente provocativo, viciante e cheio de armadilhas, que obrigam o espectador a prestar atenção em cada detalhe.

Os roteiristas parecem jogar as peças, para as montarem lentamente, num enredo nervoso e surpreendente. Close, obviamente, leva a série nas costas, apresentando uma personagem calculista, sem escrúpulos e fria, em uma das suas melhores interpretações. Imperdível.

6. The Wire/A Escuta (2002-2008)
Ainda que não tenha tido sua importância reconhecida em premiações e quase ter sido cancelada todos os anos pela HBO devido a sua audiência baixa, The Wire figura sempre na lista das maiores séries de todos os tempos.

Recentemente, a revista Entertainment Weekly a elegeu como a série mais importante da televisão. E não é para menos. Criada pelo jornalista David Simon e por Ed Burns, ex-policial e professor na cidade de Baltimore, a série inovou ao colocar uma perspectiva multilateral em seus temas. Cada temporada é mostrada como um romance, com início, meio e fim, sempre com diferentes personagens no foco central, mas sem abandonar os personagens já conhecidos.

Baseada nas experiências dos dois criadores, The Wire acompanha o cotidiano de policiais investigando as atividades de um traficante de drogas por meio de uma escuta telefônica enquanto lidam com a burocracia, ao mesmo tempo em que mostra o cotidiano dos traficantes e de usuários de drogas convivendo com a violência e as contradições da vida nos guetos americanos.

Por não ter uma narrativa muita ficcional, com histórias secas e fortes, a série demorou a engrenar e ganhar seu público. Porém, não há, até hoje, um seriado que tenha conseguido criar um roteiro e uma produção com esse nível de realidade.

5. Mad Men (2007-2015)
É um pouco soberbo dizer isso, mas Mad Men é uma série para poucos. Talvez seja a série com a narrativa mais lenta da história, ainda que essa afirmação não seja justa, já que o marasmo em determinados episódios serve para representar belissimamente a sociedade americana da década de 60.

Ambientada em Nova York, a série acompanha a rotina do agitado mundo de Don Draper, diretor de criação da agência de publicidade Sterling Cooper, e de seus colegas de trabalho. Sucesso no meio publicitário e entre as mulheres, o misterioso Draper tem sempre as melhores estratégias para se manter a frente as mudanças e dos novos executivos da agência.

O que mais encanta em Mad Men é sua forma de representar os americanos de 55 anos atrás. Racismo, sexíssimo, misoginia, tudo mesclado com um contexto histórico que contrasta o sonho americano com a situação social e política do país.

Tudo é feito com um texto afiado, uma direção de arte de encher os olhos e um roteiro meticuloso. Mad Men é, enfim, um exercício para comparar o hoje com o passado e repensar os pensamentos conservadores da atualidade.

4. Breaking Bad (2008-2013)
Algumas séries começam promissoras, ainda que não entreguem todo o seu potencial. É uma relação que exige uma troca de confiança entre o público e realizador. Com Breaking Bad é assim. Embora as primeiras temporadas não cheguem a empolgar, o que acontece depois é algo que não veremos tão cedo.

Breaking Bad é situada em Albuquerque, no Novo México, e conta a história de um professor de Química do ensino médio, casado e com um filho adolescente que sofre de paralisia cerebral. Sua esposa Skyler (Anna Gunn) está grávida e eles passam por dificuldades financeiras. Para piorar, Walter é diagnosticado com câncer de pulmão em estágio terminal.

Para deixar sua família bem financeiramente após sua morte, Walter abraça uma vida de crimes, produzindo e vendendo metanfetaminas com seu ex-aluno Jesse Pinkman (Aaron Paul). O nível de qualidade de Breaking Bad é tão absurdo que, ao final da série, tudo se fecha com perfeição, sem pontas soltas e personagens absolutamente incríveis.

O roteiro é meticuloso, desde as cores, figurinos, planos de câmera, tudo perfeitamente executado. Os últimos quatro episódios que encerram a série são de uma tensão psicológica impressionante, deixando o público nervoso, concluindo a série como uma das experiência mais fantásticas que a televisão pode nos proporcionar.

3. Six Feet Under/A Sete Palmos (2001-2005)
Tenho um pouco de dificuldade para falar sobre Six Feet Under/A Sete Palmos, simplesmente porque, até hoje, não vi nada que me impactasse tanto. Six Feet Under não só te faz refletir sobre a vida, a morte e tudo o que há entre esse intervalo, mas traz uma sensibilidade capaz de mudar a forma como vemos o mundo e entender melhor os detalhes, percebendo que até mesmo o ordinário é importante e lindo.

Criado por Alan Ball, toda a trama se desenvolve em torno do mundo da Fisher & Sons Funeral Home, uma funerária localizada em Los Angeles. A série mostra um drama convencional de família, lidando com assuntos como infidelidade, homossexualidade e religião.

Ao mesmo tempo, aborda a morte, explorando seus múltiplos níveis, tanto pessoal como religioso e filosófico. Morte e vida são intimamente entrelaçadas, por mais que evitemos pensar no assunto. Assim, os episódios de Six Feet Under não são fáceis, continuam conosco depois de dias e demoram a desaparecer da memória. Ainda, o episódio final é uma das coisas mais bonitas já feitas na televisão.

2. The Sopranos/Família Soprano (1999-2007)
E mesmo que Breaking Bad tenha ganhado um status muito parecido, Família Soprano ainda é a série mais importante quando discutimos a qualidade e relevância dos seriados de TV, tão mal falados por intelectuais que detestam televisão.

A série já se tornou um cânone, figurando sempre nos primeiros lugares como a melhor produção do mundo, seja pela sua narrativa ou por ter moldado a estética atual. Família Soprano fez arte, inaugurou a era de ouro da TV americana e teve a coragem de colocar como protagonista um anti-herói: Tony Soprano é um típico empresário norte-americano de meia-idade; tem uma esposa responsável e que anda dentro da linha, uma filha não muito obediente, um filho chamado Anthony e uma mãe que se recusa a ir morar em um asilo.

Nada fora do normal, não fosse o fato de Tony ser também o chefão de uma outra família; a máfia. O final da série tem uma genialidade que não se viu novamente na TV, com uma conclusão que, até hoje, é discutida mundo afora.

1. Twin Peaks (1990-1991)
Talvez, Twin Peaks seja a série mais importante quando falamos sobre revolução na televisão. A história de David Lynch e Mark Frost quebrou todas as narrativas comuns na TV americana, ultrapassando os limites criativos que um seriado poderia ter.

Enquanto todas as séries existentes tinham personagens com personalidades bem definidas (ou maniqueístas), Twin Peaks quebrou as regras, apresentando uma trama confusa, porém brilhante. Com uma narrativa ousada, a série mesclou ficção, sobrenatural, surrealismo, mistério, suspense, personagens bizarros e acabou com o moralismo dos seriados americanos, que sempre tinham a intenção de deixar uma mensagem conservadora.

Assim, era inaugurado um novo modo de se fazer televisão. Se não fosse por Twin Peaks, talvez nenhuma das outras séries, hoje aclamadas, teriam existido. As duas temporadas estão na Netflix e a série vai retornar para uma terceira, 26 anos depois.

É claro que essa lista é totalmente pessoal, podendo ser atualizada a qualquer momento, já que a produção de seriados só melhora a cada ano. E para você, quais séries não podem faltar no repertório?

Bonus: Homeland (2011-2020)

Antes que a humanidade virasse a página da História, abrindo o sombrio capítulo do coronavírus e da guerra na Ucrânia, havia a era do terror. Os ataques de 11 de setembro de 2001 questionaram o papel hegemônico dos EUA como potência econômica e militar planetária e modificaram as estruturas da ordem global. Desde então, muitas decisões de política externa da Casa Branca foram pautadas a partir das cenas dos aviões usados como mísseis contra prédios em Nova York e Washington.

É nessa sociedade traumatizada e paranoica que Nicholas Brody (Damian Lewis) um fuzileiro naval desaparecido por oito anos regressa do cativeiro no Iraque. A protagonista, Carrie Mathison (Claire Danes), suspeita de que ele tenha se convertido ao radicalismo islâmico e foi enviado para um novo ataque.

Embora interessante, esse mote inicial não sustentaria os oito anos de Homeland, que foi inspirada na série israelense Prisioners of War. Seus roteiristas conseguem manter uma união carnal entre o enredo e a realidade da geopolítica ao longo de todos esses quase 20 anos. Estão lá os dilemas de uma nação que se imaginava invencível e foi jogada em sua fragilidade da noite para o dia, um país que mergulhou no atoleiro de duas guerras (Afeganistão e Iraque), as idiossincrasias dos conflitos sem fim entre israelenses e palestinos (e os interesses das nações no grande do jogo do Oriente Médio), as sutis diferenças entre as causas dos grupos extremistas, seu mimetismo com autoridades locais, a transformação da rede Al-Qaeda no Estado Islâmico e a mudança de palco de seus atos, com a Europa como epicentro.

Lista editada há 1 ano

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  1. Homeland: Segurança Nacional (1ª Temporada) (Homeland (Season 1))

    Homeland: Segurança Nacional (1ª Temporada)

    4.4 535 Assista Agora
  2. Friday Night Lights (1ª Temporada) (Friday Night Lights (Season 1))

    Friday Night Lights (1ª Temporada)

    4.6 40 Assista Agora
  3. Plantão Médico (1ª Temporada) (ER (Season 1))

    Plantão Médico (1ª Temporada)

    4.2 50 Assista Agora
  4. The Killing (1ª Temporada) (The Killing (Season 1))

    The Killing (1ª Temporada)

    4.3 329 Assista Agora
  5. Damages (1ª Temporada) (Damages (Season 1))

    Damages (1ª Temporada)

    4.5 61
  6. The Wire (1ª Temporada) (The Wire (Season 1))

    The Wire (1ª Temporada)

    4.6 170 Assista Agora
  7. Mad Men (1ª Temporada) (Mad Men (Season 1))

    Mad Men (1ª Temporada)

    4.4 346 Assista Agora
  8. Breaking Bad (1ª Temporada) (Breaking Bad (Season 1))

    Breaking Bad (1ª Temporada)

    4.5 1,4K Assista Agora
  9. A Sete Palmos (1ª Temporada) (Six Feet Under (Season 1))

    A Sete Palmos (1ª Temporada)

    4.5 391 Assista Agora
  10. Família Soprano (1ª Temporada) (The Sopranos (Season 1))

    Família Soprano (1ª Temporada)

    4.5 256 Assista Agora
  11. Twin Peaks (1ª Temporada) (Twin Peaks (Season 1))

    Twin Peaks (1ª Temporada)

    4.5 522

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